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Os planos da Eletrobras para a energia limpa

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Os planos da Eletrobras para a energia limpa

A gigante brasileira de energia Eletrobras pretende expandir sua atuação para novas áreas de negócios associadas à energia limpa.

Como parte desses esforços, a empresa assinou um memorando de entendimento (MoU) com a Ocean Winds, uma joint venture entre a francesa Engie e a portuguesa EDP, para avaliar o desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore no Brasil.

Além desses projetos eólicos, a Eletrobras também está de olho em iniciativas de hidrogênio verde e no próximo leilão de armazenamento em baterias, o primeiro do gênero planejado pelo governo, que deve ocorrer no ano que vem.

Leonardo Walter, diretor de desenvolvimento de negócios e M&A da Eletrobras, conversou com a BNamericas sobre esses e outros assuntos nos bastidores do evento Brazil Wind Power.

BNamericas: A parceria da Eletrobras com a Ocean Winds para avaliar projetos eólicos offshore é exclusiva?

Walter: Essa parceria não é exclusiva, mas assinamos esse MoU porque pensamos que, neste momento, eles são nossos principais parceiros para o desenvolvimento desses projetos. Mas o acordo não garante exclusividade.

BNamericas: Que outros segmentos a Eletrobras está estudando?

Walter: Estamos avaliando muito o setor de hidrogênio verde, porque faz todo o sentido na nossa visão estarmos nesse segmento, dado o portfólio da Eletrobras, que também inclui energia renovável.

Além disso, estamos muito atentos às oportunidades de negócios na área de baterias, já nos preparando para o leilão de baterias, onde vemos boas oportunidades. Também estamos avaliando o leilão de capacidade de hidrelétricas, que tem tudo a ver com os nossos ativos hoje.

BNamericas: A Eletrobras está buscando parceiros para iniciativas nos segmentos de hidrogênio verde e baterias?

Walter: Em relação às baterias, sem dúvidas, nossas iniciativas serão realizadas somente com nossos esforços. Temos toda a capacidade para desenvolver projetos sozinhos.

Já com relação ao hidrogênio verde, sempre faremos uma avaliação caso a caso, mas temos alguns memorandos de entendimento sobre isso, e nossa ideia é ter parceiros para essa tecnologia.

BNamericas: Quando você acha que os projetos de hidrogênio verde no Brasil serão viáveis e avançarão?

Walter: Todos os agentes do mercado tinham a expectativa de que esses projetos deslanchassem rápido, mas, de fato, isso está patinando um pouco, embora eu não tenha dúvidas de que os projetos vão avançar, mas não sei dizer quando exatamente isso vai acontecer.

A realidade é que o Brasil tem todos os elementos para ser um protagonista na tecnologia do hidrogênio verde. Temos energia renovável e energia de base acessíveis, temos conexões, temos saída para o mar em vários pontos do país, consumo interno. As possibilidades de desenvolvimento de projetos são diversas, por isso é só uma questão de tempo mesmo.

Além disso, vale dizer que o custo da tecnologia envolvida nos projetos de hidrogênio verde está caindo e o interesse dos offtakers está aumentando.

BNamericas: Já existem contratos com offtakers assinados em projetos de hidrogênio verde no Brasil?

Walter: Hoje, em nível mundial, já existem contratos de offtaker assinados, mas aqui no Brasil não tenho conhecimento de nenhum acordo firmado.

No início das discussões desses projetos no Brasil, havia uma dificuldade para se conversar sobre offtakers de longo prazo, mas hoje já é algo que mostra mais viabilidade.

Os offtakers, associados aos outros elementos que já mencionei sobre o hidrogênio verde, devem estar presentes para a estruturação do financiamento dos projetos. São projetos caros e grandes, por isso a definição leva mais tempo. Mas temos visto cada vez mais projetos grandes avançando rumo a uma decisão final de investimento.

BNamericas: Quais seriam os vetores da expansão do segmento eólico offshore no Brasil?

Walter: De forma geral, em relação aos parques eólicos, existem vários vetores de crescimento de demanda. Alguns desses vetores são os próprios projetos de hidrogênio verde, que demandam energia renovável, o aumento da demanda por energia renovável de datacenters e, por fim, a expansão da eletrificação na indústria, mais precisamente, o segmento de veículos elétricos.

Há vários sinais que apontam para um aumento na demanda, por isso as expectativas otimistas com as energias renováveis, que incluem as eólicas, são bastante realistas.

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