
Os principais riscos no setor de energia da América Latina, segundo a Allianz Commercial
Interrupção da cadeia de suprimentos, catástrofes naturais, mudanças climáticas, crise energética, ataques cibernéticos e mudanças legislativas e regulatórias estão entre os principais riscos nos setores de energias renováveis e óleo e gás na América Latina.
As conclusões são do estudo Risk Barometer, da Allianz Commercial, que se baseou em entrevistas com executivos na região.
O diretor geral da companhia, David Colmenares, conversou com a BNamericas sobre os resultados do trabalho.
BNamericas: Quais os principais riscos identificados pela Allianz no setor de energias renováveis na América Latina?
Colmenares: Em 2025, os top cinco riscos em energias renováveis foram a interrupção de negócio, que inclui interrupção da cadeia de suprimentos, mantendo a posição do estudo de 2024, catástrofes naturais, incêndio, mudanças climáticas e crise energética, que surge este ano como uma nova entrada nas cinco principais preocupações do setor.
Em toda a região, o tema das mudanças climáticas e catástrofes naturais tem se tornado mais relevante. Em 2024, tivemos as enchentes no Rio Grande do Sul e um furacão no México. Na Argentina, no começo de 2024, houve grandes tempestades perto de Buenos Aires. Isso implica riscos físicos e operacionais e financeiros como resultado do aquecimento global.
BNamericas: Qual é a sua percepção sobre a atratividade da região Brasil e da América Latina para investimentos no setor de energia?
Colmenares: O Brasil é um dos países mais atraentes para investimentos em energia renovável, sobretudo em solar fotovoltaica e eólica. Creio que o país pode se tornar uma potência global de geração de energia renovável, porque tem todas as condições necessárias para isso, apesar de riscos como mudanças de legislação e regulação.
Outro destaque é a Argentina, onde estamos vendo uma dinâmica maior de negócio e de investimento em energia renovável.
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BNamericas: Incidentes cibernéticos aparecem como um dos principais riscos no setor de óleo e gás. Por que isso acontece?
Colmenares: A rápida evolução da inteligência artificial e a interconexão digital no setor financeiro aumentam a vulnerabilidade a ataques cibernéticos, o que pode levar a interrupções operacionais significativas.
A implementação de medidas preventivas como a avaliação de riscos em todas as fases e o suporte à integração de TI são essenciais para mitigar esses riscos.
No ano passado, tivemos problemas com um software que deixou metade do mundo fora das redes. E a maioria das pessoas ignora como funciona o problema dos incidentes cibernéticos. Quem são os hackers? Onde estão? O que fazem? Como combatê-los?
Além disso, são relativamente poucos os hackers que liberam os sistemas após o pagamento de resgate, o ransomware.
Creio que essas incertezas explicam o fato de esse tema estar no top of mind dos entrevistados.
Não há como garantir que não haverá ataques cibernéticos. O que é necessário é tomar todas as medidas possíveis para evitá-los, porque os riscos para as redes elétricas são cada vez maiores.
BNamericas: Que outros riscos aparecem com destaque no setor de óleo e gás?
Colmenares: Além de ataques cibernéticos, risco de interrupção de negócios, fogo e explosões, aparecem como pontos de atenção mudanças na legislação e regulação e crise energética.
A regulamentação em torno da sustentabilidade, exigindo transparência nas emissões e caminhos de adaptação das empresas, representa novos desafios e é vista como ferramenta essencial para direcionar a alocação de capital na direção certa e fortalecer a transformação verde.
Portanto, para o setor de óleo e gás, é crucial adotar uma abordagem proativa na gestão desses riscos, integrando práticas de segurança cibernética robustas e adaptando-se às exigências regulatórias de sustentabilidade, para garantir a continuidade dos negócios e a competitividade no mercado global.
Quanto à crise energética, esta é impulsionada por fatores geopolíticos e a transição para fontes de energia mais sustentáveis também representa um desafio para o setor.
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