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Perguntas e Respostas

‘Prevemos muita atividade nas bacias de Santos e Campos’

Bnamericas
‘Prevemos muita atividade nas bacias de Santos e Campos’

O Brasil terá um volume significativo de atividade exploratória de óleo e gás nos próximos anos, prevê Marcelo de Assis, diretor de pesquisa upstream da Wood Mackenzie. 

Entre os destaques estão as bacias de Santos e Campos, além da Margem Equatorial e áreas onshore operadas por empresas independentes. 

Em entrevista à BNamericas, o analista também deu um panorama sobre outros países da América do Sul.

BNamericas: Como você avalia o cenário de atividade exploratória no Brasil?

Assis: Prevemos muita atividade nas bacias de Santos e Campos.

Também há muita atenção sobre perfurações na Margem Equatorial. [O poço de] Pitu [da Petrobras, na bacia Potiguar] ainda está sendo perfurado.

E há um grande ponto de interrogação sobre quando Morpho [da Petrobras, na Foz do Amazonas] será perfurado e em que condições será emitida a licença [pelo Ibama].

BNamericas: E quanto à bacia de Pelotas, onde Petrobras e Chevron arremataram blocos na última rodada da ANP?

Assis: As primeiras perfurações em Pelotas devem acontecer dentro de três a cinco anos, após pesquisas sísmicas e quando houver maior clareza sobre potenciais prospectos na região.

Pelotas ficou parada nos últimos dez anos. Só mesmo depois de descobertas mais recentes na África é que começaram a olhar com mais atenção para essa bacia.

A Equinor vai perfurar um poço offshore na Argentina, e, a depender dos resultados, pode ser que isso acelere o desenvolvimento em Pelotas e de blocos no Uruguai, que já foram leiloados mas que ainda não receberam atividades de perfuração.

BNamericas: Qual o cenário em outros países da América do Sul? 

Assis: A Argentina tem um cenário favorável para perfuração, mas isso dependerá das políticas do [presidente Javier] Milei.

Vaca Muerta, com seus recursos não convencionais, é a bacia com o maior potencial, mas está travada por conta de problemas de preço e controles cambiais que impactaram novos investimentos maiores no país.

Também será preciso ver até onde Milei avançará com a privatização da YPF.

Guiana e Suriname seguem com bastante atividade offshore.

Na Colômbia, o [presidente Gustavo] Petro decidiu não realizar mais rodadas, então a atenção se volta a projetos da Petrobras e Shell. Mas são projetos de gás offshore, de modo que é necessário encontrar mercado consumidor para tornar as descobertas comerciais

No Equador, há possibilidade de privatização da PetroEcuador. Acredito que as atividades não irão decolar devido à situação instável do país.

BNamericas: Alguma perspectiva em relação à exploração de recursos não convencionais no Brasil?

Assis: Ainda não há nada programado, e, com Marina Silva no  Ministério do Meio Ambiente e o posicionamento do Ibama, acho difícil acontecer.

O projeto Poço Transparente, do governo federal, não foi concluído, não acredito que irá para frente neste governo

Em compensação, o onshore brasileiro deve continuar a crescer com empresas independentes, como 3R Petroleum, Eneva e PetroRecôncavo.

Vejo potencial de consolidação dessas independentes. A maioria delas têm ativos maduros, com expectativa de vida de 5 a 10 anos. Portanto, precisam procurar ou adquirir outros ativos, enquanto realizam atividades exploratórias, a fim de garantir geração de caixa. Têm que focar em produção também para isso.

Outro destaque é a Elysian, que adquiriu mais de 100 blocos no Nordeste, no último leilão.

BNamericas: A Petronas está perfurando seu primeiro poço no Brasil…

Assis: Não temos grande expectativa em relação a esse poço, pois se trata de uma área no entorno do polígono do pré-sal, que, nos últimos anos, rendeu descobertas subcomerciais, com gás e petróleo.

Temos mais expectativa em relação à campanha que a Shell deve realizar no sul da bacia de Santos, onde há áreas turbiditos.

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