RZK Energia avança com geração solar

A RZK Energia inaugurou na última semana a Usina Solar Junco, em Teresina, sua primeira usina no Piauí. 

Com uma potência instalada de 6,3 MWp, a planta integra o projeto de expansão da empresa, que contempla R$ 500 milhões.

João Pedro Correia Neves, sócio e conselheiro da RZK, conversou com a BNamericas sobre seus planos e perspectivas de mercado. 

BNamericas: Quais os planos da RZK no Piauí?

Neves: O investimento total da companhia na expansão no Piauí é de aproximadamente R$ 200 milhões, abrangendo as sete usinas solares da RZK Energia que entrarão em operação no estado. 

Além de Teresina, os municípios de Buriti dos Lopes, Geminiano, Pedro II e Santa Rita serão sede das instalações, cada uma com uma potência média de 6,3 MWp. Juntas, as usinas somarão um total de 39 MWp e terão capacidade de atendimento a 17 mil unidades consumidoras e negócios de pequeno e médio porte.

BNamericas: A RZK tem outros projetos de geração de energia em desenvolvimento em outros estados?

Neves: Temos projetos em quase todo Brasil, em estados como Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Brasília, Paraná e Santa Catarina. 

Os investimentos previstos totalizam aproximadamente R$ 500 milhões, com a expectativa de alcançar uma capacidade instalada de 347 MW.

BNamericas: A empresa busca parceiros e/ou fontes de financiamento? Considera fusões e aquisições?

Neves: Sim, a empresa mantém contato contínuo com os agentes de mercado, com o objetivo de otimizar constantemente sua operação e implementar o seu plano de negócio.

BNamericas: O aumento de tarifas de importação de módulos fotovoltaicos os cortes (curtailments) afetam os planos da RZK de alguma forma?

Neves: Estes são movimentos que não contribuem para o desenvolvimento do mercado de energia, especialmente considerando que as soluções são relativamente simples e estão levando mais tempo do que o necessário para serem implementadas. 

Tal cenário acaba transmitindo sinais negativos a potenciais investidores no Brasil, justamente em um momento em que o país tem uma nova oportunidade de se consolidar como um hub de energia limpa para o mundo, produzindo produtos com energia limpa e dados com energia limpa também. 

BNamericas: Projetos greenfield seguem atrativos mesmo diante do excesso de energia renovável disponível no país?

Neves: Com as atuais taxas de juros, a viabilização de novos projetos tem se tornado mais difícil de sair do papel. 

[Nota da BNamericas: a taxa básica de juros (Selic), hoje, está em 13,25%, valor fixado após a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) em 29 de janeiro – sendo o quarto aumento consecutivo. Em dezembro, o Copom aumentou a taxa de 11,25% para 12,25%.]