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Schneider Electric mira demanda de sistemas isolados no Brasil

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A Schneider Electric lançou, recentemente, uma solução de microrrede para sistemas isolados, isto é, desconectadas do sistema interligado nacional (SIN).

A tecnologia, que possibilita a captura e armazenamento de energia, faz parte do plano da companhia de conectar 50 milhões de pessoas à energia limpa no mundo até 2025.

Em entrevista à BNamericas, Leandro Bertoni, vice-presidente da divisão de sistemas de energia para a América do Sul da multinacional, disse que o Brasil terá um peso importante nesse plano, seja como consumidor de energia ou de equipamentos.

BNamericas: O lançamento de solução de microrredes para sistemas isolados tem potenciais sinergias com programas do governo federal?

Bertoni: O Vilaya Flex [nome da solução de microrredes] vem agregar à nossa rede de soluções para oferecer serviços a comunidades isoladas. Estamos desde 2009 participando de alguns programas na América do Sul, focando em parcerias público-privadas e programas de fomento e subsídio que visam levar energia sustentável às comunidades. Em paralelo, participamos de diversos grupos de discussão de políticas públicas sobre o tema.

BNamericas: Quando se pensa em sistemas isolados no Brasil, pensa-se muito na Amazônia, mas eles existem em diversas regiões do país.

Bertoni: Na Amazônia, há alguns anos estamos montando sistemas em uma comunidade e educando os moradores para fazer o melhor uso da energia, e até mesmo realizar a manutenção dos sistemas.

Neste momento, estamos em tratativas com a ONU sobre um programa para ampliar o acesso à energia utilizando nossas linhas de produtos. E isto envolve a divisão do Brasil, até porque temos fábrica aqui.

Ainda hoje, no Brasil, há regiões remotas que ainda vivem de queima de óleo combustível para abastecer pequenos geradores, inclusive em áreas que contam com energia eólica e solar em grande escala em operação.

Avançamos muito com programas de eletrificação rural, mas ainda temos várias pequenas comunidades que estão isoladas. O Brasil tem uma demanda muito alta.

[Nota do editor: a iniciativa da ONU tem como meta o acesso universal à energia até 2030. A Schneider estabeleceu, em 2009, o programa Access to Energy, com o objetivo de conectar 50 milhões de pessoas à energia limpa até 2025.]

BNamericas: Quais os principais avanços tecnológicos obtidos e previstos pela Schneider?

Bertoni: O objetivo é sempre com a menor energia solar gerar o máximo possível de energia elétrica. São sistemas digitais, que podem ser conectados à rede, de fácil manutenção e o mais eficientes possível. Temos conseguido potencializar muito a geração de energia, com equipamentos relativamente pequenos.

BNamericas: Suas soluções para sistemas isolados vêm com baterias?

Bertoni: As baterias vêm evoluindo muito, ganhando vida útil, assim como as placas solares. Quando se perde energia solar, ativa-se a bateria para manter o fornecimento. Isto é fundamental, por exemplo, para manter postos de saúde nas comunidades funcionando, conservando remédios.

BNamericas: O governo estuda a possibilidade de incluir soluções de armazenamento de energia no próximo leilão de reserva de capacidade. Quais são suas expectativas? 

Bertoni: Há muitas discussões sobre a questão do armazenamento e muitas empresas já começaram a investir na área. A Schneider tem a solução elétrica e digital, controle, digitalização e gestão eficiente das baterias, maximizando ou mesmo estendendo sua vida útil.

A barreira para o armazenamento deslanchar é a legislação. Todo investimento de uma concessionária em estabilidade e confiabilidade tem um retorno na revisão das tarifas. Não está claro ainda o quanto um agente será remunerado por investir em um sistema do tipo. Acho que os grandes players estão esperando isso para realmente dar andamento aos projetos.

BNamericas: Que tipos de projetos são esses?

Bertoni: Principalmente nas áreas de transmissão ou distribuição de energia. É onde se vê o maior ganho em termos de armazenamento.

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