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Sungrow de olho no mercado brasileiro de baterias

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Sungrow de olho no mercado brasileiro de baterias

A Sungrow, fornecedora de inversores fotovoltaicos e sistemas de armazenamento de energia, anunciou o marco de 20 GW em equipamentos vendidos na América Latina.

No Brasil, a empresa registrou crescimento de 32% nas vendas no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2023.

O country manager da Sungrow, Rafael Ribeiro, disse à BNamericas que um dos focos agora será o mercado de baterias.

BNamericas: Quais são os principais projetos em desenvolvimento pela Sungrow no Brasil?

Ribeiro: Em 2024, conseguimos crescer em todos os segmentos. Na distribuição, crescemos mais de 120%, principalmente na venda de inversores monofásicos. Conseguimos nos aproximar ainda mais dos nossos distribuidores e lançar novos produtos, como microinversores, e aumentar a linha de inversores 220 V trifásicos.

No mercado de minigeração distribuída, conseguimos crescer mais de 60%, principalmente na conversão de novos clientes e com o lançamento do novo inversor de 250 kW exclusivo para o mercado brasileiro.

Já no segmento de geração centralizada, apesar de uma redução nos projetos negociados em 2024, conseguimos manter nossa liderança com grandes contratos assinados, juntamente com o backlog que conquistamos nos dois últimos trimestres de 2023.

Somente em 2024, devemos atingir a marca de 4,5 GW de inversores entregues ao mercado brasileiro.

BNamericas: Quanto a empresa almeja crescer nos próximos anos?

Ribeiro: Desde a entrada da Sungrow no Brasil, em 2017, temos crescido ano a ano. Mesmo em 2023, quando tivemos nosso pior ano em termos de vendas, ainda crescemos.

Em termos de estrutura, creio que estamos próximos do nosso pico de colaboradores, com uma empresa focada na melhoria de processos e pós-venda. Para o segmento de energia solar fotovoltaica, acredito que estamos em um mercado maduro e que continuará crescendo, mas não na mesma velocidade do passado.

Temos olhado com maior atenção para o mercado de baterias. Acreditamos que, com esse novo mercado, vamos continuar crescendo no Brasil, enquanto nos mantemos como líderes na América Latina.

BNamericas: Quais são os principais desafios para o crescimento no Brasil?

Ribeiro: A falta de políticas regulatórias claras e de longo prazo, mudanças tributárias, incentivos fiscais etc. afetam as empresas estrangeiras que não estão acostumadas a essa realidade. Tudo isso combinado com altas taxas de juros, preços extremamente baixos e a entrada de novos players com qualidade duvidosa.

Apesar dessas dificuldades, a empresa está focada no país, que é uma região importante e estratégica para a Sungrow se manter na liderança global.

Hoje, contamos com cerca de 120 colaboradores, três armazéns, cinco filiais e mais de 13 GW instalados no Brasil.

BNamericas: A situação de excesso de energia disponível, com o forte crescimento das renováveis no país, está dificultando novos investimentos em geração solar?

Ribeiro: O mercado está muito mais maduro e competitivo, e temos clientes com maior conhecimento das tecnologias e soluções. Ao mesmo tempo, a demanda por preços baixos para viabilizar projetos têm reduzido a qualidade dos produtos vendidos. No caso de um inversor, por exemplo, cuja garantia varia de 5 a 25 anos, é importante escolher uma empresa robusta e com estrutura local, que vai atendê-lo durante toda a vida útil do produto.

BNamericas: Quais são as perspectivas para o mercado de BESS no país?

Ribeiro: As expectativas para o mercado de BESS são enormes, mas o Brasil está atrasado nesse sentido. Outros países da América Latina já estão bem à nossa frente com políticas regulatórias e tarifárias que ajudaram a desenvolver esse mercado. Finalmente, está chegando a nossa vez, com a sinalização do governo a respeito de um leilão com baterias e uma norma em vias de finalização.

Estamos preparados, com um time técnico local e experiente e um portfólio robusto com soluções de acoplamento CA e CC [corrente alternada e corrente contínua] para o segmento centralizado, além de soluções C&I [comerciais e industriais] e residenciais. 

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