Brasil
Perguntas e Respostas

Ultracargo amplia movimentação de combustíveis no litoral e interior do Brasil

Bnamericas
Ultracargo amplia movimentação de combustíveis no litoral e interior do Brasil

A provedora de soluções de logística Ultracargo e a distribuidora de combustíveis Dislub fecharam uma parceria para realizar operações de bunker (óleo combustível marítimo) no Porto de Suape, no estado de Pernambuco. 

Quatro tanques, com capacidade total de armazenamento de 40 mil metros cúbicos, foram disponibilizados em um terminal da Ultracargo. Em seguida, o produto é bombeado para uma barcaça que o transporta até os navios que precisam ser abastecidos.

A Ultracargo também está investindo em projetos para expandir sua capacidade de armazenamento e movimentação de combustíveis no interior do Brasil, principalmente para atender à demanda do agronegócio.

A BNamericas conversou sobre as iniciativas com Fernando Dihel, diretor-executivo de desenvolvimento de negócios da companhia.

BNamericas: Há uma previsão de aumento da demanda por bunker no Brasil?

Dihel: A Petrobras tem a principal parcela do suprimento desse mercado, e há cada vez mais gargalos logísticos quando olhamos para os fluxos marítimos na costa brasileira.

Suape se posicionou como um grande hub para movimentação de bunker porque Pernambuco fica em uma ponta por onde passa um fluxo de navios que vêm do Golfo do México e vão para a Ásia. E havia também uma deficiência de bunker para navios que operam na própria região, mas tinham que abastecer em outros portos.

Hoje temos ampla uma capacidade ampla de tancagem em Suape, com mais de 150 mil m³, sendo parte dela para o bunker. 

BNamericas: Vocês pretendem realizar novos investimentos?

Dihel: Além de Suape, estamos avaliando oportunidades bunker em outros portos onde estamos presentes, como Vila do Conde, no Pará, além de Santos [São Paulo] e Itaqui [Maranhão].

BNamericas: A Ultracargo opera com outros combustíveis, além do bunker?

Dihel: Em um primeiro momento, fomos muito focados em granéis líquidos químicos. Abastecíamos fábricas de players relevantes como Braskem e Unigel, entre outros.

Ao longo das últimas décadas, o mercado de derivados de petróleo mudou bastante. A Petrobras é, hoje, deficitária no refino, dependendo de importações. Então, fizemos uma migração para atender a esse mercado de combustíveis que entram no país. Como o produto entra muito por Santos e Itaqui, esses são dois locais onde temos instalações. Estamos instalando um terminal de transbordo em Palmeirante, no Tocantins, para ser atendido a partir de Itaqui por ferrovia. Ele deve começar a operar entre o final deste ano e o início do ano que vem. A partir do novo terminal serão carregados caminhões para abastecer postos e bases distribuidoras da região.

Outro projeto contempla o corredor Santos-Centro-Oeste, atendendo ao estado do Mato Grosso. Temos uma autorização da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] para colocar um desvio ferroviário de alta capacidade em Santos, onde já operamos. Quando estiver operacional, vai carregar gasolina e diesel para o interior, chegando até o Mato Grosso, que é o grande polo de produção agrícola do país, substituindo caminhões, de forma mais eficiente, segura, com mais ESG. 

E adquirimos um terminal em Paulínia [São Paulo]. É um terminal originalmente pensado para operar com etanol, e estamos fazendo adequações para outros derivados. Estamos colocando um desvio ferroviário lá para levar diesel e gasolina para o Mato Grosso.

Já do nosso terminal em Rondonópolis, no Mato Grosso, partem cargas de etanol para o Porto de Santos por ferrovia. Não fazemos só operação em portos. Somos um operador logístico, operando também terminais de interior. 

BNamericas: E quanto ao projeto em Vila do Conde?

Dihel: Trata-se de um terceiro corredor em estudo, hidroviário. Em Vila do Conde, temos um terminal mais moderno, automatizado, com capacidade para receber grandes navios e carregar barcaças, com um calado natural de 14 m. Santarém [no Pará], por exemplo, está restrito a 12 m. Itacoatiara [no Amazonas], a 11 m. O objetivo é receber cargas maiores, carregando barcaças [com combustíveis] para diversas regiões.

Tenha acesso à plataforma de inteligência de negócios mais confiável da América Latina com ferramentas pensadas para fornecedores, contratistas, operadores, e para os setores governo, jurídico e financeiro.

Assine a plataforma de inteligência de negócios mais confiável da América Latina.

Outros projetos em: Óleo e Gás (Brasil)

Tenha informações cruciais sobre milhares de Óleo e Gás projetos na América Latina: em que etapas estão, capex, empresas relacionadas, contatos e mais.

Outras companhias em: Óleo e Gás (Brasil)

Tenha informações cruciais sobre milhares de Óleo e Gás companhias na América Latina: seus projetos, contatos, acionistas, notícias relacionadas e muito mais.