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Alares: ‘continuaremos como consolidadores no segmento’

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Alares: ‘continuaremos como consolidadores no segmento’

Em meio à contínua consolidação do mercado de Internet, o provedor brasileiro de serviços de internet Alares quer ser visto como um comprador, e não como um vendedor.

“A Alares é protagonista nesse mercado de consolidação. Continuaremos como consolidadores no segmento”, disse o CEO Denis Ferreira à BNamericas.

O grupo, um dos 10 maiores provedores (na sigla em inglês, ISPs) do país em acessos de fibra, planeja novas fusões e aquisições e aposta no segmento corporativo como vetor de crescimento.

A empresa acaba de anunciar uma nova marca, denominada Alares Empresas, como parte de uma estratégia renovada para atender o segmento corporativo, onde concorrentes como Americanet (hoje chamada Vero) estão bem posicionados. A Brasil TecPar é outro ISP que está mudando seu foco para B2B (sigla em inglês para “business to business”, ou “negócio a negócio”).

Cerca de 5% da atual base de clientes da Alares são clientes B2B, que juntos representam aproximadamente 10% do faturamento da empresa. A Alares atua em 180 cidades em sete estados brasileiros.

O foco no B2B será principalmente no mercado atacadista, oferecendo capacidade a terceiros com seu backbone de fibra, além de serviços para pequenas, médias e até grandes empresas, disse Ferreira.

O backbone nacional dos Alares estende-se por 23 mil km e, segundo o executivo, passou recentemente por um processo de atualização de capacidade. O CEO descarta depender de redes neutras para expandir a infraestrutura de fibra da empresa.

Em relação à expansão greenfield, ele vê o mercado novamente se movimentando lateralmente em termos de lançamentos de fibra em 2024.

“Não vejo o mercado fazendo grandes movimentos, como se tinha antes, de deployment de fibra. As empresas agora, inclusive a nossa, estão focando muito mais em crescer onde você já está, acrescentar clientes na rede já passada e crescer o ARPU [sigla em inglês para “receita média por usuário”]”, afirmou.

Os principais fornecedores de equipamentos de rede da Alares incluem ZTE, Zyxel Networks, Huawei e Nokia. O sistema de faturamento e CRM da Alares foi desenvolvido pela empresa local Interfocus e seu ERP pela brasileira Totvs.

No início de junho, a Alares concluiu a consolidação de todos os seus sistemas em um único centro de operações de rede (na sigla em inglês, NOC). Esta instalação fica em Ourinhos, no interior de São Paulo.

Ferreira não mencionou o capex, mas disse que o investimento neste NOC foi “significativo” e a maior parte do dinheiro foi para infraestrutura e pessoal.

M&A

Tradicionalmente atuante em fusões e aquisições, a Alares fez sua última aquisição em outubro de 2023, quando assumiu a Webby. Desde então, a empresa tem se concentrado em completar o processo de integração, envolvendo back office, sistemas e pessoal. Com este processo concluído, o próximo passo é eliminar a marca Webby e substituí-la pela Alares.

Ferreira não revelou detalhes dos novos acordos de fusões e aquisições, mas indicou que a empresa analisa oportunidades e mencionou que uma nova aquisição poderá ser anunciada antes do final do ano.

Apesar da intensa concorrência e de uma “guerra de preços” em curso, a Alares vem conquistando clientes mês a mês desde o ano passado, sem contar as aquisições. No entanto, a batalha pelos preços, segundo ele, está distorcendo o mercado.

“Isto não é saudável para o mercado e gera problemas de rentabilidade, especialmente para empresas que têm alto churn. Se você tem alto churn e joga os preços lá para baixo, você terá problemas sérios”, destacou o executivo.

CONSOLIDAÇÃO

O mercado de banda larga de fibra está passando por uma nova onda de fusões e aquisições. Em 2023, dois importantes players – Vero e Americanet – anunciaram uma fusão.

Também no ano passado, conforme noticiado pela primeira vez pelo BNamericas, a Ligga, maior ISP do Paraná, iniciou negociações com a rede neutra V.tal, cujos parceiros incluem a Oi e fundos vinculados ao BTG Pactual.

Mais recentemente, a Telefônica admitiu que estava em negociações para a aquisição da Desktop, maior ISP do estado de São Paulo. Fontes do mercado afirmam que a aquisição foi acertada, mas ainda não foi anunciada.

Estes acordos entre players mais fortes e mais estabelecidos ocorrem em paralelo com aquisições de provedores regionais por empresas maiores, fenômeno que já vem acontecendo há algum tempo.

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