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Alloha lançará 3 convocatórias para projeto de atualização de backbone

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Alloha lançará 3 convocatórias para projeto de atualização de backbone

A Alloha Fibra, maior holding de ISP do Brasil em termos de acessos, planeja lançar três convocatórias no mercado como parte da modernização de seu backbone ótico nacional, contou à BNamericas Fabio Abreu, vice-presidente de redes e B2B da companhia.

A empresa investirá um total de US$ 32 milhões no projeto, que deverá ser concluído até o final de 2025.

“Estamos aumentando a capacidade do nosso DWDM [sistema ótico], colocando uma rede IP em cima da nossa rede e aumentando a capacidade da nossa infraestrutura. A Alloha não tem uma rede IP unificada no momento”, disse Abreu.

O projeto faz parte de uma iniciativa mais ampla para fortalecer a área B2B e atacadista e aumentar a capacidade do backbone.

Enquanto estrutura o projeto, a Alloha trabalha em anéis “coletores de tráfego” para aumentar a resiliência e a capacidade de suas redes em diferentes regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

Foram concluídos os investimentos nos anéis da rede em Fortaleza, na Grande Luís e na rota que vai de São Luís a Imperatriz, no Maranhão.

A Alloha já começou a investir na rede que vai de Imperatriz a Goiânia, capital do estado de Goiás, e também na grande Teresina, capital do Piauí.

Huawei e Nokia ganharam os últimos contratos de DWDM.

A Huawei conquistou o contrato da rota Imperatriz-Goiânia, depois de obter os contratos dos anéis de Belém e São Luís.

A Nokia arrematou as rotas Fortaleza-Teresina-Brasília e a Cipó-João Pessoa, na Bahia e na Paraíba, respectivamente.

Dos investimentos planejados de US$ 32 milhões, US$ 15 milhões foram investidos desde janeiro nos contratos da Nokia e Huawei.

DESCARREGAMENTO DO TRÁFEGO

Os investimentos também pretendem apoiar o fluxo de tráfego pelo interior do país como complemento de rotas mais longas – e, consequentemente, com maior latência – ao longo do litoral até os pontos de troca de internet (IXPs) de Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.

Essas três regiões metropolitanas concentram a maior parte dos dados do país. É lá que todas as empresas se conectarão para trocar tráfego e buscar conteúdo.

Enquanto essas estruturas não são distribuídas para outras partes do país, as empresas do interior do país precisam buscar as rotas mais diretas e com o menor número de paradas possíveis – daí o trabalho da Alloha com os anéis de fibra e redes redundantes.

“O Brasil, pelo tamanho que possui, terá que ter um [IXP] em Manaus ou em Belém, por exemplo. Não faz sentido uma empresa ir buscar o Netflix com 62 ms de latência em uma rota para São Paulo”, disse Abreu. “Os Estados Unidos têm cerca de 20 IXPs”, acrescentou.

Abreu reconhece, no entanto, que além dos datacenters regionais e de borda, seria preciso implementar uma expansão mais ampla da rede de dados, com cabos submarinos que chegassem à costa norte do país, por exemplo.

Atualmente, os três principais parceiros da Alloha para conectividade internacional, através de cabos submarinos, são Cirion, Seaborn e Telxius.

Telxius e Seaborn estão estudando novas rotas terrestres no país, apurou a BNamericas, incluindo Recife e Brasília.

No total, a Alloha tem mais de 400 ISPs como clientes em sua rede, além de dezenas de operadoras de diversos portes e focos no mercado.

Atualmente, 18,5% do faturamento da empresa vem da área B2B, que abrange os segmentos atacadista, governamental e corporativo.

A rede da Alloha Fibra cobre 864 cidades em 22 estados.

A Alloha também afirma estar presente em mais de 1.500 pontos de presença em todo o Brasil, incluindo conexões com datacenters da Cirion, Ascenty, V.tal, Telxius, Angola Cables e Tivit, entre outras, em Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.

OBJETIVOS

O objetivo da Alloha para este ano é acelerar as vendas em relação a 2023, segundo Abreu.

O executivo afirmou que as vendas na área B2B já são 45% maiores que no ano passado.

Esse crescimento, no entanto, ainda não é suficiente para reduzir as perdas relacionadas com o churn e aumentar a receita global da empresa.

“Tivemos um hiato de investimento nas redes no Nordeste por quase dois anos. Esse hiato fez com que nosso churn aumentasse muito. Como VP de redes, retomei todas as discussões institucionais da companhia e, desde o ano passado, estamos voltando a investir na região”, comentou Abreu.

A empresa também centralizou recentemente todo o gerenciamento de backbone em um novo centro de operações de rede em Mauá, no estado de São Paulo.

Em abril, a Alloha solicitou o registro como empresa de capital aberto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), medida vista no mercado como um primeiro passo para um IPO.

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