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As mais recentes iniciativas de financiamento para provedores de serviços de internet na América Latina

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As mais recentes iniciativas de financiamento para provedores de serviços de internet na América Latina

Organizações multilaterais, bancos de desenvolvimento locais e internacionais e fundos públicos continuam financiando provedores de serviços de internet (na sigla em inglês, ISPs) na América Latina por meio de diferentes formatos.

A maior parte dos recursos está sendo destinada a projetos de expansão de redes de banda larga fixa, a redes de transporte de fibra e a operadoras menores. Devido ao seu perfil financeiro e às garantias limitadas que podem oferecer, esses players tendem a enfrentar maiores dificuldades para levantar fundos no setor privado.

Ao mesmo tempo, eles estão entre os principais impulsionadores da interiorização da fibra em muitos países latino-americanos.

A seguir, a BNamericas atualiza as últimas iniciativas de financiamento para esses projetos na região.

BRASIL

O BNDES, gestor financeiro do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), está liderando o financiamento para ISPs locais.

No projeto mais recente, o banco aprovou R$ 200 milhões (US$ 34,1 mi) do Fust para a Intelbras, visando apoiar a venda de equipamentos de banda larga para pequenas operadoras.

O BNDES vem fazendo uma série de contribuições, principalmente por meio de empréstimos a taxas subsidiadas, para operadoras de telecomunicações, mas esta foi a primeira via Fust neste ano.

Em 2024, o banco aprovou recursos para Alloha Fibra, Brisanet e Proxxima Telecom, bem como para a empresa de torres Highline, entre outros. Para 2025, o Fust tem um orçamento aprovado de mais de R$ 1 bilhão para financiar projetos de banda larga.

BID

Em julho passado, o Banco Interamericano de Desenvolvimento aprovou um empréstimo previamente anunciado de US$ 100 milhões ao Brasil para expandir a cobertura de banda larga fixa.

Um programa de expansão do crédito para investimentos em redes de telecomunicações será executado pelo Ministério das Comunicações e reforçará o Fust.

A maior parte do financiamento será usada para facilitar o acesso ao crédito para ISPs que investem em infraestrutura de banda larga fixa em municípios com menos de 30 mil habitantes. Isto inclui a implantação de cabos de fibra e a instalação de equipamentos de telecomunicações com funções de economia de energia ao longo da infraestrutura e direitos de passagem existentes.

Quanto a outras regiões da América Latina, o BID aumentou seu suporte a ISPs por meio de empréstimos e programas para melhorar a conectividade digital. O programa de banda larga do BID e a plataforma DigiLAC são parte desses esforços.

AMAZÔNIA PERUANA

No Peru, o governo está avançando com um projeto na Amazônia para melhorar a infraestrutura, a mobilidade fluvial e o acesso à internet.

Financiada pelo BID, a iniciativa envolve um investimento de 227 milhões de soles (US$ 60 mi) e inclui conexões básicas de internet em 33 locais.

Também no Peru, cinco projetos de telecomunicações envolvendo quase 90 milhões de soles serão financiados usando a modalidade de “obras por impostos”, que permite o pagamento de imposto de renda por meio de investimentos em projetos públicos, como parte do projeto rural Internet Para Todos, apoiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

COLÔMBIA

O FDN, banco de desenvolvimento da Colômbia, promete aumentar seu financiamento para projetos de comunicação, especialmente acesso de fibra óptica de última milha.

A FDN trabalhou com o Ministério das Comunicações e financiou parte de um projeto nacional de fibra.

Especificamente para participantes do setor privado, o FDN aprovou em setembro o financiamento para a rede de fibra neutra OnNet Fibra Colombia, a primeira do banco no setor de telecomunicações.

METROTEL – ARGENTINA

Em dezembro, o BID Invest, braço para setor privado do BID anunciou um pacote de financiamento de até US$ 110 milhões para o ISP argentino Metrotel, visando acelerar a implantação de fibra óptica em residências.

O financiamento inclui um empréstimo de US$ 25 milhões do BID Invest e US$ 25 milhões mobilizados do banco brasileiro Itaú BBA, bem como um compromisso de mobilizar até US$ 60 milhões adicionais.

CABO EM EL SALVADOR

Embora não seja especificamente voltado para ISPs, a Siget, reguladora de energia e telecomunicações de El Salvador, confirmou recentemente que usará recursos de um empréstimo de US$ 145 milhões fornecido pelo CAF para a aquisição de suprimentos, equipamentos e serviços relacionados ao seu primeiro cabo submarino.

Anunciado em dezembro, o cabo de alta capacidade deverá conectar outros países da região e também conta com o apoio do MCDF, um grupo de organizações multilaterais focadas no financiamento do desenvolvimento.

Atualmente, El Salvador não conta com sistemas internacionais aterrissando em suas costas. Em vez disso, depende de conexões terrestres com vizinhos ou outras tecnologias. O país estava planejando receber propostas para o cabo em janeiro.

CHILE

O CAF também está apoiando o governo chileno na fase de viabilidade do primeiro cabo submarino de fibra óptica conectando o continente à Antártida.

Este mês, um consórcio formado pelas empresas Salience e Pioneer venceu uma licitação para desenvolver um projeto técnico em 16 meses.

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