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As mineradoras da América Latina podem lucrar com o aumento da demanda por prata?

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As mineradoras da América Latina podem lucrar com o aumento da demanda por prata?

A demanda recorde por prata trará grandes oportunidades para as mineradoras na América Latina este ano, e a região está pronta para consolidar seu domínio na produção com projetos de crescimento importantes, impulsionados por um ambiente de preços sólido.

“As perspectivas para a demanda por prata são excepcionalmente promissoras para 2022, com uma previsão de aumento da demanda global por prata para um recorde de 1,112 Boz”, afirmou o Silver Institute em um comunicado.

A previsão de 8% de crescimento na demanda, juntamente com os preços elevados, acompanha os novos dados que mostram um aumento da produção de prata na América Latina, com os cinco maiores produtores da região, liderados por México e Peru, fornecendo metade da produção global de minas no ano passado.

TENDÊNCIAS DE MERCADO

O aumento da demanda global em 2022 será impulsionado por um aumento de 5% na fabricação industrial em tecnologias tradicionais e tecnologias verdes essenciais, de acordo com o Silver Institute.

As compras de barras e moedas saltarão 13%, já de joias e talheres, 11% e 21%, respectivamente, disse a entidade.

Mas o mercado de prata será amplamente equilibrado este ano, com uma previsão de aumento de 7% na oferta global, para 1,09 Boz.

O aumento será impulsionado principalmente pela produção 7% maior das minas, que deve atingir a maior alta em seis anos.

“A alta será conduzida pela maior produção das minas primárias de prata, em especial em grandes operações existentes e apoiadas por novos projetos grandes que estão entrando em operação”, acrescentou o comunicado.

PERSPECTIVAS DE PREÇO

A oferta e a demanda, junto com as condições do mercado, resultarão em fortes preços para a prata em 2022, com o Silver Institute prevendo uma média anual de US$ 24,80/oz, 1% abaixo dos US$ 25,14/oz do ano passado.

A previsão para 2022 é semelhante à estimativa do Scotiabank de US$ 25/oz, mas a empresa vê os preços caindo para US$ 23/oz no próximo ano e US$ 20/oz em longo prazo, em parte devido ao aumento da oferta das minas, com volumes crescentes de prata gerados como subproduto em grandes operações industriais de metais.

“A demanda por prata é muito forte, mas ainda não vejo um déficit... se o ouro não tiver uma boa produção, não sei se a demanda de investimento por prata será suficiente para superar a oferta das minas”, apontou o analista Trevor Turnbull à BNamericas em uma entrevista recente.

Mas as previsões são positivas para o setor de mineração, em comparação com os preços na faixa de US$ 14-18/oz de 2017 a meados de 2020, quando a prata ultrapassou US$ 20/oz. Os níveis no mercado spot atualmente giram em torno de US$ 23/oz.

O PAPEL CRESCENTE DA AMÉRICA LATINA

Nesse cenário de demanda crescente e preços fortes, as mineradoras vêm ampliando o papel da América Latina na produção de prata.

Novos números do US Geological Survey mostram que os principais produtores da região – México, Peru, Chile, Bolívia e Argentina – forneceram 12 mil t (386 Moz) de prata em 2021, metade do total global de 24 mil t.

A produção combinada nas cinco jurisdições da América Latina aumentou 4% em relação às 11.530 t em 2020, quando as operações foram afetadas pelas suspensões decorrentes da Covid-19 em países como México, Peru e Argentina.

O México, maior minerador de prata do mundo, produziu 5.600 t em 2021, um aumento de 60 t, enquanto o Peru, terceiro atrás da China, viu a produção subir de 2.770 t para 3 mil t. Chile, Argentina e Bolívia também registraram aumentos.

PROJETOS DE CRESCIMENTO

Embora os primeiros sinais sugiram que a produção de prata do México permanecerá estável em 2022, vários projetos estão avançando na região, o que pode gerar crescimento da produção em curto prazo.

A BNamericas lista quatro projetos primários de prata em construção ou pré-construção na região, com produção combinada de cerca de 30 Moz/ano.

Isso inclui o ativo Juanicipio, de US$ 440 milhões, da Fresnillo e da MAG Silver no México (foto), onde o comissionamento está previsto para o final deste ano, após atrasos na conexão com a rede elétrica. Espera-se que Juanicipio produza 11,7 Moz/ano de prata.

A Bear Creek Mining também iniciou as primeiras obras de construção do projeto Corani, de US$ 579 milhões, no Peru, que deve produzir uma média de 9,6 Moz/ano de prata, com a SilverCrest Metals visando a produção de 2022 no projeto mexicano Las Chispas, de US$ 138 milhões, desenvolvido para produzir 5,2 Moz/y de prata.

A Endeavor Silver também iniciou as atividades de pré-construção em seu projeto Terronera, de US$ 175 milhões, no México, que deve entregar 3,3 Moz/ano de prata.

O reinício da mina Escobal, da Pan American Silver, na Guatemala – suspensa até a conclusão de uma consulta em andamento com as comunidades indígenas – também adicionaria cerca de 20 Moz/ano de prata.

Outros grandes projetos de prata que podem ter produção nos próximos anos incluem Cordero, Pitarrilla e La Preciosa, no México, e Diablillos e Navidad, na Argentina.

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