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BHP e Anglo American: os altos e baixos do cobre no Chile

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BHP e Anglo American: os altos e baixos do cobre no Chile

Enquanto a BHP relata o maior nível de produção de cobre dos últimos quatro anos em sua mina Escondida e atinge um novo recorde em Spence – ambas operações localizadas na região de Antofagasta –, a Anglo American registrou no último trimestre  uma queda nos volumes em suas minas Los Bronces e El Soldado.

No exercício financeiro de 2024 da BHP, encerrado em junho, Escondida, a maior mina de cobre do mundo, produziu 1,13 milhão de toneladas (Mt) do metal, 7% acima do volume dos 12 meses anteriores, devido a maiores teores e a medidas mais rigorosas para enfrentar eventos geotécnicos, informou a empresa australiana em um relatório de operações divulgado esta semana.

No ano fiscal de 2025, que começa este mês, a Escondida deve produzir entre 1,18 Mt e 1,30 Mt.

Em Pampa Norte, a BHP alcançou um recorde de 265,6 mil toneladas. A divisão inclui a produção de Spence e Cerro Colorado, que atualmente está em está atualmente em fase de cuidado e manutenção após ter contribuído com 11 mil t de cobre no ano fiscal de 2023. Juntos, os ativos superaram a estimativa máxima de 250 mil t para o período.

Em 2025, a Spence deverá contribuir com 240 mil t a 270 mil t, graças a melhorias dos concentradores concluídas em junho, acrescentou o relatório.

Os números de Escondida são apresentados em uma base de 100%, embora a BHP detenha 57,5% da mina, em parceria com a Rio Tinto (30%) e a japonesa Jeco (12,5%). Spence, por outro lado, é de propriedade exclusiva da BHP.

ANGLO AMERICAN

A empresa com sede em Londres, por sua vez, informou que sua produção de cobre no Chile no segundo trimestre registrou uma queda anual de 8% para 120.400 t, devido à diminuição dos volumes em Los Bronces e El Soldado, ativos localizados em regiões centrais do país.

O volume em Los Bronces caiu 19%, para 48.400 t, o que se deve às interrupções da planta, menor teor e maior dureza do mineral, informou a Anglo em um relatório.

A empresa prevê uma menor produção até que a mina entre em uma nova fase planejada para 2027. A Anglo iniciará a manutenção da planta processadora “mais antiga e cara” de Los Bronces a partir deste mês, conforme informado.

Em El Soldado, a produção contraiu 15%, para 11.700 t, afetada, assim como em Los Bronces, por chuvas e neve atípicas em junho.

Em Collahuasi, a produção de cobre atribuível à participação de 44% da Anglo aumentou 5%, para 60.300 t, devido a uma otimização que permitiu a instalação de um quinto moinho de bolas, embora tenha havido também uma redução na recuperação do mineral e nos teores.

Enquanto isso, na fundição de Chagres da Anglo, a produção, que inclui concentrado de terceiros, caiu 7%, para 25.400 t.

Apesar disso, a Anglo mantém sua estimativa de 430 mil toneladas a 460 mil toneladas para este ano, “sujeita à disponibilidade de água”, assunto que espera resolver por meio de um acordo com a Águas Pacífico. Esta última construirá uma usina de dessalinização de 1.000 l/s, e a Anglo prepara um projeto para viabilizar o fornecimento.

Já a Escondida opera desde 2019 com uma usina de dessalinização própria em Puerto Coloso, cuja capacidade é de 3.800 l/s.

A Anglo American detém uma participação de 50,1% em Los Bronces, El Soldado e Chagres. No entanto, a produção desses ativos é relatada como 100% da produção total.

NOVOS PROJETOS

Após a rejeição da oferta de aquisição de US$ 49 mil feita pela BHP, Anglo American focará em cobre, minério de ferro e nutrientes para cultivos.

Essa estratégia inclui desinvestimentos de ativos de carvão siderúrgico e uma transformação empresarial que deverá ser concluída “até o final de 2025”, de acordo com o CEO da Anglo, Duncan Wanblad.

A BHP, por sua vez, adquiriu no ano passado a australiana OZ Minerals para fortalecer sua linha de cobre com operações no Brasil e planeja de investir US$ 470 milhões na ampliação do depósito de rejeitos e outras modificações em Escondida, além de US$ 1,65 bilhão em uma adaptação operacional e US$ 570 milhões na gestão de detritos e lixiviação em Spence.

No ano passado, a BHP anunciou investimentos superiores a US$ 10 bilhões no Chile.

A Anglo, por sua vez, investirá US$ 3,3 bilhões no projeto Los Bronces Integrado e, neste ano, aumentou seus gastos de capital no Chile em 4%, para US$ 1,27 bilhão, com o objetivo de reverter a tendência de queda de sua produção.

Além disso, está envolvida na construção de projetos que totalizam quase US$ 3,37 bilhões, incluindo melhorias na infraestrutura de Collahuasi e a barragem de rejeitos El Torito, em El Soldado.

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