Cabo CSN-1 da Telconet completa unidades de ramificação e pontos de aterrissagem

A equatoriana Telconet concluiu todas as unidades de ramificação, repetidores e os principais segmentos terrestres e subaquáticos de seu cabo Carnival Submarine Networks–1 (CSN-1), de 4.500 km de extensão, apurou a BNamericas com exclusividade.

“As próximas atividades planejadas incluem carregamento de cabos e operações marítimas, as quais estão programadas principalmente para o primeiro semestre de 2025”, disse à BNamericas Francisco Villacreses, vice-presidente comercial da Telconet para a América Latina.

A construção do cabo está sendo realizada pela Alcatel Submarine Networks (ASN), divisão submarina da Nokia, que está em processo de aquisição pelo governo francês.

A fabricação está concentrada na França, na fábrica da empresa em Calais.

A ASN também é fornecedora do SLTE (submarine line terminal equipment) óptico terrestre para o cabo.

A Telconet agora iniciará um processo formal para selecionar o fornecedor de eletrônicos que iluminará os pares de fibras óticas no sistema.

“Por enquanto, Ciena e Infinera – dois líderes indiscutíveis na indústria – nos abordaram e já apresentaram suas soluções técnicas. Analisamos seus avanços tecnológicos atuais e suas projeções futuras. Nos próximos dias, esse processo de licitação começará com um pedido de proposta [conhecido pela sigla em inglês RFP]”, explicou Villacreses.

A conclusão para serviço do CSN-1 é esperada para o primeiro trimestre de 2026, segundo o executivo.

O CSN-1 será o primeiro cabo submarino a aterrissar na costa oeste da Flórida.

Quando estiver pronto, ele percorrerá 4.500 km de Ancón, no Equador, até Naples, na Flórida, com pontos de aterrissagem no Panamá (Cidade do Panamá, costa do Pacífico; Cristóbal, costa do Atlântico) e na Colômbia (Barranquilla).

O sistema também terá unidades de ramificação submersas adicionais, estrategicamente localizadas ao longo da rota principal, para futuras expansões.

Entre os planejados estão Guatemala, Costa Rica e México.

Uma vez concluído, o CSN-1 fornecerá rotas mais curtas e, portanto, conexões de menor latência entre EUA, Colômbia, Panamá e Equador, segundo a Telconet.

O CSN-1 também é o primeiro cabo submarino a incorporar a tecnologia “Open Cable” a ser implantado na América Central e do Sul, comentou Villacreses. Esta arquitetura aberta da ASN foi projetada para ser neutra em termos de operadoras e fornecer acesso aberto a várias operadoras em cada uma das estações de aterrissagem do CSN-1.

O sistema obteve uma licença local da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) para aterrissagem e início das operações.