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Chile avança com usina de dessalinização ‘emergencial’ para região atingida por seca

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Chile avança com usina de dessalinização ‘emergencial’ para região atingida por seca

Autoridades chilenas estão realizando estudos para selecionar um local para uma usina de dessalinização de emergência para o vale do rio Limarí, na região atingida pela seca de Coquimbo, além de uma usina de US$ 300 milhões, planejada para a mesma região, que será licitada ainda este ano como uma concessão.

“A usina de dessalinização emergencial será modular, e o objetivo é ter água disponível até 2026”, disse a ministra de Obras Públicas, Jessica López, quando questionada pela BNamericas durante uma entrevista coletiva.

A central de dessalinização concessionada não deve começar a produzir água antes de 2028.

Embora Coquimbo como um todo seja uma das regiões mais afetadas pela longa seca do Chile, que já dura mais de uma década, o vale do rio Limarí está em uma situação especialmente difícil, com seus três principais reservatórios registrando menos de um terço da capacidade no final de julho.

López acrescentou que o Ministério de Obras Públicas (MOP) já está recebendo cotações de empresas para os equipamentos que serão instalados na planta temporária.

FISCALIZAÇÃO E MULTAS 

A ministra alertou que, após as fortes chuvas de maio e junho, julho deste ano foi o mês mais seco dos últimos 30 anos em Santiago, enquanto a precipitação no início de agosto não causou alterações significativas nos níveis de água nos reservatórios locais.

Enquanto isso, a divisão de águas do MOP (DGA) está intensificando a fiscalização, o que resultou em multas recorde durante o primeiro semestre.

Ao todo, foram realizadas 941 inspeções nos primeiros seis meses do ano, com multas somando 4,15 bilhões de pesos (US$ 4,39 milhões).

As multas impostas aos titulares de direitos sobre a água foram principalmente por não registarem obras de infraestrutura hídrica, por não reportarem a extração de água ou por não instalarem sistemas de medição. No caso de não detentores de direitos, as multas foram principalmente por extração não autorizada de água ou a ações que modificaram cursos d’água.

López destacou que um projeto de lei para agilizar os processos de fiscalização da DGA foi aprovado na última segunda-feira (5) pela comissão de recursos hídricos do Senado e será posteriormente votado pelo plenário do Senado.

Além das multas, os detentores de direitos que não utilizam a água têm de pagar uma taxa para preservar seus direitos. Os pagamentos atingiram 27,7 bilhões de pesos no primeiro semestre.

Segundo López, cerca de 50% dos titulares de direitos de água que não utilizam o recurso não pagam as taxas, o que deixa seus direitos de água sujeitos a leilões.

“Estamos buscando formas de acelerar esses leilões para recuperar esses direitos em nome do Estado e posteriormente utilizá-los em APRs [sistemas rurais de água potável] ou como reserva”, explicou a ministra.

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