Chile e Colômbia devem recuperar ímpeto da eletromobilidade em 2025

Embora o crescimento da eletromobilidade tenha desacelerado no Chile e na Colômbia, ambos os mercados devem recuperar força no curto prazo.

“A Colômbia começou [a eletromobilidade] muito bem e no ano passado entrou em uma morosidade inexplicável. Quanto ao Chile, eu esperava que crescesse mais rápido”, disse à BNamericas Patricia Baires, gerente de desenvolvimento de negócios para a América Latina da Blink Charging, empresa que atua como fornecedora de equipamentos para carregamento de veículos elétricos.

“No entanto, vimos sinais que nos fizeram acreditar que 2025 será ótimo para Chile e Colômbia, e que eles conseguirão recuperar o que perderam”, acrescentou.

Bogotá e Santiago são as cidades com mais ônibus elétricos fora da China e estão constantemente aumentando suas frotas.

Baires destacou que a América Latina avançou muito nos últimos 18 meses, com vários países introduzindo legislação de eletromobilidade, o que ajudou a promover a transição.

“O México cresceu muito rapidamente, mas seu crescimento foi focado em frotas do setor privado”, afirmou Baires. Em comparação, Colômbia e Chile se concentraram principalmente em frotas de transporte público, enquanto a Costa Rica se concentrou em compradores individuais.

O Brasil também deve desempenhar um papel mais importante devido ao tamanho do seu mercado, enquanto a Argentina enviou apenas sinais fracos de que “realmente quer entrar” na corrida da eletromobilidade, segundo a executiva.

Contudo, ela destacou que as cidades latino-americanas não foram projetadas para infraestrutura de eletromobilidade.

“Não temos energia suficiente nos pontos onde realmente precisamos que ela esteja disponível”, comentou.

Isto cria uma situação em que os carregadores são instalados em locais sem energia disponível suficiente, o que significa que energia adicional precisa ser transferida e os custos do projeto aumentam.

Atrasos relacionados a barreiras burocráticas e regulatórias também são um impedimento. Para manter o crescimento, na opinião de Baires, a América Latina deve promover a competição entre diferentes tecnologias e evitar forçar um único padrão para veículos elétricos, o que tornaria a região menos atraente para as montadoras.