Chilena Antofagasta Minerals avança rumo à meta de 900.000 t/ano de cobre

A chilena Antofagasta Minerals (Amsa) pretende aumentar a produção de cobre com projetos de crescimento em Los Pelambres, Centinela e Zaldívar. 

A meta é passar das 661 mil t/ano do ano passado para 900 mil e, para tanto, serão investidos US$ 2,7 bilhões em suas operações no Chile.

LOS PELAMBRES

Para atingir este objetivo, a Amsa está desenvolvendo a segunda fase de um projeto de expansão em Los Pelambres que duplicará a capacidade de sua planta de dessalinização para 800 l/s (litros por segundo), incorporará um gasoduto concentrador e ampliará a barragem de rejeitos.

A fase 2 já avança com trabalhos preliminares, conforme revelou a empresa em comunicado recente, com o objetivo de prolongar a vida útil da maior mina da empresa de 2035 para 2051.

O projeto deste ativo na região de Coquimbo continuaria incorporando melhorias após avanços na infraestrutura complementar, o que permitiu a entrada de uma quarta linha concentradora.

A maior disponibilidade de água que facilitou a fase 1 contribuiu para que Los Pelambres registrasse um aumento anual de 19% na produção de cobre no terceiro trimestre, reportando 92 mil toneladas, e 7% nos primeiros nove meses, para 224 mil toneladas

A produção de cobre em Los Pelambres foi de 300 mil toneladas no ano passado. O ativo pertence 60% à Amsa e o restante a parceiros japoneses.

CENTINELA

Outro projeto importante é Nueva Centinela, que acrescentará um segundo concentrador à operação localizada na região de Antofagasta para adicionar 170 mil t/ano de cobre equivalente.

As obras começaram em abril “com mais de 5 mil trabalhadores e deverão ser concluídas em 2027”, afirmou a Amsa no comunicado.

Nos primeiros nove meses, a produção total de cobre em Centinela foi de 151 mil toneladas, uma redução anual de 13% atribuída a teores de minério mais baixos. No ano passado, esta operação, que pertence 70% à Amsa e 30% à Marubeni Corporation, reportou 242 mil toneladas de cobre.

ZALDÍVAR

Zaldívar, também localizada em Antofagasta, possui licenças de mineração e extração de água até maio de 2025 e a extensão das operações depende da aprovação de um estudo de impacto ambiental de um novo projeto pelo Serviço de Avaliação Ambiental (SEA).

A iniciativa de US$ 1,2 bilhão de dólares prolongar a vida útil de Zaldívar até 2051 e o foco principal é substituir o abastecimento de água continental do aquífero Monturaqui-Negrillar-Tilopozo por água do mar ou outra fonte sustentável.

Além disso, está prevista a adequação de regras operacionais em áreas como pilha de lixiviação e depósito de rejeitos. Se o estudo for rejeitado, Zaldívar iniciará um plano de encerramento a partir de maio próximo, indicou a empresa em relatório de agosto.

Em 2023, a produção de cobre atribuível à Amsa em Zaldívar, compartilhada 50:50 com a canadense Barrick Gold, atingiu 40,5 mil toneladas.

ANTUCOYA

Não foi anunciado nenhum projeto para esta mina da Amsa, também localizada na região de Antofagasta. A operação começou em 2017 e nos primeiros nove meses deste ano atingiu uma produção de 59,6 mil toneladas, um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

PROJEÇÃO

A Amsa estima atingir uma produção entre 660 mil e 700 mil toneladas de cobre em 2025, semelhante ao planejado para este ano. Um aspecto fundamental das suas iniciativas de expansão é substituir completamente o consumo de água continental por água do mar.

Em linha com a sua estratégia de sustentabilidade, a água dos oceanos representa atualmente 64% do seu abastecimento total de água. Antucoya e Centinela operam apenas com água do mar não dessalinizada, enquanto Los Pelambres possui sua própria usina de dessalinização.

A produção total de cobre da empresa nos primeiros nove meses atingiu 464 mil toneladas, 1,2% menos que no mesmo período do ano passado.