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Colômbia fica de fora das tarifas de Trump, mas por quanto tempo?

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Colômbia fica de fora das tarifas de Trump, mas por quanto tempo?

A Colômbia escapou do impacto do novo regime tarifário dos EUA, mas os impactos mais amplos da crescente guerra comercial de Washington ainda podem pesar sobre as exportações, a estabilidade da moeda e a confiança dos investidores, revelou um analista político à BNamericas.

As medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump na noite de quarta-feira (2) estabeleceram uma tarifa básica de 10% sobre todos os produtos que entram nos EUA a partir de 5 de abril. Tarifas recíprocas sobre países específicos – não incluindo a Colômbia – começarão em 9 de abril.

“A Colômbia, como a maior parte do resto da América Latina, foi poupada do pior da ira protecionista de Trump e enfrentará novas tarifas de 10% sobre a maioria de suas exportações”, comentou Theodore Kahn, diretor associado da Control Risks em Bogotá.  

Segundo o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (Dane), as exportações colombianas para os EUA totalizaram US$ 14,3 bilhões em 2024, lideradas por petróleo bruto, flores de corte, derivados de petróleo, café e metais preciosos.

Embora alguns desses itens não estejam sujeitos aos novos impostos, há preocupações mais amplas para a economia da Colômbia, de acordo com Kahn.

“Petróleo e gás, produtos petrolíferos refinados e ouro – todos entre as principais exportações da Colômbia – ficaram isentos [por ora] das novas medidas. Ainda assim, a grande escalada da guerra comercial mais ampla de Trump traz riscos indiretos significativos para a Colômbia”, afirmou.

“Os EUA são o maior mercado de exportação da Colômbia, com 28% do total, então uma possível recessão, queda no sentimento do consumidor ou ressurgimento da inflação afetariam suas exportações, mesmo que o país mantivesse condições de acesso ao mercado relativamente favoráveis”, complementou Kahn.

“Além disso, agora podemos ver taxas de juros ‘mais altas por ainda mais tempo’ por parte do Federal Reserve, o que criaria pressão descendente sobre o peso no médio prazo e pode afetar a trajetória da taxa de juros do próprio Banco Central [colombiano]. Em suma, as implicações para a Colômbia vão muito além da taxa tarifária de 10%.”

Anteriormente, o governo colombiano tentou minimizar o impacto da decisão de Trump, mantendo um tom diplomático. O presidente Gustavo Petro declarou que as tarifas criariam novas oportunidades para empresas colombianas e descartou quaisquer impostos recíprocos sobre importações dos EUA no curto prazo.

“A decisão de Trump de aplicar tarifas por área geográfica e não por tipo de produto nos permite melhorar nossa posição competitiva em escala latino-americana, e a Colômbia se beneficiará se sua comunidade empresarial nos ajudar a reduzir as tarifas de energia e se o Banco Central […] começar a reduzir as taxas de juros para reduzir os custos financeiros”, escreveu Petro nas redes sociais.

“Nós só faremos as importações dos EUA mais caras se elas tirarem nossos empregos. Porém, não aumentaremos as tarifas se seus produtos ajudarem a criar empregos de maior valor”, acrescentou.

O governo disse que avaliaria completamente as implicações do anúncio dos EUA nos próximos dias, incluindo qualquer impacto no acordo de livre comércio entre os países – em vigor desde 2012 – e nos acordos estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio.

Enquanto isso, a ministra das Relações Exteriores, Laura Sarabia, informou que planeja se reunir com grupos da indústria para “analisar o impacto real nos produtos”.

“Vemos isso como uma oportunidade para o nosso país, não só para […] diversificar mercados, mas também como uma oportunidade para os nossos produtos serem competitivos até mesmo no próprio mercado dos EUA, entendendo que a tarifa imposta à Colômbia é uma das mais baixas. Isto nos permite rever outros produtos que chegam aos EUA em melhores condições”, concluiu Sarabia.

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