Com investimento na operadora de fibra WOW, Liberty expande aposta no Peru
A Liberty Latin America está aumentando sua aposta no Peru – um mercado que antes não era essencial para suas operações –, com um investimento na provedora local de banda larga de fibra ótica WOW.
Em parceria com a empresa, a Liberty informou que vem implantando FTTH pelo menos desde 2021, com foco em províncias fora da capital Lima.
“Com 34 milhões de pessoas e 10 milhões de lares no total, o Peru apresenta uma grande oportunidade de mercado. É mais de seis vezes o tamanho do nosso maior mercado consolidado”, disse o CEO Balan Nair aos investidores em uma teleconferência de resultados.
A Liberty, que detém 50% da WOW, vê a banda larga fixa peruana como uma oportunidade de mercado no valor de US$ 3,5 bilhões. Fora de Lima, a concorrência é menor e as oportunidades de conectividade são maiores.
Segundo o executivo, a Liberty destinou aproximadamente US$ 100 milhões em capital para sua participação na WOW.
“Estamos muito animados com esse investimento e com as perspectivas futuras no Peru”, acrescentou Nair.
Com 19,8% do mercado, a WOW é a terceira maior operadora de banda larga no Peru, depois da Telefónica Movistar e da Win, mas é a única que aumenta constantemente sua participação de mercado.
Ela tem aproximadamente 3 milhões de lares passados com fibra. No primeiro semestre, o Grupo Win perdeu 2,8 pontos percentuais de sua participação de mercado, enquanto a WOW ganhou 3,6 pontos, aproximando-se da rival.
A Liberty não está sozinha em identificar no Peru uma oportunidade, pois está atraindo cada vez mais investidores para seu ainda pouco explorado segmento de fibra. Durante o terceiro trimestre, a Linzor Capital Partners, empresa de capital privado focada na América Latina, concluiu a aquisição previamente divulgada da Win. Essa foi a segunda aquisição da Linzor no setor após seu investimento na empresa de fibra chilena Mundo, que já havia sido adquirida pelo fundo norte-americano DigitalBridge em 2022.
CABOS SUBMARINOS
Além do Peru, a empresa também está otimista com a extensão de sua cobertura regional de cabos submarinos, após a adição de novos parceiros ao agora chamado projeto Manta. Este sistema pan-americano é um projeto conjunto com a Gold Data e a Sparkle, da Telecom Italia, e deve entrar em operação no segundo semestre de 2027.
A Liberty informou que prevê uma demanda por esse cabo devido à expansão e conectividade de datacenters de hiperescala em toda a região.
O terceiro trimestre da empresa também registrou a conclusão, em outubro, da aquisição da ClaroVTR pela América Móvil – a joint venture operada com o grupo mexicano no Chile –, além da conclusão, em setembro, de sua própria aquisição do espectro móvel Echostar e assinantes em Porto Rico e nas Ilhas Virgens Americanas.
Em termos de desempenho, a receita total da empresa caiu 3% em relação ao ano anterior, com base em termos reportados, para US$ 1,08 bilhão. Além disso, registrou queda de 1% de janeiro a setembro, fechando em US$ 3,3 bilhões.
O grupo encerrou o trimestre com 1,96 milhões de clientes únicos, além de 18.900 perdas líquidas no período. Os acessos móveis cresceram em 9.400 no trimestre, totalizando 7,98 milhões, enquanto os acessos de serviço fixo caíram em 11.300, para 3,98 milhões.
Os acessos são diferentes para clientes únicos, pois um cliente pode ter mais de um serviço contratado com a empresa.
A empresa relatou perdas atribuíveis aos acionistas de US$ 436 milhões no terceiro trimestre, ante um lucro líquido de US$ 60 milhões no mesmo período do ano passado.
“Voltando-nos para o quarto trimestre, planejamos entregar um forte desempenho impulsionado pelo crescimento B2B e mais progresso na recuperação de nossas operações em Porto Rico. Também pretendemos produzir nosso trimestre mais forte em geração de fluxo de caixa este ano”, explicou Nair no relatório financeiro.
GEOGRAFIAS
No terceiro trimestre, a única operação do grupo a crescer foi a Liberty Costa Rica, com 8% no interanual, enquanto a C&W Panama (–1%), a Liberty Networks (–2%) e a Liberty Puerto Rico (–12%) apresentaram declínios. A C&W Caribbean se manteve estável no período.
A Liberty revelou que o crescimento da receita móvel no Caribe foi compensado por quedas nas receitas fixas e B2B, devido aos impactos negativos do furacão Beryl no trimestre.
No Panamá, o desempenho foi afetado principalmente pela operação B2B, na qual as vendas caíram 13% devido à menor receita de projetos relacionados ao governo, alguns dos quais a empresa prevê que serão executados no trimestre atual.
Enquanto isso, a receita residencial fixa no Panamá aumentou 5%, impulsionada por implantações de FTTH que impulsionaram adições de banda larga. A Liberty alega que mais de 95% de sua rede no país agora é full-fiber ou hybrid fiber coaxial (conhecida como HFC).
A telefonia móvel no Panamá cresceu 9%, impulsionada em parte pela melhoria da ARPU (sigla em inglês para “receita média por usuário”) no pré-pago, bem como pelo aumento nas vendas de aparelhos, segundo a Liberty. Em outubro, a empresa iniciou as vendas comerciais do 5G no Panamá, sendo a primeira empresa local de telecomunicações a fazê-lo.
Além do Panamá, o grupo também tem 5G em operação em Porto Rico, Costa Rica e Ilhas Cayman.
Já a Liberty Networks, unidade de atacado focada em dados, foi afetada por menor receita de rede e por certos impactos financeiros. Ambos os efeitos foram parcialmente compensados por maior receita empresarial, devido principalmente ao “crescimento contínuo em serviços gerenciados e conectividade B2B”.
Quanto a Porto Rico e às Ilhas Virgens Americanas, o impacto dos créditos emitidos para clientes de serviços fixos após o furacão Ernesto, em agosto, continuou a desempenhar um papel.
Também houve uma redução nos assinantes de telefonia móvel em Porto Rico, impactada pela “interrupção relacionada à migração de clientes” para sua rede móvel, e menores vendas de equipamentos devido à base de clientes reduzida e maiores volumes relacionados ao lançamento do iPhone 15 em 2023, em comparação com o lançamento do iPhone 16 em 2024.
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