Construção da mina equatoriana Curipamba começará em 2025

Após receberem autorização em agosto, as empresas canadenses Silvercorp e Salazar Resources se preparam para iniciar os trabalhos preliminares que antecedem a construção da mina Curipamba, localizada no Equador.

“Os trabalhos preliminares serão realizados de novembro até o final do ano e a construção deve começar após o período de chuvas na região, no segundo trimestre. Esperamos iniciar a produção no final de 2026”, disse à BNamericas Freddy Salazar, gerente de desenvolvimento corporativo da Salazar Resources.

Os trabalhos preliminares incluem aterros, acampamentos temporários, obras de manutenção de estradas e duplicação de vias de acesso, entre outros.

Curipamba é um projeto de mineração de médio porte localizado na província de Bolívar, na região central do Equador. Será a terceira mina industrial do país, depois de Mirador e Fruta del Norte.

Atualmente, o capex gira em torno de US$ 250 milhões, mas mudanças não estão descartadas, segundo Salazar. 

Curipamba abriga principalmente cobre e ouro, mas também contém zinco, chumbo e prata.  

Em janeiro, as empresas operadoras obtiveram a licença ambiental para construção e operação do empreendimento.

A mina Curipamba está projetada como operação a céu aberto, com vida útil de 10 anos, e uma expansão de 5 anos como operação subterrânea.

De acordo com dados da empresa apresentados durante uma conferência organizada pela Câmara de Mineração do Equador, o projeto deverá deixar ao Estado cerca de US$ 380 milhões em impostos e royalties.

A Curipamba exigiu um total de 27 autorizações, incluindo um certificado de não afetação de água, que é um estudo técnico que demonstra as medidas a serem adotadas para protegê-la.

A licença ambiental estabelece mais de 50 pontos de monitoramento da qualidade das águas superficiais, mais de 100 medições de fluxo, mais de 20 pontos de monitoramento do controle de qualidade e quantidade de água subterrânea, mais de 50 monitoramentos da qualidade da água de descarga, entre outros.

A estação de tratamento reciclará 90% da água utilizada.

De acordo com dados das operadoras, as reservas minerais provadas e prováveis a céu aberto somam 6,5 milhões de toneladas, com teores de 1,93% de cobre, 2,52 g/t de ouro, 46 g/t de prata, 2,49% de zinco e 0,2% de chumbo.