
De olho na Futurecom: crescimento da V.tal, negócios da Winity do Pátria, expansão da fibra
A V.tal, rede de fibra neutra criada pela Oi, GlobeNet e que financia links para o BTG Pactual, possui 3.500 pontos de presença (PoP) conectados por fibra implantados em todo o Brasil.
Eduardo Silveira, o vice-presidente de estratégia da V.tal, diz que essa rede coloca a empresa em uma boa posição para explorar os segmentos de datacenter de borda e microedge. “Estamos preparados para quando essa demanda realmente chegar”, disse ele à BNamericas, na conferência Futurecom.
Os PoPs são infraestruturas de interconexão críticas semelhantes a gabinetes, uma interface e um ponto de acesso de um local para o resto da rede.
A V.tal possui atualmente mais de 50 contratos com ISPs para uso de sua rede de fibra. Cerca de 20 desses ISPs estão ativos na V.tal, ou seja, usam a rede para atender seus clientes finais. A empresa está expandindo sua rede a uma taxa de 500 mil domicílios passados com fibra por mês.
A V.tal também possui, por meio da GlobeNet, cerca de 300 contratos gerais de atacado com OTTs, empresas de nuvem e empresas de internet.
Segundo Silveira, 50% da receita da V.tal vem da Oi e dos negócios de ISP FTTH, e os outros 50% da GlobeNet e dos contratos de atacado em geral.
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A Winity Telecom, empresa brasileira de telecomunicações criada pelo grupo Pátria Investimentos, está conversando com 10 operadoras regionais e pequenas para o uso potencial de sua rede, disse o CEO da Winity Telecom, Sergio Bekeierman, em um painel do Futurecom.
No leilão de espectro de novembro passado, a Winity tornou-se uma nova operadora sem fio nacional depois de pagar 1,4 bilhão de reais (US$ 266 milhões), ou 806% acima do preço mínimo estabelecido, por um bloco de espectro nacional na faixa de 700 MHz.
Ela atua como uma empresa de telecomunicações atacadista, fornecendo infraestrutura e acesso a outras empresas de mesma natureza.
“Temos uma licença e somos uma operadora atacadista. Oferecemos capacidade e cobertura. Nosso objetivo é reduzir o TCO [custo total de propriedade] das empresas do setor”, afirmou no evento.
A Winity contratou a Amdocs para estruturar sua rede e desenhar seu modelo de negócios. A Winity tem um plano de investimento de R$ 3 bilhões, que prevê a implantação de 5 mil sites (antenas) nos próximos 5, 6 anos. Como parte de suas obrigações de leilão, a empresa também terá que conectar, com pelo menos 4G, estradas e pequenas aldeias.
Bekeirman também anunciou que a Winity está trabalhando com a empresa de satélites Hughes para o projeto de comunidade de internet desta última no Brasil.
Sob o acordo, a Hughes atenderá seus usuários finais por meio da infraestrutura ‘as a service’ da Winity e do espectro da empresa na banda de 700 Mhz. Dois pilotos estão sendo realizados em localidades do Maranhão e Piauí.
“Viemos para compartilhar ao máximo a infraestrutura. A Winity está agora em uma posição muito privilegiada como a primeira operadora de atacado [no Brasil] a construir infraestrutura e trazer eficiência aos investimentos de nossos clientes”, disse Bekeirman à BNamericas, no ano passado.
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No ritmo atual de expansão das redes fixas, conectar todas as localidades do Brasil com fibra ótica até os clientes finais levaria pelo menos 74 anos, segundo projeções da Ericsson compartilhadas por Marcos Scheffer, vice-presidente da empresa para a região Sul da América Latina, durante o evento.
Segundo Scheffer, o Brasil já possui uma das mais extensas redes de fibra ótica do mundo, mas há uma dificuldade natural e econômica que não permitem universalizar essa rede em todo o território.
A Ericsson defende uma abordagem que inclua outros modelos, como o FWA, ou acesso sem fio fixo, que é quando 5G ou 4G funcionam como last mile para redes fixas.
“Vemos no Brasil uma penetração de fibra já muito grande. Vemos o FWA complementando a fibra em locais onde os próprios provedores de serviços de internet não veem viabilidade” de expansão, disse o executivo em um painel do FWA.
De acordo com Scheffer, à medida que as operadoras evoluem suas redes para 5G ao longo do tempo, o espectro 4G permanecerá ocioso em determinados locais. Esse espectro poderia ser usado como FWA para algumas residências, abrindo uma nova fonte de receita para as telecomunicações.
“Hoje o custo de um equipamento 5G nas instalações do cliente é maior que o CPE para 4G, mas a operadora não precisa necessariamente ir para 5G. Ela pode usar FWA com sua rede 4G.”
O executivo disse, porém, que o custo de um CPE para 5G vai cair. A Ericsson está conversando com fabricantes de CPE que estão considerando trazer a produção para o Brasil, acrescentou.
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