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Destaque: 4 importantes projetos de backbone de fibra no Brasil

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Destaque: 4 importantes projetos de backbone de fibra no Brasil

Sob diferentes modelos, de PPPs a swaps de fibra licitações públicas internacionais, diversos estados brasileiros avançam na construção ou ampliação de backbones de fibra ótica.

Muitas vezes chamadas de infovias, ou infolanes, essas redes costumam fazer parte de projetos mais amplos para expandir a conectividade de baixa latência e alta velocidade e conectar prédios públicos, escolas, universidades, hospitais, praças, entre outros.

A BNamericas fornece uma visão geral de quatro desses projetos – três dos quais no Centro-Oeste do país.

MATO GROSSO

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) anunciou em 11 de julho um contrato de cooperação técnica com o estado para implantar backbone de fibra.

O projeto está sendo desenvolvido em parceria com o provedor local de internet G8, que foi recentemente adquirido pelo ISP Megatelecom. O G8 foi o player selecionado para operar dois trechos da malha.

Numa primeira etapa, a Infovia Mato Grosso ligará os municípios de Ribeirãozinho e Alto Garças, em um trecho de 180 quilômetros, e Ribeirãozinho e Barra do Garças, em um trecho de 116 quilômetros.

O primeiro trecho será uma construção conjunta entre RNP e G8, apurou a BNamericas. O segundo trecho, entre Ribeirãozinho e Barra do Garças, será implantado por meio de swap de fibra entre as empresas.

A BNamericas soube que a construção do backbone já começou e está prevista para durar 12 meses.

“Geralmente são rotas onde tanto a RNP quanto a provedora ainda não possuem infraestrutura, como é o caso desses dois trechos no interior do estado de Mato Grosso”, explicou à BNamericas Eduardo Grizendi, diretor de engenharia e operações da RNP.

“Nosso objetivo é sempre construir infraestrutura de forma compartilhada com a iniciativa privada. Compartilhando com a provedora, mantemos nossa parte de atender toda a comunidade acadêmica da região, enquanto a provedora continua levando o serviço a seus clientes”, acrescentou Grizendi.

MATO GROSSO DO SUL

No Mato Grosso do Sul, a chilena Sonda venceu no ano passado um contrato de parceria público-privada (PPP) para implantar uma rede de fibra de 7.000 km e fornecer serviços digitais.

Com valor de R$ 887 milhões em 30 anos, o contrato da chamada Infovia Digital é o maior da Sonda no Brasil e está entre os maiores do grupo na América Latina, afirmou o CEO da Sonda Brasil, Ricardo Scheffer, à BNamericas na ocasião.

Do valor total do contrato, R$ 306 milhões são para infraestrutura e R$ 581 milhões para operação e manutenção, segundo o estado.

A implantação deve ser concluída até julho de 2024. A rede conectará 79 municípios e servirá de base para serviços gratuitos de internet em alta velocidade, por exemplo, em praças públicas.

As obras na capital Campo Grande começaram em maio e avançam em média 8 km por dia, segundo as últimas atualizações do projeto do governo.

Sonda também comentou com a BNamericas que a empresa está mapeando PPPs de fibra em outros estados brasileiros.

GOIÁS

Em Goiás, terceiro estado do Centro-Oeste brasileiro, o programa Goiás de Fibra foi anunciado no final de junho como prioritário, ainda que em estágio inicial.

A meta é conectar os 246 municípios com fibra na forma de grandes anéis ópticos. A ideia é que, em uma primeira fase, cerca de 40% dos municípios estejam conectados. O investimento previsto para esta fase é de R$ 400 milhões, conforme anunciado pelo governo, todos vindos da iniciativa privada.

A expectativa é que pelo menos 2,3 mil pontos de conectividade sejam instalados em órgãos públicos do estado.

O projeto ainda está sendo criado. As próximas etapas incluem uma consulta pública, a publicação de um edital e o lançamento do processo licitatório, embora sem datas divulgadas.

Em 2012, o estado anunciou a integração de 31 agências em Goiânia com a MetroGyn, uma rede de fibra de 69 km coordenada pela Universidade Federal de Goiás, em cooperação com a RNP e interligando diversas instituições de ensino, pesquisa e outras.

PIAUÍ

O Piauí Conectado, principal projeto de backbone do estado, é considerado a primeira PPP de telecomunicações do país.

O projeto, cujo backbone total de fibra deve chegar a 11 mil km quando concluído, conectou 224 municípios e 3 milhões de pessoas, conforme a última atualização do governo.

A empresa japonesa de fibra e equipamentos ópticos Furukawa é a principal fornecedora.

Os estudos e modelagem da PPP tiveram início em 2015, e o processo licitatório foi lançado em outubro de 2017.

Em 2018, o processo foi concluído com a escolha da Global Task como parceiro privado sob uma concessão de 30 anos. Os investimentos na rede foram estimados em R$ 396 milhões.

Até dezembro, o Piauí Conectado tinha contratos assinados com 80 provedores para uso do backbone.


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