
Destaque: a equipe de transição de Lula para os setores de mineração e energia

Os nomes que irão compor a área de Minas e Energia da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foram revelados recentemente pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.
A lista é composta principalmente por pessoas com formação técnica e que apoiaram ou fizeram parte de governos anteriores do Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula. O que eles têm em comum é a visão compartilhada de que o Estado deve ter um papel importante nos setores de mineração e energia.
Eles incluem um ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), um ex-diretor geral da ANP, um geólogo, um líder sindical, um ativista e políticos.
Alguns deles devem ocupar cargos de alto escalão (inclusive ministros) no próximo governo, que começa em 1º de janeiro.
Aqui BNamericas fornece uma visão geral dos membros:
Anderson Adauto
Advogado de profissão, Adauto representou o estado de Minas Gerais na Câmara dos Deputados de 1987 a 2022, foi ministro dos Transportes entre 2003 e 2004 – durante o primeiro mandato presidencial de Lula –, além de ter prefeito de Uberaba, em Minas Gerais, de 2005 a 2012.
Em 2004, ele propôs a criação de uma comissão parlamentar para investigar os conflitos em terras indígenas, incluindo o massacre de 29 garimpeiros na reserva Roosevelt, relacionado à disputa pela exploração de diamantes.
No mesmo ano, a Adauto realizou a fiscalização fiscal da construção de três ramais do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), em Minas Gerais.
Deyvid Bacelar
Bacelar é o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que deseja que a petrolífera nacional Petrobras volte a desempenhar um papel de destaque no refino para garantir a autossuficiência na produção de derivados – um passo fundamental para a implementação de uma nova política de preços de combustíveis que substitua a atual mecanismo de paridade de importação (PPI).
A FUP propõe o reinício das obras do Comperj (atual Gaslub), a conclusão do segundo trem de refino da refinaria Abreu e Lima (Rnest), a ampliação do parque de refino existente da Petrobras e a devolução das unidades privatizadas ao controle do Estado.
A FUP e seus sindicatos também defendem a retomada da participação da Petrobras no setor de fertilizantes nitrogenados, com a reabertura da unidade de fertilizantes de Araucária, no Paraná, a conclusão da fábrica de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, além da devolução das plantas na Bahia e Sergipe arrendadas ao grupo Unigel.
A FUP também quer ver a Petrobras voltando à distribuição de derivados de petróleo no Brasil, recuperando a BR Distribuidora, que afirma ter sido “cedida arbitrariamente” à Vibra Energia quando privatizada.
Investimentos em energia renovável também fazem parte da proposta da FUP para a Petrobras, de forma a garantir um papel importante na transição energética, incluindo a expansão da produção de energia eólica e de biocombustíveis.
“Nesses últimos seis anos, a história contada foi de muita luta. Nunca a nossa estatal e os setores energéticos do nosso país foram tão agredidos. A intenção era clara: depenar o Brasil”, disse Bacelar nas redes sociais “Vencemos a eleição e com isso começa a reconstrução do Brasil, e eu, como um dos representantes da categoria tenho muita felicidade de fazer parte desse processo”.
Fernando Ferro
Engenheiro, Ferro foi deputado pelo PT de 1999 a 2011 e se apresenta como “defensor da soberania energética do Brasil”.
Em 2003, foi relator do projeto de lei que retirou a Eletrobras do Programa Nacional de Desestatização (PND).
Giles Azevedo
Geólogo de profissão, Azevedo foi secretário de Minas e Metalurgia de 2003 a 2005, quando a ex-presidente Dilma Rousseff presidiu o Ministério de Minas e Energia (MME).
Guto Quintella
Quintela é agrônomo e membro do conselho do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, uma organização sem fins lucrativos que promove negócios sustentáveis com foco em silvicultura, biodiversidade, serviços ambientais e uso sustentável da terra na Amazônia.
Ikaro Chaves
Chaves é engenheiro da Eletronorte e presidente da Associação dos Engenheiros da Eletrobras (Aesel). Ele afirma que “apenas o setor elétrico estatal e cooperativo é capaz de cumprir a missão de equilibrar o interesse de todos os agentes e ambientes do setor elétrico.”
Jean Paul Prates
Senador pelo PT no Rio Grande do Norte, Prattes é autor de um projeto de lei que visa regulamentar a geração de energia eólica offshore no Brasil.
Prattes é visto como um potencial candidato ao cargo máximo na Petrobras, a qual deve, segundo ele, diversificar seu portfólio de negócios para incluir mais projetos de energia renovável.
Magda Chambriard
Chambriard é uma engenheira que foi diretora-geral da ANP de 2012 a 2016, durante o governo Dilma.
No comando da agência reguladora, ela entrou em conflito com as maiores empresas de petróleo e gás por conta de multas por descumprimento de requisitos obrigatórios de conteúdo local em contratos de E&P.
Em 2016, após o impeachment de Dilma e a renúncia de Chambriard, as exigências foram reduzidas.
Ela atualmente trabalha como consultora de energia na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Maurício Tolmasquim
Engenheiro, Tolmasquim foi vice-ministro e ministro interino do MME no primeiro governo Lula, além de presidente da EPE de 2005 a 2016.
Em 2004, esteve à frente do grupo de trabalho técnico responsável pela reforma institucional do setor elétrico, direcionando o foco para os contratos de longo prazo nas licitações.
Tolmasquim é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Nelson Hübner
Também engenheiro, Hübner foi chefe de gabinete de Dilma Rousseff no MME (2003-2005), secretário-executivo do ministério (2005-2007), ministro interino de Minas e Energia (maio de 2007 a janeiro de 2008) e diretor-geral da Aneel da 2009 a 2013.
Robson Sebastião Formica
Formica é historiador e especialista em energia. Integra o Movimento dos Atingidos por Barragens.
Sua nomeação é vista como simbólica, considerando os desastres mortais nas minas de Mariana e Brumadinho, ocorridos em 2015 e 2019, respectivamente.
William Nozaki
Doutor em desenvolvimento econômico, Nozaki é coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep).
O Ineep foi criado pela FUP em 2018 com o objetivo de fomentar a pesquisa acadêmica e prestar assessoria em questões relacionadas ao setor.
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