Destaque: a situação do mercado brasileiro de telecomunicações

O Brasil encerrou julho com 346 milhões de acessos de telecomunicações, incluindo banda larga, telefonia fixa, linhas móveis e TV paga – 700 mil a mais que em junho e um ganho de cerca de 12 milhões em relação ao final de julho de 2021.

Destes, 260,2 milhões foram em telefonia móvel, 42,8 milhões em banda larga fixa, 27,9 milhões em telefones fixos e 14,9 milhões em TV por assinatura, segundo as últimas informações da Anatel.

Todos os serviços, exceto TV paga, cresceram em relação a junho.

O país também encerrou julho com 3,4 milhões de conexões 5G DSS (não autônomas). Esta tecnologia, no entanto, não é exatamente o 5G “puro”, sendo assim considerado apenas o formato autônomo e operando na faixa de 3,5 GHz.

Os serviços 5G puros começaram a ser implementados no início de julho e a Anatel ainda não coletou esses dados de conexão das telcos.

A BNamericas analisa de perto os números do setor de telecomunicações.

BANDA LARGA FIXA

O total de acessos de banda larga fixa cresceu cerca de 100 mil, para 42,7 milhões em julho em relação a junho, com 2,7 milhões ano-a-ano.

Apesar da desaceleração nas adições líquidas nos últimos meses, a banda larga fixa continua avançando, impulsionada principalmente pelas ativações de fiber-to-the-home (FTTH) das provedoras de serviços de internet.

A fibra já representa 67%, ou 28,7 milhões, de todas as conexões de banda larga fixa do país, tendo crescido 5,5 milhões de acessos em um ano. O restante são conexões de cabo coaxial (21,1%), cabo metálico (7,3%), conexões de rádio (3,9%) e satélite (0,7%).

Pequenos ISPs e provedoras locais lideraram o mercado, com uma participação de mercado combinada de 37,9% em banda larga fixa geral e 45,6% em conexões de banda larga de fibra.

Este grupo exclui ISPs e telcos com market share superior a 1%, que são Brisanet, Algar, TIM, Desktop, Vero, Unifique, AmericaNet e Sumicity.

A Claro continua sendo a operadora única líder, com 22,8% de todas as conexões de banda larga fixa, ante 23,2% em junho, seguida por Telefônica Brasil (14,9%, ante 15,1%) e Oi (11,9%, ante 12,1%).

TELEFONE CELULAR

O Brasil também atingiu 260,2 milhões de linhas móveis em serviço em 31 de julho, ante 259,4 milhões em 30 de junho. Isto também representa 13,4 milhões a mais do que no final de julho de 2021.

A Vivo (Telefônica Brasil), líder de mercado, detinha 38,2% do total de linhas móveis no país, ante 38,3% em junho. Os números indicam que a empresa está perto de bater a marca de 100 milhões de acessos móveis no Brasil.

A telco está à frente da Claro (33,0%, antes 33,1%), TIM (26,5%, estável), Algar (1,6%, estável) e outras (0,6%, antes 0,5%).

As linhas pós-pagas representaram 53,8% do total, ante 53,6% em junho, e as pré-pagas 46,2%.

Além disso, 79%, ou 205,6 milhões, das linhas móveis são atendidas com 4G. Os acessos 3G representaram 10,2%, 2G 9,4% e 5G DSS 1,3%.

Os acessos 5G DSS cresceram cerca de 500 mil no mês, acelerando o ritmo em relação a junho. A Claro liderou esse segmento, com 44,9% de fatia de mercado no final de julho, seguida por Telefônica (36,4%) e TIM (18,8%).

TV PAGA E TELEFONIA FIXA

As assinaturas de TV paga caíram novamente em julho, para 14,8 milhões ante 15,1 milhões no final de junho. Desde julho de 2021, o serviço perdeu mais de 1,5 milhão de acessos.

O segmento é liderado pela Claro, com 43,2% de todas as assinaturas (abaixo dos 43,3% no final de junho). Em seguida vêm Sky (28%, antes  27,7%), Oi (19,2%, antes 19,5%), Telefônica (6,8% antes 6,9%) e outros (2,8%, antes 2,7%).

A Oi acaba de ser autorizada a vender seu negócio de DTH para a Sky, embora a conclusão do negócio e a transferência de clientes ainda não tenha ocorrido.

O DTH representou 57,5% do total de acessos de TV paga no final de julho, ligeiramente acima do mês anterior e à frente do cabo coaxial (33,6%) e fibra (8,9%).

Por fim, os contratos de telefonia fixa totalizaram 27,9 milhões em 31 de julho, superando os 27,8 milhões no final de junho, mas abaixo dos 29,8 milhões em 31 de julho de 2021.

Considerando todos os tipos de contratos, a Claro também liderou esse segmento, com 30,1% de fatia de mercado, ante 30,7% em junho, seguida por Oi (29,1%, ante 29,7%), Telefônica (25,3%, ante 26,1%), Algar Telecom (4,8%, estável), TIM (2,7%, ante 2,8%) e outros (4,6%, ante 3,5%).