Destaque: contratos de lítio da China na Argentina e no Chile
As reservas de lítio da América Latina são particularmente interessantes para Pequim, já que o metal é fundamental para a transição energética global e a China tem um mercado crescente de veículos elétricos.
O mercado global de baterias de íons deve crescer de US$ 44,5 bilhões em 2021 para US$ 193 bilhões em 2028. A China domina a produção e controla cerca de 80% da cadeia de suprimentos global de lítio, de acordo com a Fortune Business Insights.
Ganfeng Lithium, Tianqi Lithium e Zijin Mining já são grandes players na Argentina e no Chile.
Argentina
A Ganfeng Lithium detém uma participação de 51% na Minera Exar, uma joint venture com a canadense Lithium Americas, cujo principal ativo é o projeto Cauchari-Olaroz, de US$ 741 milhões, na província de Jujuy. Uma planta com capacidade para produzir 40.000 t/ano de carbonato de lítio para baterias começará a operar até o final de 2022.
A empresa também possui o projeto de salmoura de lítio e potássio Mariana, na província de Salta, onde investirá cerca de US$ 600 milhões em uma usina de cloreto de lítio com capacidade para 20.000 t/ano.
A Argentina aderiu recentemente à Iniciativa Belt and Road, reforçando sua abertura a investimentos e dando à China um papel importante na produção nacional de tecnologias de energia renovável.
No ano passado, a Ganfeng Lithium assinou um memorando de entendimento com a província de Jujuy para outra fábrica de baterias de lítio.
Além disso, a empresa planeja comprar o grupo argentino Lithea por US$ 962 milhões, adquirindo os direitos de produção de carbonato de lítio a partir das salmouras de Pozuelos-Pastos Grandes.
Na província de Salta, a Ganfeng Lithium vai construir uma planta de US$ 600 milhões no Salar de Lullailaco e instalar uma unidade de carbonato de lítio no parque industrial de Güemes, com produção prevista de 20.000 t/ano. O projeto também inclui uma usina fotovoltaica de 150 MW para alimentar as duas instalações.
No início deste ano, a Zijin Mining adquiriu a canadense Neo Lithium para operar o projeto Tres Quebradas. Em março, a Zijin anunciou um novo investimento de US$ 380 milhões para iniciar a construção de uma refinaria de lítio, com expectativa de produzir 20.000 t/ano a partir do final de 2023, segundo um comunicado.
Chile
A Tianqi Lithium, principal fornecedora de componentes de baterias para veículos elétricos, detém 24% da mineradora de lítio local SQM, o que permite a participação nas operações do Salar do Atacama.
De acordo com a SQM, a demanda total de lítio no ano passado ultrapassou 500.000 t, um aumento de 55% em relação a 2020. As vendas da SQM cresceram 144%, impulsionadas pelo crescimento do mercado de veículos elétricos liderado pela China. Cerca de 45% das vendas da SQM em 2021 foram para a Ásia.
A SQM espera produzir 210.000 t/ano de carbonato de lítio e 40.000 t/ano de hidróxido de lítio a partir de 2023.
O papel da China na indústria de lítio do Chile e da Argentina tem aspectos positivos, pois ajuda a preparar a América Latina para o esperado “boom” do lítio. No mundo, a participação de refino de lítio da China é de cerca de 60%.
Porém, a China também controla cerca de 76% da fabricação global de baterias de íons de lítio, e investimentos futuros devem consolidar ainda mais o domínio do país nos mercados de lítio.
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