Destaque: os novos contratos da Oracle Cloud na América Latina

A Oracle, empresa de nuvem pública com mais regiões de nuvem na América Latina, está aproveitando a onda de dados, inteligência artificial (IA) e demanda para garantir contratos importantes.

No último trimestre fiscal da empresa, encerrado em novembro, a lista de clientes da Oracle Cloud Infrastructure (OCI) ganhou o grupo regional de companhias aéreas Abra, uma associação sediada no Reino Unido que reúne a colombiana Avianca e a brasileira Gol.

Outra conquista da infraestrutura de nuvem foi a siderúrgica brasileira Gerdau. Em 2019, a Oracle e a Gerdau iniciaram uma parceria para o programa Oracle Next Education (ONE), que oferece treinamento na área de tecnologia a jovens.

A rede varejista brasileira de moda e lojas de departamento Renner foi outra adição. A Renner queria substituir ambientes on-premise e escolheu a Oracle Cloud. A companhia está migrando aplicativos back-end críticos que dão suporte à sua cadeia de suprimentos para o banco de dados da OCI.

A Biofy Technologies, também sediada no Brasil, contratou a OCI para acelerar o sequenciamento genético de bactérias com IA. A empresa combina biotecnologia e inteligência artificial para analisar dados genéticos e oferecer soluções personalizadas.

Com a OCI, a Biofy teria reduzido o tempo de diagnóstico de resistência a antibióticos de cinco dias para menos de quatro horas.

Outros novos contratos recentes de nuvem na América Latina incluem a empresa colombiana de contact center Asertis BPS, a varejista brasileira Americanas, a gigante do papel Klabin, a empresa de tecnologia uruguaia GoDoWorks, a seguradora chilena Sura, a Telefónica Argentina e o grupo imobiliário mexicano GFA.

DESEMPENHO

Os segmentos de nuvem e infraestrutura de nuvem foram os destaques do segundo trimestre fiscal de 2025 da Oracle.

Enquanto a receita total foi de US$ 14,1 bilhões, um aumento de 9% em relação ao ano anterior, a receita da nuvem cresceu 24%, para US$ 5,9 bilhões, com a infraestrutura de nuvem (ou IaaS) aumentando 52%, para US$ 2,4 bilhões.

Nas Américas, as receitas da Oracle atingiram a marca de US$ 8,9 bilhões. A empresa não divulga o resultado detalhado da América Latina.

No final de novembro, a Oracle disponibilizou na América do Sul sua plataforma Oracle Database@Azure, a integração de seus serviços de banco de dados com a nuvem da Microsoft, a partir da região de nuvem do Brasil.

A plataforma é executada na infraestrutura de nuvem da Oracle, localizada em datacenters do Azure.

O serviço agora está disponível nas regiões de nuvem da Austrália, Brasil, Canadá, Leste dos EUA, Oeste dos EUA, França, Alemanha, Itália e Reino Unido.

“Esperamos que as receitas de banco de dados em nuvem sejam, coletivamente, a terceira peça do crescimento da receita, ao lado da OCI e da equipe estratégica”, disse a CEO Safra Catz em uma apresentação a investidores.

A Microsoft foi a primeira entre os principais provedores de nuvem com quem a Oracle firmou uma parceria do gênero. Em 2024, a empresa fechou acordos semelhantes com o Google Cloud e a AWS.

A Oracle está ativa em 17 regiões de nuvem com bancos de dados para serviços de nuvem e tem outras 35 planejadas com Azure, Google e AWS.

“Estamos no início do multi-cloud”, destacou o presidente e CTO Larry Ellison aos investidores.

“Será um negócio multibilionário, uma combinação de AWS, Google e Azure, além de todas as regiões dedicadas de Cloud@Customer. Teremos centenas dessas regiões”, completou Ellison.