Destaque: os principais datacenters em desenvolvimento na América Latina
O inventário total de datacenters na América Latina atingiu 757 MW em capacidade operacional crítica no ano passado, um aumento de 16%, de acordo com o relatório da consultoria imobiliária CBRE.
Apesar do crescimento, essa carga ainda representa apenas uma fração da capacidade global dos datacenters.
No entanto, há muitos novos projetos em andamento na região que devem elevar a capacidade de energia instalada para mais de 1GW.
Somente no Brasil, estima-se que a capacidade ultrapasse mais de 900 MW entre os projetos em construção e os planejados, de acordo com uma avaliação da empresa de gestão imobiliária e de investimentos JLL.
A BNamericas apresenta uma visão geral de alguns dos maiores projetos em desenvolvimento na região.
MÉXICO
A CloudHQ está desenvolvendo o campus Querétaro QRO de 70 bilhões de pesos (US$ 3,9 bilhões), em Colón. Com 288 MW de capacidade projetada, é o maior complexo desse tipo em andamento no México e está previsto para 2026.
O complexo Colón foi projetado para ter seis edifícios de datacenter, cada um com capacidade de energia de até 48 MW em carga de TI.
Também no estado de Querétaro, em El Marqués, a 221 km da Cidade do México, o QR03 da Odata está prestes a se tornar o maior datacenter do país, com capacidade total de 150MW. A fase inicial está prevista para o primeiro trimestre do próximo ano.
A Layer 9 Data Centers está trabalhando em um campus de datacenter de 96 MW, denominado Projeto Falcon, na região de Bajío, no centro do México, que abrange os estados de Guanajuato e Querétaro.
O campus é composto por três edifícios, cada um com capacidade de 32 MW.
Em outubro de 2022, a Layer 9 anunciou que havia iniciado a primeira fase, mas o projeto foi adiado.
BRASIL
A Equinix afirma que seu terceiro datacenter no Rio de Janeiro, RJ3, representa o maior investimento do setor no estado.
Com um orçamento inicial de US$ 94 milhões e localizado no município de São João de Meriti, o RJ3 estava previsto para iniciar as operações no primeiro trimestre de 2025, mas agora está programado para entrar em operação no primeiro semestre.
O RJ3 terá 560 racks e 1.467 m² de espaço de colocation em sua primeira fase. A Equinix não divulgou a capacidade projetada da instalação.
Apesar da afirmação da Equinix sobre o maior investimento, a CloudHQ está desenvolvendo o campus GIG de R$ 1,7 bilhão (US$ 302 milhões) com 36 MW de capacidade projetada, também em São João do Meriti, e planejado para entrar em operação em setembro de 2025.
Em São Paulo, a Scala Data Centers está planejando um cluster de datacenter de 100 MW em seu complexo Tamboré, no município de Barueri, para 2025.
A Scala planeja implementar 180 MW em projetos em produção (pré-construção) e em construção este ano. A empresa, controlada pela DigitalBridge, fechou 60 MW em novas contratações no ano passado, encerrando 2023 com 160 MW de capacidade total contratada.
Também no estado de São Paulo, a CloudHQ está desenvolvendo um campus (GRU) no município de Paulínia com capacidade projetada de 288 MW em TI. O projeto tem o mesmo tamanho, configuração e conceito de seis edifícios do campus de Querétaro do grupo. Ambos os campi estão sendo desenvolvidos praticamente em paralelo.
A unidade de Paulínia está prevista para iniciar as operações em fevereiro do próximo ano.
CHILE
O campus Lampa da Scala, com capacidade de TI de 80 MW, em desenvolvimento na região metropolitana de Santiago, é o maior projeto desse tipo no Chile.
O campus abrigará edifícios individuais, com uma entrega inicial de 30MW prevista para 2024.
Com 34 mil m² e mais de 40 MW de capacidade projetada ao final de todas as fases de expansão, o datacenter de locatário único ST02 da Odata, localizado no distrito de San Bernardo, na região metropolitana, aparece, no entanto, como o maior edifício de dados do país.
Após o início das operações, 10,6 MW já estão alocados para um cliente de hiperescala.
“Este é um dos maiores edifícios que já construímos. Obviamente, é feito em fase, como qualquer outro projeto deste tipo. 40,6 MW em um único edifício representam um dos maiores projetos desse tipo no Chile e, certamente, na América Latina”, disse o CEO da Odata, Ricardo Alário, à BNamericas no ano passado.
A Cirion está desenvolvendo a unidade SAN2 com capacidade projetada de 20 MW.
SAN2 deve começar a operar no início de 2025. Ele sendo desenvolvido em uma área de 23 mil m² no distrito industrial de Quilicura, em Santiago, a 2,5 km do site atual da Cirion e com conexão direta entre eles.
PERU
A Cirion também está desenvolvendo um datacenter de 20 MW no distrito industrial Macropolis, em Lurín, província de Lima. Este é um dos maiores projetos desse tipo no Peru.
A empresa espera que a primeira fase, destinada a hiperscaladores e empresas, entre em operação no primeiro trimestre de 2025. A unidade está sendo construída em uma área de 12 mil m².
Também em Lurín, o grupo chileno GTD está quase concluindo a construção de um datacenter de 6 mil m² e 20 MW. O projeto estava previsto para ser ativado no próximo mês, de acordo com a empresa. A instalação de US$ 50 milhões é o segundo datacenter da empresa no Peru.
Lurín é uma localização estratégica, pois é a principal estação de aterrissagem de cabos submarinos do país, utilizada pela South-American Crossing, Fibra Óptica al Pacífico, South-American 1 e South Pacific Cable System, também conhecido como Mistral.
COLÔMBIA
A Ascenty está desenvolvendo um campus de 18.500 m² em Bogotá, com 2.600 racks e 20 MW de capacidade projetada, distribuídos em dois edifícios.
O segundo datacenter da Odata na Colômbia, BG02, continua em desenvolvimento e sua construção ainda não foi iniciada.
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