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Destaque: os US$ 28 bi em projeções de capex de telecom no Chile

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Destaque: os US$ 28 bi em projeções de capex de telecom no Chile

O Chile exigirá US$ 27,8 bilhões em investimentos em infraestrutura de telecomunicações até 2031 para apoiar a expansão da banda larga móvel e fixa, bem como das redes de fibra, conforme projetado pela Câmara Chilena de Construção (CChC) em seu novo relatório de desenvolvimento sustentável.

Esta previsão, que atualiza estimativas anteriores, é a primeira divulgada pela Câmara desde que o novo governo assumiu em 11 de março. Um relatório anterior, divulgado em 2018, mencionava necessidades de investimento de US$ 24,8 bilhões entre 2018 e 2027.

De acordo com a CChC, serão necessários gastos extras diante do desenvolvimento do ecossistema 5G e das demandas em torno de backhaul e backbone de fibra.

Do investimento total projetado, serão necessários US$ 8,46 bilhões para banda larga fixa, US$ 18,7 bilhões para banda larga móvel e US$ 645 milhões para fibra.

Somente o 5G exigirá US$ 6 bilhões, estima a CChC.

Além disso, cerca de 16% de todas as necessidades de investimento em telecomunicações no período viriam de fontes privadas ou empresas estatais autônomas, como a Entel, segundo o relatório.

A CChC escreveu que “as redes de telecomunicações nos próximos 10 anos deverão ser capazes de absorver uma enorme quantidade de tráfego de dados”, em comparação com os padrões de dados atuais, o que “sem dúvida representa um grande desafio industrial”.

Para que tal desafio seja enfrentado, a entidade recomenda:

• flexibilização das restrições associadas à implantação de infraestrutura móvel devido a requisitos regulatórios, ambientais e aspectos relacionados;

• renovação (substituição) de dispositivos de usuário final para permitir um melhor uso das novas tecnologias;

• revisão do modelo de competição de rede para permitir sistemas de compartilhamento de infraestrutura “eficazes” entre os concorrentes; e

• acomodar o aumento do tráfego como resultado de bloqueios de saúde ou eventos catastróficos resultantes da instabilidade social.

No entanto, a CChC alertou para as “dificuldades de investimento e operacionais” que poderão ser criadas por determinada intervenção regulatória nas redes fixas, nomeadamente operações de última milha, ou seja, distribuição e fibra até casa.

Citando dados do Banco Central do Chile e da reguladora Subtel, a Câmara disse que os investimentos em telecomunicações de 2010 a 2020 totalizaram quase US$ 16 bilhões – cerca de 57% das necessidades projetadas para os próximos nove anos.

Fonte: CChC

A CChC também afirmou que os investimentos atingiram US$ 64 por habitante em 2020, bem abaixo dos níveis da OCDE para 2018, de US$ 150 por habitante, em média.

Do total de US$ 1,25 bilhão investido em 2020, 36% foram para redes fixas, ante 56% em 2010.

“É possível notar que existe uma relação que vem aumentando gradativamente, a favor dos investimentos nas redes móveis, em detrimento dos investimentos nas redes fixas”, informou a CChC.

Fonte: CChC

A Câmara disse que os novos players que surgiram mais recentemente, como a WOM, estimularam a concorrência e impulsionaram os investimentos do setor como um todo, inclusive no lado fixo.

“No período de 2015 a 2019, ocorreu em nosso país um fenômeno de concorrência muito agressivo no setor de telecomunicações móveis, devido à entrada da operadora WOM no mercado, conseguindo aumentar o número de seus assinantes em mais de 2 milhões em menos mais de 24 meses […] por meio de uma estratégia de preços baixos, publicidade agressiva e uso intensivo de mecanismos de portabilidade numérica.”

A WOM está agora estimulando níveis semelhantes de competição em operações fixas por causa dos investimentos em fibra da operadora, explicou a CChC.

Em última análise, e aliado aos gastos com melhorias de rede por outras operadoras, os investimentos em banda larga fixa no total do setor podem crescer ou permanecer em torno de 40% nos próximos anos, projeta a Câmara.

Mais detalhes contidos no relatório podem ser acessados aqui, em espanhol.

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