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Diante das mudanças climáticas, Eletrobras investe em modernização de ativos e inovação

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Diante das mudanças climáticas, Eletrobras investe em modernização de ativos e inovação

A Eletrobras está investindo na modernização de ativos de geração e transmissão, visando garantir a continuidade das operações em meio a condições climáticas extremas.

A gigante da energia elétrica deve investir quase R$ 5 bilhões (US$ 880 mi) este ano na modernização de usinas, linhas e subestações.

“A Eletrobras tem investido em tecnologias que permitem melhor desempenho, confiabilidade e rendimento aos equipamentos e sistemas. Almejamos manter nossa liderança em geração e transmissão de energia elétrica, e estamos fazendo tudo isso com o equilíbrio entre segurança de sistema e alocação de capital eficiente”, disse à BNamericas o vice-presidente de engenharia de expansão da empresa, Robson Pinheiro Rodrigues de Campos.

O investimento previsto para geração neste ano é de R$ 1,42 bilhão, com foco nas hidrelétricas de Tucuruí, no Pará; Porto Colômbia, na divisa entre Minas Gerais e São Paulo; no complexo hidrelétrico de Paulo Afonso (usinas I, II, III e IV e Apolônio Sales), na Bahia; e nas usinas de Sobradinho (Bahia), Xingó (Alagoas/Sergipe) e Luiz Gonzaga (Pernambuco).

A Eletrobras possui 98 usinas, sendo 47 hidrelétricas, sete térmicas, 43 eólicas e uma solar.

A capacidade instalada total da empresa atingiu 44.279 MW no segundo trimestre de 2024, ou 22% do total do Brasil.

No trimestre, o investimento em geração totalizou R$ 731 milhões, dos quais R$ 430 milhões foram para a implantação do parque eólico Coxilha Negra, no Rio Grande do Sul. Com capacidade de 302 MW, é o maior investimento em geração em andamento da Eletrobras, totalizando R$ 2 bilhões.

A empresa investiu R$ 301 milhões em manutenção de ativos de geração no segundo trimestre, com destaque para melhorias nas hidrelétricas Paulo Afonso IV, Sobradinho, Tucuruí, Batalha, Manso, Marimbondo e Corumbá, além da termelétrica Mauá 3.

Além disso, em 2024, a Eletrobras está investindo R$ 3,4 bilhões na modernização de sua infraestrutura de transmissão.

As empresas da holding somam 11.130 projetos de pequeno porte em implantação ou a serem implantados, sendo 10.491 de melhorias e 639 de reforços.

Além disso, estão sendo implantados 246 projetos de transmissão de grande porte (reforços, melhorias e compromissos de leilão), com receita anual permitida (RAP) adicional associada de R$ 1,2 bilhão entre 2024 e 2028, o que adicionará cerca de 390 km de linhas de transmissão e 4.549 MVA em subestações.

A Eletrobras também investirá R$ 5,6 bilhões nos próximos anos nas obras dos quatro lotes alocados em leilão de transmissão realizado pelo governo federal este ano.

A empresa é responsável por cerca de 37% das linhas de transmissão do Brasil com tensão de pelo menos 230 kV.

INOVAÇÃO

A Eletrobras também investe na digitalização de suas usinas e linhas de transmissão usando a metodologia BIM (building information modeling, ou “modelagem da informação da construção”).

Na geração, a BIM foi desenvolvida inicialmente para a UHE Sobradinho, com escaneamento e modelagem 3D das instalações, e depois foi aplicada no projeto básico e contrato de modernização da UHE Paulo Afonso IV, também com escaneamento e modelagem 3D. Pioneiros globais, os projetos estão inseridos em um programa da Eletrobras que também envolve a digitalização de cerca de 300 subestações.

A BIM permite que os projetos sejam elaborados de forma tridimensional, com integração em tempo real entre as diferentes disciplinas da engenharia, trabalhando simultaneamente nos projetos e reduzindo prazos nas fases de planejamento e execução. Além disso, o software de BIM possui mecanismos de identificação de interferências e erros de projeto, reduzindo o número de problemas durante a fase de construção.

Após a fase de implementação, a BIM continua gerando ganhos potenciais nos processos de manutenção e operação de ativos, vinculando um modelo tridimensional interativo aos sistemas de monitoramento de ativos da empresa em tempo real, com um gêmeo digital.

Para Luciana Martins, diretora de engenharia de transmissão da Eletrobras, este é um grande avanço na redução de horas investidas em projetos.

“As melhorias ocorrem na instalação, manutenção e procedimentos regulatórios. Os desafios são grandes por causa do volume de instalações e ativos da companhia, mas conseguimos ganhar na qualidade da informação e na celeridade”, afirmou Martins à BNamericas.

FENÔMENOS CLIMÁTICOS EXTREMOS

Diante do crescente impacto das mudanças climáticas, a Eletrobras criou um centro integrado de monitoramento e inteligência meteorológica, denominado Atmos. Ainda em fase de implementação, a iniciativa envolve uma série de inovações que visam garantir a continuidade e a eficiência das operações da empresa em condições ambientais cada vez mais adversas.

“Nosso centro de mudanças climáticas ainda está em fase de implantação, mas em uso para atuação preventiva contra chuvas, ondas de calor, ventos excessivos e queimadas. Nossa prioridade é a segurança dos ativos, do meio ambiente e das pessoas”, declarou à BNamericas Antônio Varejão de Godoy, vice-presidente de operações e segurança da Eletrobras.

Para Juliano Dantas, vice-presidente de inovação, P&D, digital e TI, o Atmos faz parte das inovações da Eletrobras que visam tornar a empresa referência em tecnologias para a transição energética e mudanças climáticas. “Nesse caso, com uso de dados de diversas origens e modelos cada vez mais robustos, tanto fenomenológicos quanto com uso de IA”, disse.

O Atmos fornece monitoramento, análise e previsão do tempo em tempo real, além de relatórios e alertas.

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