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Equador decreta estado de emergência por conta de incêndios e violência

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Equador decreta estado de emergência por conta de incêndios e violência

O presidente Daniel Noboa declarou um novo estado de emergência no Equador para conter a escalada da violência, à medida que o processo para as eleições gerais de fevereiro começa a ganhar força e os incêndios florestais assolam o país.

O estado de emergência, que ficará em vigor por 60 dias, foi declarado nas províncias litorâneas de Guayas, Manabí, El Oro e Santa Elena, além de Los Ríos e da província amazônica de Orellana. A esses locais se somam o distrito metropolitano de Quito e o cantão Camilo Ponce Enríquez, uma pequena área mineradora na província de Azuay onde grupos criminosos atuam intensamente.

Com exceção de Quito, nas demais áreas será aplicado um toque de recolher diário entre 22h e 5h.

Segundo especialistas, o estado de emergência busca controlar o avanço da criminalidade e possíveis surtos de violência, além de fortalecer a imagem de Noboa.

O decreto afirma que grupos criminosos “atuam com um nível alarmante de organização e letalidade” no Equador.

Segundo o ministro do Governo, Arturo Félix Wong, há informações suficientes para colocar Quito em estado de emergência. “Foram constatados atos considerados terroristas. Esta é uma medida preventiva para evitar qualquer transtorno na cidade e contra a população de Quito.”

“Não vamos permitir que, usando o pretexto de temas eleitorais, tentem inflamar as ruas. Como já não podem fazer isso nos presídios, agora tentam fazer nas ruas”, acrescentou o ministro em uma entrevista.

Cristian Carpio, analista da consultoria de risco político Prófitas, disse à BNamericas que grupos criminosos, como a gangue local Los Lobos, considerada um braço do cartel mexicano Jalisco Nueva Generación, estão mobilizados há algum tempo, sobretudo em certas áreas do sul da capital.

“Em um contexto pré-eleitoral, a capital política é sempre alvo de processos de agitação, especialmente por parte de grupos armados, por isso foi necessário proteger a capital. O governo quer prevenir e evitar o caos que poderia desestabilizá-lo politicamente”, destacou Carpio.

No final do mês passado, o Equador foi vítima de vários incêndios florestais. Em Quito, o fogo ameaçou vários bairros residenciais, em particular na região centro-norte. Os incêndios foram considerados intencionais pela polícia, pelo governo federal e pelo prefeito de Quito.

Na ocasião, o subcomandante da polícia, general Fausto Buenaño, destacou que os incêndios não poderiam ser atribuídos a incendiários isolados, mas sim a pessoas que buscavam perturbar a ordem provocando incêndios simultaneamente em vários pontos da cidade.

Mario Pazmiño, ex-diretor de inteligência do Equador, disse à BNamericas que os incêndios em Quito, Guayaquil e outras cidades importantes foram “ações planejadas que visam causar comoção e impedir que o governo reaja, criando uma imagem de ineficiência em meio ao processo eleitoral que está por vir”.

No dia 2 de outubro, o Conselho Nacional Eleitoral encerrou o período de inscrição de candidatos para as eleições. Foram registradas várias duplas presidenciais, entre elas a de Daniel Noboa e María José Pinto e a de Luisa González e Diego Borja, que, segundo as pesquisas locais, atualmente lideram as intenções de voto.

A campanha eleitoral deve ocorrer entre 5 de janeiro e 6 de fevereiro. As eleições estão marcadas para 9 de fevereiro e, caso haja segundo turno, a votação seria realizada em 13 de abril.

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