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FMI altera projeção de crescimento econômico da América Latina

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FMI altera projeção de crescimento econômico da América Latina

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas projeções para o crescimento econômico na América Latina em 2024 e 2025.

O multilateral agora projeta uma expansão de 2,1% na América Latina e no Caribe para este ano e um crescimento de 2,5% para 2025, de acordo com o relatório “World Economic Outlook”. Na edição de julho do relatório, o FMI havia previsto 1,8% para 2024 e 2,7% para 2025.

Em 2022, a região da América Latina e Caribe cresceu 2,2%.

“A previsão mais otimista para a economia neste ano se baseia, em grande parte, no desempenho do Brasil, que é a maior economia da região e está crescendo mais rápido do que o esperado, fato que não se repetirá no ano que vem porque há pouco espaço fiscal para o governo continuar sustentando o grande nível de expansão por meio de gastos públicos”, avaliou Luciano Rostagno, estrategista-chefe da EPS Investimentos, em bate-papo com a BNamericas.

Segundo o FMI, o PIB brasileiro deve crescer 3% neste ano e 2,2% em 2025. A nova previsão para este ano supera a de 2,1% anterior, enquanto para o ano que vem a estimativa era de 2,4%.

“Esta é uma revisão para cima de 0,9 ponto percentual para 2024, em comparação com as projeções do World Economic Outlook Update de julho de 2024, devido ao fortalecimento do consumo e do investimento privados no primeiro semestre do ano, por conta de um mercado de trabalho apertado, transferências governamentais e menos interrupções do que o previsto após as enchentes [no estado do Rio Grande do Sul]”, apontou o FMI. “No entanto, com a política monetária ainda restritiva e o esfriamento esperado do mercado de trabalho, o crescimento deve ser moderado em 2025.”

Enquanto isso, o FMI prevê que a economia da Argentina terá uma contração de 3,5% este ano e uma expansão de 5% em 2025.

“A Argentina está enfrentando dois fatores. O primeiro é uma restrição fiscal severa raramente vista desse tamanho e intensidade em outros países, que está sendo implementada pelo presidente Javier Milei, e isso impactará a economia este ano”, disse à BNamericas Roberto Troster, economista argentino e ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “No entanto, há sinais de recuperação econômica e aumento da confiança empresarial abrindo caminho para a expansão no próximo ano. Portanto, em 2025, a Argentina aponta para um cenário de grande crescimento econômico.”

Segundo Rostagno, a melhoria da previsão para a economia da América Latina no ano que vem também se deve à redução das taxas de juros em vários países da região, exceto no Brasil, que enfrenta um ciclo de aperto monetário.

MÉXICO

O México, o segundo maior país da região, deve registrar crescimento econômico de 1,5% e 1,3% em 2024 e 2025, respectivamente, em comparação com as projeções anteriores de 2,2% e 1,6%, de acordo com o FMI.

“No México, o crescimento está projetado em 1,5% em 2024, refletindo o enfraquecimento da demanda interna devido ao aperto da política monetária, antes de desacelerar ainda mais para 1,3% em 2025 por uma postura fiscal mais rígida”, disse o FMI.

Espera-se que o Chile cresça 2,5% este ano e 2,4% em 2025; a Colômbia, 1,6% este ano e 2,5% em 2025; e o Peru, 3% este ano e 2,6% em 2025, de acordo com o relatório.

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