Há um excesso de carteiras digitais no mercado latino-americano?
Após o boom inicial das fintechs, o mercado mudou sua dinâmica, principalmente na Argentina, onde várias carteiras digitais anunciaram nos últimos meses que deixariam de operar, incluindo Ank, Bimo e TodoPago.
“Ainda podemos esperar que muitos mais saiam, porque entre os que já saíram ainda não há aqueles com números sombrios”, disse Julián Colombo, CEO da empresa de tecnologia bancária e fintech N5 Now, em conversa com a BNamericas.
“A saída da Ank [que pertencia ao Banco Itaú] é uma má notícia porque era uma das que não precisava do dinheiro – era a menos sensível ao resultado econômico –, o que retrata a complexidade que tem [o mercado de carteiras digitais”, acrescentou.
O executivo destacou que as carteiras digitais são um produto “altamente comoditizado“ e que “não são sustentáveis em quase nenhuma geografia”.
A saída das carteiras digitais do mercado poderá ser replicada no resto da região.
Questionado pela BNamericas sobre o fechamento de várias carteiras digitais na Argentina, Santiago Urrizola, presidente executivo da empresa de tecnologia Flux IT, indicou que “responde a um fenômeno global, normal em qualquer processo de expansão de um novo negócio, somado ao fato que há retirada de fundos de investimento de alguns projetos como esses”.
Colombo destaca que os investidores não apostam mais nesse tipo de negócio. “No setor financeiro, em todo o mundo, se você quer ganhar bem, tem que ir pela margem de crédito ou cobrar comissões”, afirmou.
Como a concorrência no mercado de carteira digital eliminou as cobranças de comissão, algumas fintechs estão tentando entrar no mercado de crédito.
O executivo do N5 Now destaca que o problema é ainda maior e inclui bancos digitais. “98% dos bancos digitais em todo o mundo perdem dinheiro”, explicou. Por esse motivo, os investidores não estão financiando empresas que ainda não tenham uma base de clientes cativa.
Neste contexto, ocorre tanto o fechamento de empresas quanto a sua consolidação. Um exemplo é a compra do banco Wilobank pela carteira digital Ualá.
“O movimento é uma convergência. Os bancos digitais estão indo para o banco tradicional e o banco tradicional está indo para a digitalização”, acrescentou.
“As carteiras que podem oferecer produtos financeiros de um banco terão um nível mais alto de adoção”, explicou à BNamericas Gabriel Arango, gerente de tecnologia da empresa de software GlobalLogic.
“A experiência do usuário é fundamental para as carteiras, bem como que eles possam alavancar seus negócios atendendo comerciantes, ou que tenham algum tipo de alavancagem financeira por trás”, acrescentou.
O FUTURO DAS CARTEIRAS DIGITAIS
“O futuro ainda está para ser descoberto. As carteiras geraram grandes mudanças e inovações, impulsionando a evolução dos padrões, regulamentações e serviços financeiros em geral”, disse Urrizola, que não se atreve a fazer previsões.
O sucesso da carteira digital está atrelado ao tamanho e é por isso que opções como MercadoPago, do MercadoLivre, são as que fazem sucesso no mercado.
“Aqueles que ultrapassaram o patamar de adoção vão ficar, enquanto os menores vão vender seus clientes ou transferir suas operações para outro banco”, antecipa Arango.
Colombo vê um apelo especial em negócios spin-off, que já têm uma base de clientes que podem levar para carteiras. Um exemplo é a Modo, a carteira dos bancos argentinos.
Enquanto isso, o principal atrativo das carteiras das telecomunicações é a oferta de descontos na recarga de dados e as de empresas de serviços de varejo podem ser incluídas nesse modelo.
No entanto, para Colombo, a oportunidade de crescimento permanece do lado do banco tradicional, porque é mais fácil se tornar digital do que, para uma carteira, incorporar novos serviços para se assemelhar a um banco.
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