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IFX mira aquisições de datacenters na América Latina

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IFX mira aquisições de datacenters na América Latina

A norte-americana IFX Networks tem uma carteira de mais de 25 empresas para potencial aquisição na América Latina, com datacenters compondo um segmento específico.

As potenciais aquisições são parte de uma estratégia mais ampla da empresa de telecomunicações, serviços gerenciados e nuvem híbrida para acelerar seu crescimento na região, conforme revelou à BNamericas Carlos Oviedo, diretor-geral da IFX Chile.

A empresa opera em cinco segmentos principais: nuvem, datacenters, segurança cibernética, rede e serviços gerenciados.

No segmento de datacenters, por exemplo, a IFX opera 24 sites para serviços como máquinas virtuais, recuperação de desastres e colocation, quatro dos quais estão no Chile. A empresa também opera uma rede de fibra óptica que abrange mais de 110 mil km.

Em dois desses data centers chilenos, ela concluiu recentemente um plano de modernização que visa aumentar a eficiência energética e reduzir a pegada de carbono, além de diminuir o PUE dos sites.

PUE é a sigla em inglês para “eficácia do uso de energia”. A métrica é calculada dividindo-se a energia total da instalação (a energia que entra no site) pela energia do equipamento de TI (a energia usada para operar as máquinas). Quanto menor a taxa, mais eficiente em termos de energia é o site. Para 2025, a empresa almeja um PUE de 1,5 ou menos para seus sites.

O projeto nos dois datacenters chilenos envolveu uma abordagem de contenção de corredores, que pode melhorar significativamente a eficiência energética ao separar os fluxos de ar quente e frio. A contenção é obtida ao organizar os racks de servidores em uma configuração de corredor quente/corredor frio e selar os corredores. Isto evita que o ar quente se misture com o frio, o que pode melhorar o desempenho do sistema de resfriamento.

Oviedo explicou que a empresa não trabalha com um fornecedor técnico específico para os datacenters, referindo-se a diversos players como Caterpillar e Vertiv.

ANO ‘DESAFIADOR’

No geral, 2024 foi um ano “desafiador” na América Latina, comentou Oviedo.

A empresa cresceu, mas menos do que o esperado, e os motivos seriam a redução de investimentos das operadoras de telecomunicações, a inflação pós-pandemia e aspectos macroeconômicos.

Olhando para o futuro, porém, a segurança jurídica, um ambiente favorável aos negócios e o que Oviedo vê como estruturas adequadas para segurança cibernética e datacenters são vistos como impulsionadores positivos para a IFX no Chile.

“Nos entendemos como o ‘salmão’ da indústria porque vamos contra a corrente. Enquanto algumas operadoras, como a Telefónica, estão se desfazendo ou vendendo suas operações, a GTD também está procurando um parceiro e outras operadoras estão com problemas financeiros, estamos experimentando um crescimento orgânico e inorgânico nunca antes visto.”

Este ano, a IFX adquiriu uma empresa na Costa Rica que possui dois datacenters, os quais atendem ao Banco Central local e a outras das principais instituições financeiras do país.

PEGADA, IMPORTÂNCIA DO CHILE

Em todo o mundo, a IFX relata mais de 4 mil clientes nos setores corporativo e público e presença em 18 países nas Américas.

No Chile, que passou do quinto lugar para o segundo maior mercado da empresa, esta base ultrapassa 800 clientes, segundo Oviedo, incluindo 45 instituições governamentais, as forças armadas e algumas universidades importantes.

Outra vertical importante para a empresa no país é a financeira, onde a empresa atua majoritariamente com serviços gerenciados de infraestruturas físicas de dados, entre outras soluções. Redes de varejo, portos e até mineração também são destaques.

No caso de portos, um projeto recente envolveu o porto de Arica. Em um mês, a IFX migrou mais de 200 máquinas virtuais de processamento de dados no porto, que agora são gerenciadas e operadas remotamente a partir de seu datacenter, segundo Oviedo.

PLANO PARA DATACENTERS DO CHILE

Por mais contraintuitivo que possa parecer, a IFX está otimista quanto ao plano de datacenters do governo chileno de atrair investimentos principalmente de empresas globais de nuvem pública e provedores de hiperescala.

Isso ocorre porque o plano, na opinião de Oviedo, tende a ter um efeito cascata positivo no ecossistema de datacenters, impulsionando iniciativas em nuvem privada e, especialmente, ambientes de nuvem híbrida – áreas de especialização da IFX.

O executivo também mencionou o efeito da repatriação da nuvem – ou seja, a migração de volta da nuvem pública das empresas em relação a suporte, custos e gerenciamento.

“A nuvem pública não funciona para todos. Podemos ter uma nuvem privada, uma nuvem pública para o cliente e também podemos orquestrar as diferentes nuvens públicas que vêm junto. E este serviço não é fornecido pela nuvem pública”, concluiu.

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