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Inovação na logística do setor de óleo e gás da Argentina: ‘Queremos mostrar que podemos agregar valor’

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Inovação na logística do setor de óleo e gás da Argentina: ‘Queremos mostrar que podemos agregar valor’

O grupo de logística Andreani considera que a indústria de petróleo e gás da Argentina é um território fértil para o crescimento dos negócios de soluções voltadas para a eficiência.

O investimento em hidrocarbonetos na Argentina está sendo impulsionado principalmente pela formação de depósitos não convencionais de Vaca Muerta.

Em outras partes do país, áreas convencionais maduras que estão sendo vendidas pela estatal YPF podem estimular investimentos, com foco principalmente na redução dos custos de extração.

O gerente de negócios da divisão de energia e mineração da Andreani, Gonzalo Cicilio, disse à BNamericas que, nas discussões públicas, a logística é frequentemente ofuscada pelos números de investimentos em upstream e midstream, mas que os executivos do petróleo entendem sua importância na equação de custos.

“Estamos sempre falando sobre a indústria de transporte, transporte de petróleo, gasodutos, oleodutos, mas não sobre como abastecer: qual é o melhor modelo para abastecer o segmento de produção”, explicou Cicilio.

A demanda por serviços de logística deve crescer na Argentina, tanto no setor de hidrocarbonetos quanto na mineração.

A produção de óleo de xisto tem registrado aumentos de dois dígitos em Vaca Muerta, com os investimentos no upstream estimulados pela construção de infraestrutura para reduzir gargalos e aumentar o fluxo de petróleo para a costa do Atlântico.

A construção da infraestrutura de liquefação de gás natural deve ajudar a estimular o desembolso associado ao upstream de gás.

“Dado o potencial de crescimento de Vaca Muerta, que em algum momento – provavelmente mais perto de 2030 – vai coincidir com o desenvolvimento da indústria de lítio e cobre, esse processo duplo, de mineração e óleo e gás, vai exigir muita logística”, disse Cicilio.

“E a mineração e Vaca Muerta vão competir pelos caminhões, pelo transporte, pelos armazéns, pelos motoristas. Surpreendentemente, hoje, a logística não está na pauta, mas estará nos próximos anos.”

Há quatro anos, a Andreani decidiu lançar sua divisão de logística, voltada para o transporte de mercadorias e consumíveis para processos produtivos, como flanges e equipamentos de segurança.

O objetivo estratégico de Cicilio e sua equipe é ajudar as empresas e seus ecossistemas de fornecedores a reduzirem os níveis de estoque por meio de logística just-in-time, ao mesmo tempo em que estimulam a agilidade na entrega e o rastreamento da carga aproveitando as soluções digitais que o grupo emprega nos setores de e-commerce e farmacêutico.

O upstream é digitalizado, mas abaixo dele não”, comentou Cicilio.

“O restante da cadeia de serviços, principalmente a logística, não é digitalizada e opera com base em uma lógica de 30 anos atrás, por e-mail e telefone, sem rastreabilidade de materiais”, pontuou Cicilio, acrescentando que produtos de baixo valor vendidos em marketplaces de comércio eletrônico têm rastreabilidade total, enquanto no setor de energia, produtos que valem milhões de dólares normalmente não têm.

A Andreani está no processo de adaptação de seu software de rastreabilidade para a indústria de petróleo e gás.

“No nosso ponto de vista, o que falta hoje é a adoção por parte da indústria, porque é necessário promover um salto cultural”, lembrou Cicilio. O executivo acrescentou que a Andreani pode atender aos requisitos de transporte de longa distância e de última milha.

“Nós, operadores logísticos, temos que conduzir essas conversas, apresentar esses serviços, mostrar que podemos agregar valor.”

A Andreani foi fundada há 80 anos e hoje opera uma frota de cerca de 4.000 veículos e uma rede nacional de centros logísticos, incluindo o centro de hidrocarbonetos da província de Neuquén, onde a divisão de energia está introduzindo novos serviços.

“Neuquén é onde estamos crescendo mais”, destacou Cicilio. “Estamos dobrando nosso portfólio de clientes no comparativo anual, mas também estamos presentes em Comodoro Rivadavia, na bacia do Golfo San Jorge e em Mendoza.”

As cinco maiores empresas de óleo de xisto em Neuquén são YPF, Vista Energy, Shell, Chevron e Pan American Energy.

“Em termos de mineração, tudo o que tem a ver com lítio: Jujuy, Catamarca, Salta”, completou. “Também estamos em San Juan, onde sabemos que nos próximos três a quatro anos haverá algo grande, e nosso objetivo é ser um operador logístico para abastecer a construção de um projeto de mineração.”

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