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Intelbras tem fábricas operando em plena capacidade e alta demanda por fibra

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Intelbras tem fábricas operando em plena capacidade e alta demanda por fibra

A Intelbras vem relatando uma alta na demanda por fibra e equipamentos óticos, com a principal planta da companhia operando em plena capacidade e novos planos de expansão em avaliação, contou à BNamericas Amilcar Scheffer, diretor da unidade de redes da brasileira.

A empresa mantém uma parceria formal para fabricação local e venda de produtos com a chinesa FiberHome desde novembro. A chinesa é a principal parceira da Intelbras no segmento de fibra.

Embora também cubra o segmento corporativo, o foco principal da parceria é oferecer soluções óticas para provedores de serviços de internet.

Segundo Scheffer, desde a oficialização do acordo, a Intelbras conseguiu reconquistar clientes para a FiberHome depois que eles mudaram de marca ou pararam de fazer novos pedidos à empresa chinesa.

As principais linhas da parceria com a FiberHome são cabos óticos e roteadores GPON e Wi-Fi. Os planos incluem a fabricação de soluções de interconexão de datacenter (DCI) e DWDM, soluções modulares para datacenters e sistemas integrados de monitoramento inteligente.

A Intelbras tem duas fábricas no Brasil, ambas no estado de Santa Catarina – uma em Tubarão e outra em São José. Segundo o executivo, as duas unidades estão operando em plena capacidade.

Inaugurada em 2022, a planta de Tubarão tem capacidade instalada de quase 20.000 km de cabos por mês, produzindo cabos de fibra (FiberHome) e de cobre (Intelbrás).

“Não estamos dando conta da entrega de produtos e estamos acelerando ao máximo para dar conta da demanda”, disse Scheffer.

A FiberHome é uma das empresas no centro das acusações de dumping de fibra chinesa no mercado brasileiro.

“Não compactuamos com nenhuma prática irregular de mercado. Se existe dumping, isso deve ser regularizado. A nossa estratégia é fabricação nacional e aceleração da nossa planta em Tubarão. Nós não temos dumping, fabricamos no Brasil”, ressaltou Scheffer.

Conforme relatado pela BNamericas, Prysmian e Furukawa entraram com novos pedidos ao governo para a implementação de medidas antidumping contra a fibra chinesa. A Prysmian afirma estar em risco iminente de fechar sua fábrica no Brasil.

Na Colômbia, a Furukawa fechou sua fábrica em Palmira depois de protestar contra a concorrência desleal da China. A BNamericas também soube que a empresa norte-americana de produtos de fibra e vidro Corning saiu do mercado brasileiro.

FWA

Outra grande aposta da Intelbras abrange equipamentos para redes FWA, ou modems para “5G indoor”, mercado que ainda não decolou.

O executivo pontuou que alguns projetos estão começando a decolar, principalmente envolvendo provedores de internet que venceram o leilão do 5G de 2021 e ingressaram no mercado móvel como novos entrantes, como Brisanet e Unifique.

O problema é que as redes dessas empresas demoraram para ser concluídas, segundo Scheffer. A Intelbras espera uma aceleração no envio de equipamentos de FWA ao longo do segundo semestre.

Embora a empresa tenha acordos com grandes operadoras, a estratégia comercial da Intelbras para o FWA sempre foi voltada principalmente para os novos entrantes.

A capacidade de produção da empresa para CPEs (equipamentos nas instalações do cliente) de FWA é de 30.000 unidades por mês, segundo Scheffer.

“As operadoras grandes priorizaram a entrada na rede móvel 5G. Elas estão entendendo ainda o uso da rede e densificando esse acesso. Muitas discutem se vai ter espaço para o FWA, se será preciso aumentar células nas torres [para o serviço], etc. Ainda é uma fase de entendimento de consumo de banda”, acrescentou.

No Brasil, Telefônica, Claro e Algar anunciaram ofertas comerciais de FWA  As três são clientes da Intelbras.

Em outras partes da América Latina, a Intelbras está em negociações com “todas as empresas de telecomunicações” em mercados que lançaram o 5G e onde o FWA é uma aposta dos players locais, disse o executivo.

De acordo com um relatório recente da GSA, grupo que representa fornecedores de equipamentos de redes móveis, a América Latina ocupa o último lugar entre as principais regiões em termos de número de redes FWA lançadas, incluindo 4G e 5G.

Segundo a GSA, no final de maio, 312 operadoras lançaram serviços 5G em todo o mundo, das quais 164 (52,5%) anunciaram ofertas de 5G FWA.

Considerando o 4G e o 5G, o FWA foi comercializado por 467 operadoras em 188 países. A Europa liderou, com 146 serviços FWA em LTE e 95 em 5G.

A América Latina ocupa o último lugar em FWA 4G (57 serviços) e é a penúltima região em FWA 5G (19).

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