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Ipiranga mira expansão no mercado de diesel marítimo

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Ipiranga mira expansão no mercado de diesel marítimo

A Ipiranga está trabalhando para aumentar sua participação no mercado brasileiro de diesel marítimo. A empresa dobrou o seu potencial de abastecimento na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, com a inclusão em sua frota de uma barcaça com capacidade para armazenar 2.150 m³.

Com capacidade para atender 18.000 m³ por mês, a operação oferece mais disponibilidade, servindo aos clientes com abastecimento de embarcações na água. A nova fase da operação marítima também permite que mais de um caminhão-tanque (CT) abasteça a barcaça simultaneamente, agilizando o processo de carregamento.

A Ipiranga já realiza o abastecimento em águas também nas regiões Sul e Norte, nos portos de Paranaguá (Paraná), Itajaí (Santa Catarina), Belém, Itaituba e Santarém (Pará), bem como em Manaus (Amazonas).

Além disso, foram realizadas melhorias na base da Ipiranga que atende a operação, tornando a infraestrutura para carregamento dos caminhões três vezes maior e ampliando a tancagem para 7.000 m³.

O vice-presidente da Ipiranga Empresas, José Vianna, conta que o objetivo é alcançar o que considera ser o fair share (participação justa) do mercado de diesel marítimo: em torno de 22% ou 23% – em linha com o que ocorre no mercado de óleo diesel –, ante os atuais 12%.

O mercado de diesel marítimo se concentra, sobretudo, em duas regiões brasileiras: na Baía de Guanabara, para atender a plataformas e embarcações que operam no setor de óleo e gás, e na região Norte, basicamente Pará e Amazonas, por conta do transporte fluvial.

“A indústria de óleo e gás tem crescido a uma taxa superior à economia brasileira. E tem previsão de crescimento mais forte ainda nos próximos anos,” disse Vianna à BNamericas.

Quanto ao potencial da região Norte, ele destacou que boa parte da produção do agronegócio brasileiro é escoada pelo Arco Norte – área estratégica que abrange os portos dos estados das regiões Norte e Nordeste –, por meio de barcaças.

“No momento, nosso atendimento é rodoviário, exceto pelos postos fluviais. A ideia é começar a operar com barcaças também,” revelou o executivo.  

Vianna ressaltou que a companhia colocou em prática um plano de contingência diante da severa seca que atinge o Norte, com aumento dos estoques reforçando o modelo rodoviário.

“Para nossos clientes o atendimento do mercado não teve ruptura, nem prevemos ruptura,” assegurou.

ESG 

Pensando na descarbonização da matriz energética, a Ipiranga está investindo na comercialização do diesel R5, que possui 5% de combustível produzido a partir do coprocessamento de óleos vegetais, sendo uma mistura de diesel fóssil, à base de petróleo, e óleo vegetal.

“Começamos com empresas de ônibus em Araucária e, agora, estamos trazendo o projeto para São Paulo. Vamos seguir expandindo,” explicou Vianna.

Outra frente de trabalho envolve o desenho de operações mais eficientes de logística para reduzir o consumo de combustíveis e reduzir as emissões.

“Estamos olhando veículos com maior capacidade, fazendo entregas de lotes maiores,” concluiu o executivo.

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