Iplan lança nova unidade de consultoria em IA com foco na expansão pela América Latina

A Iplan, empresa argentina de tecnologia e telecomunicações, está planejando expandir sua atuação regional com sua nova empresa de consultoria em inteligência artificial (IA), Restart. 

"Temos um projeto regional que inclui Peru, Colômbia e México", disse à BNamericas o CEO da Iplan, Damián Maldini.

“Isso está alinhado às necessidades dos fornecedores que buscam um parceiro capaz de fornecer alguns serviços nesses países", acrescentou. 

A empresa conta com Huawei, Microsoft e Google como aliadas tecnológicas para questões de inteligência artificial, entre outros.

O plano de expansão prevê seu lançamento na Colômbia ou no Peru no primeiro trimestre do próximo ano e em outro mercado no trimestre seguinte. “Depende mais das necessidades de alguns clientes do que de nós mesmos”, afirmou Maldini.

Atualmente, a Iplan está trabalhando no processo de registro de empresas nesses mercados.

Com a Restart, a Iplan busca capturar o mercado de consultoria e implementação de IA para médias e grandes empresas – com 1.000 a 2.000 funcionários – ainda não são atendidas pelos grandes players do setor. 

A Restart é uma empresa desmembrada da Iplan no escopo de uma reestruturação corporativa que dividiu o grupo em três empresas independentes: infraestrutura (Iplan Fibra), serviços (Iplan Empresas e Iplan Residencial) e consultoria em IA (Restart). 

A empresa de IA opera em três áreas principais: revenda de software, serviços profissionais e consultoria/implementação de inteligência artificial. 

Com uma equipe inicial de 30 colaboradores, a Restart está contratando cerca de 3 a 4 novos funcionários por semana. "Precisamos adicionar cerca de 300 pessoas nos próximos 2 anos", destacou Maldini.

A localização do pessoal contratado dependerá do projeto e da disponibilidade de profissionais nos diversos mercados. "Com o trabalho remoto, é possível ter especialistas distribuídos por toda a região", explicou. 

Ainda não há uma estratégia clara de especialização por país. "Hoje, todas as especializações estão na Argentina, mas à medida que abrirmos novas operações, isso vai mudar", observou Maldini.

Maldini não descarta que a Restart também cresça de forma inorgânica por meio da aquisição de empresas de tecnologia.

ADOÇÃO DE IA

O executivo destacou que a Argentina está muito atrasada na adoção de tecnologia, depois de anos de crise econômica que restringiu os investimentos.

“Muitas empresas tiveram que se concentrar em sobreviver ao longo do período inflacionário, o que tornou difícil a incorporação de novas tecnologias. Houve anos em que a viabilidade econômica não permitia esses investimentos”, disse.

Com a abertura do mercado à concorrência, Maldini espera que as empresas comecem a otimizar custos e melhorar sua eficiência para competir tanto no mercado interno quanto no externo.

“A demanda por otimização operacional vai crescer, e esse crescimento, que antes não era resolvido com IA por falta de tecnologia disponível, hoje encontra solução na IA”, concluiu.