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Liberty Latin America aposta em três países para o segmento de datacenters

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Liberty Latin America aposta em três países para o segmento de datacenters

Panamá, Costa Rica e México são os países em que a Liberty Latin America (LLA) vê mais oportunidades no que diz respeito ao ecossistema de datacenters, afirmou o CEO Balan Nair a investidores em uma teleconferência para apresentação de resultados nesta quarta-feira (7).

No México, a empresa está construindo fibra para conectar datacenters na região de Cancún e em Querétaro, o principal hub de datacenters do país.

Ray Collins, vice-presidente sênior da unidade de B2B e conectividade da Liberty Networks, acrescentou que o sistema que a empresa está desenvolvendo, para conectar o estado mexicano de Vera Cruz à costa de Apalachee, na Flórida, chegando à Virgínia e Geórgia e até a Colômbia, é destinado a este segmento.

“A nova rede que anunciamos tem como objetivo cobrir o tráfego de datacenters de hiperescala”, explicou Collins.

Panamá e Costa Rica, por sua vez, se destacam no mapa de datacenters por serem países inscritos no programa da Lei dos Chips dos Estados Unidos para receber investimentos em semicondutores, segundo Nair.

“Podemos ver a Intel construindo na Costa Rica. Por isso, também estamos focados nisso”, disse ele.

Segundo o CEO, a Liberty Latin America vem construindo microdatacenters para clientes específicos em diversos mercados, ao mesmo tempo em que tem um datacenter principal em Curaçao, tanto para operações internas quanto para clientes externos.

Apesar disso, a atuação direta no segmento de datacenters em grande escala segue fora do radar por enquanto.

COSTA RICA

Nair também comentou sobre o acordo anunciado recentemente para fundir as operações da Liberty Costa Rica e da Tigo, da Millicom.

Segundo o executivo, a transação na Costa Rica deverá melhorar a estrutura do mercado fixo local, criar sinergias de custos, trazer oportunidades de cross-selling na convergência entre os segmentos fixo e móvel para os clientes da Tigo e possibilitar investimentos em fiber-to-the-home (FTTH).

A Liberty Latin America espera que a transação seja concluída durante o segundo semestre de 2025.

Enquanto isso, em Porto Rico e nas Ilhas Virgens dos EUA, a LLA obteve todas as aprovações, inclusive da FCC, para absorver 100 MHz de espectro da Dish, o que deverá fortalecer ainda mais a rede móvel 5G da empresa.

IMPACTOS DE PORTO RICO

As receitas da LLA no segundo trimestre permaneceram estáveis em relação ao ano anterior, em US$ 1,12 bilhão, enquanto o lucro operacional caiu 18%, para US$ 111 milhões, à medida que a empresa foi atingida pelos custos adicionais de migração de assinantes em Porto Rico.

As vendas da Liberty Puerto Rico foram de US$ 309 milhões, queda de 12% em relação ao ano anterior. A empresa, porém, afirmou que espera uma melhoria no final do ano.

Considerando todos os seus negócios e subsidiárias, o crescimento no trimestre foi impulsionado pela C&W Panamá e Liberty Costa Rica, ambas com alta de 9% nas receitas em comparação com o ano anterior, totalizando US$ 197 milhões e US$ 147 milhões, respectivamente.

As vendas da C&W Caribbean aumentaram 3%, para US$ 368 milhões, enquanto as receitas da Liberty Networks seguiram estáveis em US$ 119 milhões.

EFEITOS DO FURACÃO

A LLA projeta que o impacto da passagem do furacão Beryl em julho afetará as receitas e o OIBDA ajustado em US$ 10-20 milhões durante o restante do ano.

Além disso, a empresa de telecomunicações prevê custos de até US$ 20 milhões para substituir infraestruturas e equipamentos danificados.

O furacão Beryl atingiu principalmente as operações da LLA na Jamaica, seguida pelas da C&W Caribbean em Granada e São Vicente.

VENEZUELA E ARGENTINA

Questionado sobre a Venezuela, Nair ressaltou que a Liberty Latin America não tem planos de voltar ao país, mas acrescentou que o conselho de administração da empresa continua avaliando a temperatura política e a evolução do mercado.

A empresa tem alguns clientes venezuelanos no negócio de cabos submarinos, que pagam à Liberty Latin America em dólares, mas a situação no país ainda não oferece espaço para a reintegração de escritórios e operações diretas, disse ele.

O mesmo, segundo o CEO, se aplica à Argentina.

“Quando a turbulência política mudar por lá [na Argentina], o país poderá ser um mercado realmente bom. Observamos atentamente todos esses mercados. E, quando chegar a hora certa, seremos bastante oportunistas. Mas agora não vejo isso.”

BASE DE CLIENTES

A LLA encerrou junho com quase 4 milhões de assinaturas fixas e 7,91 milhões de assinaturas móveis, após adições líquidas de 19.300 e 20.800, respectivamente, durante o segundo trimestre.

Os resultados foram, em grande parte, impulsionados pelo forte crescimento móvel no Panamá, onde a subsidiária Más Móvil conquistou clientes após a saída da Digicel, e pelos ganhos na Costa Rica.

Segundo a empresa, Costa Rica e Porto Rico são futuros “catalisadores” para o crescimento.

Os resultados completos do segundo trimestre e primeiro semestre da LLA podem ser vistos aqui (em inglês).

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