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Ligga seleciona fornecedores para sua rede 5G

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Ligga seleciona fornecedores para sua rede 5G

A Ligga, provedora brasileira de serviços de Internet, está avançando nas negociações com possíveis fornecedores para sua rede 5G e planeja contratar mais de um, informou Vitor Menezes, diretor de Assuntos Institucionais e Regulatórios, à BNamericas.

A Ligga está negociando com todos os principais fornecedores, analisando as melhores ofertas tanto do ponto de vista comercial quanto técnico, destacou Menezes.

“A gente entende que para fazer o lançamento de uma operação de 5G do zero, não devemos ter apenas um fornecedor de equipamentos. E queremos, de fato, parceiros. Estou aqui para isso, também. Tenho uma reunião com um potencial fornecedor”, afirmou na conferência Futurecom, em São Paulo.

O evento contou com a participação de estandes e equipes da Nokia, Huawei e ZTE, que estão entre os principais fornecedores de soluções sem fio do mundo. Por outro lado, a Ericsson não esteve presente.

No leilão de espectro 5G de 2021 do Brasil, a paranaense Ligga adquiriu uma licença na faixa de 3,5 GHz em um consórcio com a Unifique para oferecer 5G nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A Ligga ficou responsável pelo Paraná, enquanto a Unifique ficou com o restante.

Em uma licitação separada, a Ligga conquistou outra licença em 3,5 GHz cobrindo o estado de São Paulo e a região Norte do país, onde a empresa optou por operar como atacadista. Na condição de MVNO, a empresa pretende alugar a faixa de 3,5 GHz para provedores locais de banda larga interessados em oferecer Internet móvel 5G para seus clientes na região.

A Ligga receberá uma porcentagem da receita proveniente dos planos de Internet móvel vendidos por esses provedores. Menezes afirmou que acordos de intenções já estão firmados com alguns ISPs.

As regras do leilão 5G permitiram que as obrigações de cobertura fossem atendidas por terceiros. E, no caso de licenças 5G internacionais, como as conquistadas pela Ligga, o cronograma para lançamento é maior, razão pela qual a empresa ainda não ativou a rede.

No Norte do Brasil, a Ligga selecionou a ISP Telecom como intermediária, encarregando-se da instalação de torres e antenas, além da gestão do sinal 5G que será acessado pelos provedores.

A escolha dos contratos de MVNO da ISP Telecom e da Ligga, no entanto, ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“Temos feito um esforço muito grande para que esse negócio saia ainda esse ano. Devemos ter as assinaturas de contrato, a aprovação da Anatel e o início propriamente dito ainda em 2024, provavelmente começando pela região norte e logo na sequência outros dois estados”, assinalou Menezes, que é ex-vice-ministro das Comunicações.

OPERAÇÃO DIRETA

A Ligga deve construir, operar e oferecer 5G de forma direta em cidades do estado do Paraná onde sua presença é mais forte, como Londrina, Curitiba, Paranaguá e Pato Branco, disse Menezes.

A estratégia comercial consistirá em oferecer 5G em pacotes com conteúdo e serviços digitais, além de complementar seu serviço de fibra até a residência (FTTH). Este último, em particular, tem apresentado desaceleração. 

“A Ligga está com um movimento agora de aprimorar o portfólio de produtos, exatamente para poder ter um crescimento orgânico melhor. Acreditamos que esse último trimestre a gente deve ter resultados melhores. Mas certamente ano que vem os resultados serão ainda mais promissores.”

Menezes também sugeriu possíveis fusões e aquisições em 2024.

Com cerca de 526 mil clientes até o final de agosto, dos quais 337 mil eram de fibra, a empresa compete com a Telefônica pelo segundo lugar em FTTH no Paraná, atrás da Oi.

A Ligga é controlada pelo fundo brasileiro Bordeaux e foi formada pela combinação de quatro empresas de telecomunicações: Sercomtel, Copel Telecom, Horizons e Nova Fibra.

DISPUTA DO CLIENTE

Menezes não quis comentar sobre a tentativa frustrada da empresa de adquirir a base de clientes de banda larga de fibra ótica da Oi (ClientCo).

A Ligga foi a única licitante e ofereceu R$ 1,03 bilhão (US$ 182 milhões) pela ClientCo, mais de 86% abaixo do preço mínimo de R$ 7,3 bilhões, na primeira rodada de um processo competitivo que fazia parte do segundo processo de recuperação judicial da Oi.

A oferta foi rejeitada pelos credores da Oi.

Em uma segunda rodada, na qual a empresa não pôde participar porque havia manifestado interesse após o prazo, a V.tal ofereceu R$ 5,6 bilhões pela ClientCo. Os credores da Oi ainda precisam aprovar o acordo.

LEILÃO REVERSO

A Ligga, por outro lado, foi uma das vencedoras do primeiro leilão reverso de telefonia móvel do Brasil, realizado pela Anatel para levar cobertura móvel 4G ou 5G a localidades carentes do país.

A Ligga conquistou seis localidades nos estados do Pará, Rondônia e Tocantins, apresentando propostas com valor total de quase R$ 56 milhões.

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