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Mercado Livre está ‘animado’ com serviço de pagamentos no México e na Argentina

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Mercado Livre está ‘animado’ com serviço de pagamentos no México e na Argentina

O Mercado Livre, potência do e-commerce na América Latina e cada vez mais uma empresa de serviços financeiros tecnológicos, está “animada” com suas linhas de negócios de pagamentos e crédito na Argentina e no México.

Os países correspondem ao terceiro e segundo mercado da empresa, respectivamente, em termos de receitas, atrás do Brasil. No entanto, questões fiscais e regulatórias nos dois países têm tornado o segmento de pagamentos eletrônicos e serviços financeiros digitais menos desenvolvido do que no Brasil, ou até mesmo na Colômbia.

Esse cenário, no entanto, está mudando, aumentando as expectativas do braço financeiro do Mercado Livre, o Mercado Pago, no momento em que o grupo comemora 25 anos.

“Os pagamentos eletrônicos na Argentina tiveram uma desvantagem em relação aos pagamentos em dinheiro devido aos impostos que precisamos reter em nome das autoridades tributárias locais, de todos os vendedores. Isso foi um detrator para a maior adoção de pagamentos eletrônicos em geral, e o Congresso anterior removeu esse obstáculo recentemente em nível federal, mas não em nível estadual”, disse o presidente do Mercado Pago, Osvaldo Giménez, a investidores durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre do Mercado Livre.

Embora destaque que a mudança ainda não foi implementada pela autoridade tributária argentina, Giménez afirmou que a medida será positiva para todos os tipos de pagamentos eletrônicos no país. “Estamos muito animados com isso”, acrescentou.

As receitas de serviços de fintech do Mercado Livre em seu mercado doméstico, a Argentina, foram de US$ 556 milhões no segundo trimestre, quase estáveis em relação aos US$ 553 milhões registrados no mesmo trimestre do ano passado. Houve pontos positivos, no entanto.

O produto de conta remunerada da empresa, que paga juros assim que os recursos são depositados, com liquidez imediata, viu o número de usuários triplicar no período.

Enquanto isso, os ativos sob gestão em dólares mais que dobraram nos últimos 18 meses nas contas argentinas, segundo a empresa.

MÉXICO

No México, o Mercado Livre está preparando seu pedido de licença bancária.

A licença deve expandir os negócios locais de fintech da empresa e ajudar o Mercado Pago a alcançar sua “ambição de ser o banco digital número um do país”, disse a empresa em seu relatório de demonstrações financeiras.

Giménez, do Mercado Pago, está otimista em relação ao México – um país que está começando a abrir ainda mais seus mercados financeiros e de pagamentos para fintechs, provedores e bancos digitais.

Entre outras coisas, a licença permitirá que as pessoas recebam salários na conta digital do Mercado Pago, segundo o executivo.

“Acreditamos que há uma enorme oportunidade no México para competir e implementar ainda mais serviços financeiros e que, ao termos uma licença bancária, seremos capazes de adicionar uma pilha de produtos”, acrescentou.

O progresso inicial do Mercado Pago no México levou a uma carteira de crédito superior a US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre.

A empresa reportou receitas de US$ 402 milhões no segmento de fintech do país, um aumento de 38% no comparativo anual.

O Brasil continua muito à frente do México e da Argentina nos serviços financeiros. As receitas da fintech no país ultrapassaram US$ 1 bilhão no segundo trimestre e cresceram 26,9% ano a ano.

E-COMMERCE E LOGÍSTICA

O Mercado Livre registrou receita líquida total de quase US$ 5,1 bilhões no segundo trimestre, alta de 42% em relação ao ano anterior.

O volume bruto de mercadoria, visto como a principal métrica para a dinâmica do comércio eletrónico, cresceu 20%, para US$ 12,6 bilhões, um aumento notável considerando a intensificação da concorrência trazido pelos novos marketplaces asiáticos em países como o Brasil e o México.

Os compradores únicos ativos totalizaram 57 milhões no segundo trimestre e 73 milhões no primeiro semestre, aumentando de 48 milhões e 62 milhões nos mesmos períodos do ano anterior.

Mesmo na Argentina, o Mercado Livre está vendo um aumento no comércio.

“Na Argentina, observamos um crescimento positivo em termos de itens vendidos, revertendo o crescimento negativo que vimos durante o primeiro trimestre”, apontou o CFO Martín de los Santos.

“Estamos sustentando taxas de crescimento muito sólidas no México, ganhando participação de mercado em ambos os mercados [Brasil e México], e também vendo uma recuperação muito forte na Argentina, tanto no lado comercial quanto no lado dos serviços de fintech”, acrescentou.

O capex foi de US$ 308 milhões no primeiro semestre, ante US$ 254 milhões no mesmo período do ano passado, e direcionado principalmente para depósitos, expedição e logística.

A empresa também está investindo em respostas geradas por IA a perguntas nas páginas de produtos, entre outras iniciativas de software.

No segundo trimestre, o Mercado Livre abriu um centro de distribuição no Texas para oferecer estoque de vendedores dos Estados Unidos a compradores do México. É o primeiro centro de distribuição da empresa fora da América Latina.

No Brasil, o Mercado Livre lançou em junho um sistema de robótica em seu centro de distribuição em Cajamar, em São Paulo.

Atualmente, 100 robôs trabalham na planta, e a expectativa é que mais 200 cheguem até o final do ano.

Os robôs operam de forma autônoma, movimentando até 20.000 itens e 2.500 prateleiras por dia, retornando às estações de recarga quando as baterias estão fracas.

O Mercado Livre relatou que os robôs otimizam o tempo de processamento em 20%, ao mesmo tempo em que aumentam a capacidade total de armazenamento em até 15% por metro quadrado.

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