Metrô de Santiago busca novas fontes de financiamento para plano de expansão de US$ 9 bi

A operadora chilena de metrô Metro de Santiago está apostando em novas fontes de financiamento para viabilizar seu plano de expansão de US$ 9 bilhões, mesmo com o tráfego de passageiros alcançando apenas 90% dos níveis pré-pandemia, de acordo com o presidente da empresa, Guillermo Muñoz.

“Não é o suficiente. Gostaríamos de ter ainda mais demanda, mas isso nos permitiu ter uma certa folga que, juntamente com o apoio do tesouro, que é nosso proprietário, nos permitirá continuar desenvolvendo projetos de expansão de forma sustentável e acessar mecanismos de financiamento não tradicionais”, disse Muñoz à BNamericas após o lançamento de um cartão de tarifas em comemoração ao 50º aniversário do metrô.

No início deste mês, a operadora emitiu títulos verdes no mercado suíço, levantando 155 milhões de francos (US$ 183 milhões) a uma taxa de 1,6925%, com data de pagamento em 2031.

Muñoz afirmou que a empresa ficou muito satisfeita com a operação e que US$ 4 bilhões do plano de expansão devem vir de mecanismos semelhantes, tanto no mercado local quanto internacional.

“Esperamos que esse processo nos ajude a financiar a expansão da rede de forma mais sustentável e econômica”, apontou Muñoz, destacando que a operação foi a primeira do gênero de uma empresa pública chilena no mercado suíço.

Durante a apresentação, Muñoz mencionou que a futura Linha 9 (US$ 1,95 bilhão) deverá obter aprovação ambiental no primeiro semestre de 2025 e a construção começará logo seguida.

A Linha 8 (US$ 1,9 bilhão) seguirá o mesmo caminho, com a aprovação ambiental prevista para o segundo semestre de 2025 ou início de 2026.

A operadora do metrô também está construindo a Linha 7 (US$ 2,53 bilhões), que deve iniciar operações em 2028, além da extensão da Linha 6 (US$ 197 milhões), com conclusão prevista para o final de 2027.