México deve começar a apostar no hidrogênio
Um conjunto de diretrizes para o desenvolvimento de hidrogênio poderia indicar a intenção do governo mexicano de criar uma estratégia nacional, acredita a indústria.
“Acho bom, porque antes das diretrizes não havia nenhuma declaração oficial do governo mexicano em relação ao hidrogênio. É preciso dizer que não temos uma estratégia nacional para o hidrogênio. Por isso, podemos dizer que essas diretrizes são o ponto de partida para o desenvolvimento de uma estratégia nacional no futuro”, disse à BNamericas Israel Hurtado, presidente da associação industrial H2 México.
Divulgadas pela Secretaria da Energia em 19 de março, as diretrizes incluem 11 pontos que vão desde a criação de um marco regulatório para a produção e exportação até a formação de alianças e o desenvolvimento de todas as formas de hidrogênio, inclusive o hidrogênio verde a partir de fontes renováveis.
“Acho que é um bom começo. Onze pontos foram estabelecidos para desenvolver de forma eficiente a indústria do hidrogênio no México. Acho que o texto aborda pontos importantes, como a questão da construção de regulamentações sobre o assunto, enfim, questões ambientais de tecnologia de produção”, comentou Hurtado.
No ano passado, a H2 México iniciou reuniões com autoridades federais e estaduais para preparar o caminho para uma estratégia nacional, com ênfase no hidrogênio verde. Os esforços resultaram em um roteiro desenvolvido em conjunto com a PwC. No entanto, a associação está trabalhando em um roteiro atualizado, segundo ele.
As perspectivas para oportunidades no segmento de hidrogênio verde parecem ser promissoras, já que a concessionária nacional de energia elétrica CFE e a empresa federal de petróleo e gás Pemex incluíram o hidrogênio em seus planos de negócios e estratégias de sustentabilidade, embora o presidente Andrés Manuel López Obrador não tenha demonstrado muito apoio à energia limpa, lembrou Hurtado.
Os representantes da H2 México se reuniram com as equipes das presidenciáveis Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez, ambas interessadas no hidrogênio.
“Conversamos com as equipes de energia das duas candidatas e dos dois projetos políticos, e suas plataformas incluem o hidrogênio. Portanto, consideramos que isso nos dá certa tranquilidade de que o hidrogênio, no final das contas, será desenvolvido no México, independentemente do que aconteça nos próximos anos”, disse o dirigente da H2 México.
As eleições serão realizadas em 2 de junho e o próximo presidente tomará posse em 1º de outubro.
Portfólio de hidrogênio verde
Até agora, o hidrogênio verde atraiu investimentos substanciais para o México, com pelo menos 16 projetos avaliados em mais de US$ 20 bilhões em fase inicial identificados pela H2 México.
Mais recentemente, a Tango Energy anunciou planos para investir US$ 1,1 bilhão em um parque solar no município de El Fuerte, no estado de Sinaloa. O projeto produzirá 921 MW em corrente contínua e 787 MW em corrente alternada, o que permitirá a eletrólise de 663.759 m³ de água para a geração de 41.485 t/ano de hidrogênio verde.
Outros projetos incluem a planta de hidrogênio verde de US$ 10 bilhões do fundo de investimento dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) no estado de Oaxaca e os sete projetos da francesa HDF Energy em três regiões do país, exigindo um total combinado de US$ 2,5 bilhões entre 2024 e 2030.
A desenvolvedora alemã Hy2gen e o estado de Campeche concordaram em explorar um potencial projeto de amônia verde, que funcionaria com capacidade eólica e solar fora da rede para alimentar um eletrolisador de 200 MW e produzir 180.000 t/ano, de acordo com um comunicado de imprensa do estado.
A empresa holandesa de fertilizantes Tarafert também pretende construir uma grande planta de amônia, ureia e hidrogênio verdes no estado de Durango, enquanto uma iniciativa da Dhamma Energy para misturar hidrogênio e gás natural no estado de Guanajuato está em desenvolvimento.
De acordo com uma lista publicada pela H2 México, os produtores de cimento Cemex e Holcim querem incorporar o hidrogênio verde em seus processos de produção, enquanto a CFE e a Pemex também estão avaliando programas e projetos-piloto.
No geral, a maioria dos projetos ainda está em fase de planejamento e as informações relativas a investimentos e capacidade ainda não estão disponíveis para todos.
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