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Mineradoras com foco no México visam crescimento em ativos de ouro e prata

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Mineradoras com foco no México visam crescimento em ativos de ouro e prata

As mineradoras estão avançando para a produção em uma série de projetos mexicanos de ouro e prata, com marcos importantes nas áreas de licenciamento, estudos e metalurgia nos próximos meses.

As empresas estão planejando iniciar a produção em pelo menos dois novos ativos dentro de três anos no país, ao mesmo tempo em que reforçam os planos para a expansão de uma grande mina de ouro e promovem melhorias metalúrgicas em um dos maiores depósitos de ouro não desenvolvidos do mundo.

Apesar das preocupações com a postura política do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO), que impôs a suspensão de novas concessões e nacionalizou o lítio, as empresas continuam investindo em projetos de crescimento que consolidariam a posição do México como o maior produtor mundial de prata e o líder na produção de ouro da América Latina. 

LOS RICOS

A GoGold Resources está trabalhando em um estudo de pré-viabilidade para o projeto de prata e ouro Los Ricos Sul (foto), parte do ativo Los Ricos, no estado de Jalisco, o que pode abrir caminho para uma produção significativa no curto prazo.

A empresa planeja concluir estudos de compensação para determinar se uma abordagem subterrânea ou a céu aberto seria melhor, enquanto avança com os planos para adquirir a 46ª concessão para consolidar seu pacote de terras, disse o CEO Brad Languille na Cúpula de Metais Preciosos de 2022, realizada em Beaver Creek, Colorado.

Enquanto o estudo ainda está em andamento, a empresa está se preparando para o pedido de licença.

“Esperamos que esse processo não demore mais de um ano. Pretendemos avançar para que talvez no final de 2024 ou 2025 tenhamos produção”, afirmou Languille.

A GoGold também tem uma avaliação econômica preliminar planejada para o primeiro trimestre de 2023 no depósito próximo de Los Ricos Norte, que abriga o equivalente a 162 Moz de prata em recursos, e que a empresa espera desenvolver como uma mina separada depois do ativo do sul.

A produção esperada em Los Ricos Sul é cerca de 8-10 Moz/ano de prata equivalente, informou Languille, com mais 10 Moz/ano em Los Ricos Norte, com estudos pendentes.

“O projeto [Los Ricos] se tornará um ativo de prata bastante significativo”, acrescentou.

PERFIL DE CRESCIMENTO

Outra empresa que visa um crescimento substancial da produção no México é a Minera Alamos.

Com a empresa a caminho das operações comerciais em sua mina de ouro Santana, no estado de Sonora, até o final de 2022, as atenções se voltaram para Cerro de Oro, um ativo maior no estado de Zacatecas, para o qual a avaliação econômica preliminar deve ser lançada nas próximas semanas, de acordo com o presidente da empresa Doug Ramshaw.

“Cerro de Oro entrará em licenciamento no mês que vem, e devemos estar em modo de construção no segundo semestre de 2023. Serão cerca de cinco meses de construção, então a produção [deve] chegar no início de 2024”, acrescentou.

Embora as métricas econômicas de Cerro de Oro ainda não tenham sido definidas, o ativo apoia o modelo da Minera Alamos de construir projetos de baixo investimento e capazes de estabelecer rapidamente uma produção significativa, destacou Ramshaw.

A empresa planeja construir o projeto La Fortuna, no estado de Durango, após Cerro de Oro, além de adquirir um quarto ativo até o final de 2024.

POTENCIAL DE EXPANSÃO

A Equinox Gold também está planejando um marco importante na expansão de sua mina Los Filos, no estado de Guerrero, que é um dos maiores produtores de ouro do México.

Embora a empresa tenha começado a minerar os depósitos de Guadalupe (a céu aberto) e Bermejal (subterrâneo) – elementos-chave da expansão de Los Filos – no ano passado, a construção de uma planta de lixiviação de carvão (CIL) foi adiada, em parte devido a uma série de bloqueios na mina e para determinar o tamanho ideal da usina (a proposta original para uma planta de 4.000 t/d foi considerada muito pequena).

Porém, um novo estudo pode abrir caminho para que a proposta avance.

“Esperamos nos próximos meses emitir um relatório técnico que considere uma expansão do projeto através da adição de uma planta CIL de 10.000 t/d [de capacidade de produção]”, disse o CEO Greg Smith no evento em Colorado.

A empresa está trabalhando para resolver questões sociais em Los Filos, que resultaram em um bloqueio temporário por parte de alguns membros do assentamento de Mezcala, uma das três principais comunidades próximas à mina.

Após o bloqueio, que começou em 10 de setembro, a empresa disse que teve uma reunião positiva com a comunidade, e espera-se que as negociações continuem por semanas.

“Eles sabem que [Los Filos] precisa estar operando para que todos se beneficiem dos empregos, dos contratos e da contribuição econômica do ativo para a área”, acrescentou Smith.

FOCO NA METALURGIA

Melhorar a recuperação é o foco principal da Chesapeake Gold no projeto Metates, no estado de Durango, onde a empresa planeja usar tecnologia de lixiviação de sulfeto para explorar um dos maiores depósitos de ouro e prata não desenvolvidos do mundo, com recursos de ouro equivalente de cerca de 28 Moz.

Testes metalúrgicos mostraram que a oxidação antes da lixiviação em pilha aumentou as recuperações para quase 60% de ouro, de cerca de 35%, com recuperações de prata de mais de 50%.

Mas ainda é necessário trabalhar mais para aumentar os níveis para os índices adotados na avaliação econômica preliminar, de 70% de recuperações de ouro e 75% de prata, apontou o CEO Alan Pangbourne no evento.

“O que tenho de fazer é ajustar os parâmetros do processo para tentar aumentar a taxa de oxidação e o nível final de oxidação.”

“Isso será transferido para uma maior recuperação de ouro e prata em um ambiente de lixiviação em pilha para sustentar todos os valores que estavam na avaliação.”

A empresa também tem como objetivo elaborar uma declaração atualizada de recursos minerais nos próximos 3-4 meses, depois que a perfuração retornou teores mais altos que o modelo do bloco anterior, acrescentou Pangbourne.

O CEO disse à BNamericas em abril que 2025 é uma meta realista para a primeira produção, com a avaliação econômica preliminar mostrando uma produção inicial de cerca de 110.000 onças/ano de ouro e um capex de US$ 359 milhões.

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