Mineradoras de ouro no México atingidas por quedas nos teores

A produção das principais mineradoras de ouro do México caiu no primeiro trimestre, com quedas nos teores impactando as operações. 

A produção combinada de 12 das principais produtoras de ouro do país foi de 714.199 onças, uma baixa de 11,8% em relação às 809.735 onças produzidas por 11 empresas no primeiro trimestre de 2021 (a Orla Mining foi adicionada à lista após iniciar a produção em sua mina Camino Rojo, no final do ano passado). 

Sete das 12 registraram menor produção em suas operações mexicanas, com quatro registrando aumentos e uma relatando produção estável. 

PLANEJAMENTOS EM DIA? 

Apesar da queda no primeiro trimestre, as empresas esperam cumprir os planejamentos originais para 2022, com muitas delas prevendo uma produção menor este ano, enquanto outras esperam uma recuperação na produção para o restante de 2022. 

Os planejamentos e as estimativas para as operações mexicanas de um grupo maior de 19 produtoras de ouro mostram que a produção total caiu 7,5%, para cerca de 3,03 milhões de onças. 

O México é o maior produtor de ouro da América Latina, com produção de 100 toneladas (3,2 milhões de onças) em 2021, de acordo com o US Geological Survey. 

PRINCIPAIS PRODUTORAS DE OURO 

1. Fresnillo: 149.792 onças 

Tendência: QUEDA 

A mineradora mexicana teve uma queda acentuada na produção no trimestre, 34,4% abaixo as 228.193 onças anteriores, principalmente devido a teores e volumes mais baixos de minério processado em Herradura, a maior mina de ouro da empresa. 

2. Newmont: 137.000 onças 

Tendência: QUEDA 

A Newmont, sediada nos EUA e maior produtora de ouro da América Latina, viu a produção de sua mina de Peñasquito abaixo de 178 mil onças, já que os teores médios caíram para 0,63 g/t, contra 0,82 g/t anteriormente. 

3. Torex Gold: 112.440 onças 

Tendência: QUEDA 

A produção da Torex em El Limón-Guajes, sua única mina em produção, foi abaixo das 129.509 onças de 2021, já que os teores médios de minério processado caíram para 3,47 g/t, ante 3,97 g/t no ano passado. 

Espera-se que a produção seja maior nos trimestres restantes, disse o CEO Jody Kuzenko em um comunicado de resultados. 

4. Equinox Gold: 50.123 onças 

Tendência: AUMENTO 

A Equinox registrou um aumento acentuado na produção de 29.447 onças, devido à maior produção em Los Filos e à adição da mina Mercedes, adquirida na aquisição da Premier Gold Mines em abril de 2021. 

Mas a produção mexicana da empresa deve cair nos próximos trimestres, uma vez que ela vendeu Mercedes para a Bear Creek Mining no mês passado. 

5. Agnico Eagle Mines: 47.878 onças 

Tendência: QUEDA 

A canadense Agnico teve produção inferior às 50.460 onças de 2021 devido à menor produção nas minas de Pinos Altos e Crestón Mascota, a qual foi parcialmente compensada por um aumento em La India. 

DEMAIS PROJETOS 

A Argonaut Gold teve queda na produção em suas minas mexicanas, obtendo 43.173 onças, contra 45.137 onças em 2021, enquanto a First Majestic Silver gerou 38.184 onças de ouro no México, superando as 23.873 onças anteriores, em parte grças à nova produção da mina Ermitaño, que fornece minério para a operação de Santa Elena. 

A produção mexicana de ouro da Pan American Silver caiu para 35.210 onças, ante 37.500 onças em 2021, por conta de teores mais baixos em sua mina de Dolores, com a produção de ouro na mina Palmarejo, da Coeur Mining (na imagem) praticamente estável, em 28.931 onças. 

A mexicana Minera Frisco viu a produção de ouro subir para 25.937 onças, contra 23.441 em 2021, em função de teores e rendimento mais altos. 

A Orla Mining produziu 23.031 onças de ouro em sua nova mina Camino Rojo, enquanto Mulatos, da Alamos Gold, entregou 22.500 onças, número inferior às 35.600 onças do ano passado, em função de queda em teores, produção e recuperações. 

Espera-se que a produção se recupere no segundo semestre de Mulatos, já que o projeto La Yaqui Grande inicia suas operações no terceiro trimestre.