
Mineradoras no Brasil alinham quase US$ 70 bi em investimentos

O setor brasileiro de mineração está preparando investimentos de US$ 68,4 bilhões entre 2025 e 2029.
“Os principais destaques deste novo ciclo de investimentos são os projetos de minério de ferro, assim como os investimentos das empresas de mineração em infraestrutura e também em medidas socio-ambientais em suas atividades”, disse Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), durante a apresentação das projeções.
O número é 6,6% superior à previsão de US$ 64,2 bilhões para 2024 a 2028.
Do total, espera-se que os projetos de minério de ferro respondam por US$ 19,6 bilhões, um aumento de 13,4% em relação à previsão de 2024 a 2028; projetos ambientais e sociais de empresas de mineração devem atrair US$ 11,3 bilhões, um aumento de 6,2%; e para logística espera-se US$ 10,9 bilhões.
No ano passado, 60% da receita do setor foi gerada pelo minério de ferro.
Enquanto isso, espera-se que as questões ESG permaneçam proeminentes, com empresas do setor de mineração investindo em projetos ambientais e sociais, incluindo energia renovável.
“Embora tenhamos sinais contrários à agenda ESG, principalmente do governo atual dos Estados Unidos, vemos que as empresas no Brasil estão mantendo um compromisso firme com essa agenda, e acredito que o Brasil pode se tornar cada vez mais um protagonista global na transição energética”, afirmou à BNamericas André Pepitone, diretor financeiro executivo da operadora da hidrelétrica Itaipu Binacional e ex-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), durante a conferência Energyear 2025, em São Paulo.
MINERAIS ESTRATÉGICOS
O novo governo dos EUA, sob o comando de Donald Trump, provavelmente provocará certas mudanças no mercado global de mineração, mas não se espera que isso afete a demanda por minerais essenciais, incluindo o cobre.
“Os minerais críticos continuarão tendo grande apelo. O que muda é que, durante a administração de Joe Biden [presidente dos EUA entre 2021 e janeiro de 2025], esse apelo foi alimentado pela agenda de transição energética, e agora, com a administração do presidente Trump, vejo isso sendo impulsionado por projetos associados às indústrias de defesa e tecnologia”, acrescentou Jungmann.
Os investimentos em projetos de cobre no Brasil devem atingir US$ 7,31 bilhões entre 2025 e 2029, um aumento de 8,4% em relação aos US$ 6,74 bilhões de 2024 a 2028.
Já os desembolsos em terras raras devem aumentar 49%, atingindo US$ 2,17 bilhões, enquanto os projetos de ouro devem atrair US$ 2,15 bilhões, um aumento de 39,3%, de acordo com o Ibram.
LÍTIO E NÍQUEL
Por outro lado, as projeções de investimento para lítio e níquel foram reduzidas na última previsão.
Os projetos de lítio devem receber investimentos de US$ 1,16 bilhão entre 2025 e 2029 – queda de 2,4% em relação a 2024 a 2028, enquanto o setor de níquel deve atrair US$ 3,82 bilhões, queda de 14,1%.
“A redução no volume de investimentos para projetos de lítio e níquel está associada ao fato de que tivemos uma queda significativa nos preços durante 2024. A medida que tenhamos uma recuperação nos preços, vejo a possibilidade de um aumento nesses investimentos”, comentou Julio Nery Ferreira, diretor de sustentabilidade do Ibram.
IMPOSTOS
O Ibram anunciou que está tentando reverter um novo imposto introduzido para o setor.
Após extensas negociações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no início deste ano a regulamentação da reforma tributária aprovada pelo Congresso, mas o setor de mineração ficou descontente com a nova cobrança.
A reforma visa simplificar o complexo sistema tributário brasileiro, substituindo tributos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS pelos tributos federais e estaduais IBS e CBS, equivalentes ao imposto sobre valor agregado (IVA) cobrado em outros países. Como parte da reforma, o governo também aprovou o chamado imposto seletivo, que se aplica a atividades relacionadas a mineração, petróleo e gás.
Embora os stakeholders da mineração tenham conseguido bloquear o imposto seletivo durante as discussões no Congresso, o governo o restabeleceu assim que a lei foi sancionada, então ele agora será aplicado com uma alíquota máxima de 0,25% sobre as exportações de produtos de mineração.
“Vemos este imposto como inconstitucional e, por meio de negociações com o governo, ainda tentaremos reverter a imposição dessa taxa. No entanto, se essas discussões não forem suficientes, teremos que recorrer ao Judiciário para reverter isso”, concluiu Jungmann.
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