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Odata investirá US$ 1,3 bi em novos campi de datacenter na Colômbia

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Odata investirá US$ 1,3 bi em novos campi de datacenter na Colômbia

A brasileira Odata, controlada pela norte-americana Aligned Data Centers, anunciou planos de investir US$ 1,3 bilhão para desenvolver dois novos campi de datacenters na Colômbia, denominados BG02 e BG03.

As obras já estão em andamento nos dois projetos, que são uma adição ao datacenter BG01, ativado em 2019. Eles estão localizados na zona franca Occidente, em Mosquera, e na zona franca Metropolitana, em Tenjo, ambas no departamento de Cundinamarca, próximo à capital, Bogotá.

A aposta é oferecer as estruturas para hospedar uma futura região de nuvem para um grande provedor, seja AWS, Microsoft ou Google, revelou à BNamericas o CEO da Odata, Ricardo Alário.

As grandes empresas de nuvem geralmente configuram uma região de nuvem estruturada com três zonas de disponibilidade (AZs) interconectadas, ou datacenters exclusivos, para fins de redundância e latência.

“O motivo para termos três datacenters é porque queremos criar uma arquitetura para a eventual chegada de uma grande empresa de nuvem, para uma cloud region. Esta é a ideia”, explicou Alário.

A Odata está em negociações, mas por enquanto não tem nenhum inquilino-âncora para os projetos.

Atualmente, a Oracle é a única empresa de nuvem pública a ter uma região de nuvem na Colômbia. No entanto, a região de nuvem colombiana da Oracle tem uma estrutura diferente das três AZs, pois é menor e hospedada nos datacenters da Claro.

CAPACIDADE E CRONOGRAMA

As primeiras fases de ambos os campi estão previstas para o segundo semestre de 2026.

Alário revelou que o tamanho exato e a capacidade dos primeiros estágios dependerão da demanda de futuros clientes. No entanto, espera-se que tanto BG02 quanto BG03 comecem com cerca de 5 a 10 MW de capacidade em seus primeiros edifícios.

Anunciado anteriormente e programado para este ano, BG02 está projetado para ter uma capacidade total de 24 MW quando totalmente desenvolvido. Já BG03 tem projeção de atingir 120 MW, tornando-se o maior projeto de datacenter do país.

Alário comentou que o BG03 será o primeiro datacenter conectado à rede de transmissão de alta tensão da Colômbia, diferentemente de outros sites conectados à rede de distribuição de média tensão.

BG02 e BG03 contarão com resfriamento Delta Cube (Delta³), uma tecnologia a ar desenvolvida e patenteada pela Aligned. Diferentemente dos métodos convencionais que empurram ar frio para dentro dos cômodos, a tecnologia captura e remove o calor diretamente na fonte. O Delta³ também está preparado para ser integrado a sistemas de resfriamento líquido, se necessário.

A localização dos datacenters em zonas de livre comércio é vista como outra vantagem, segundo Alário.

A Colômbia tem entre 60 e 70 zonas de livre comércio. Além de serem muradas e protegidas, elas oferecem isenções e benefícios fiscais e cobram dos clientes pelo uso do solo – o que tende a ser mais caro nessas zonas.

Para os potenciais clientes da Odata, em particular, todos os servidores que serão adquiridos e instalados estarão isentos de imposto de importação. Como não há unidades de fabricação de servidores na Colômbia, “é como se meu cliente comprasse diretamente dos EUA”, disse o CEO.

MERCADO EM CRESCIMENTO

O foco da Odata, especialmente com BG03, é oferecer infraestrutura capaz de processar o enorme volume de dados que demandam os maiores provedores de nuvem e inteligência artificial.

Considerando a capacidade atual de 14,6 MW de BG01, que está passando por uma expansão, o projeto colombiano da Odata envolve a criação de cerca de 160 MW em capacidade de datacenter até 2026. Isso representaria mais de três vezes a capacidade atual no país, estimada em 48 MW.

Além da Odata, a Ascenty está desenvolvendo seus primeiros datacenters colombianos na área de Bogotá, com duas unidades totalizando 20 MW, 18.500 m² e 2.600 racks.

O projeto da Ascenty, inicialmente programado para o final deste ano, foi adiado para 2025. A empresa ainda não vê o mercado empresarial da Colômbia como totalmente maduro.

A chilena GTD, por sua vez, trabalha em um segundo datacenter colombiano, localizado em Barranquilla e com previsão de inauguração para 2025.

Já a Cirion planeja expandir seus datacenters em Bogotá como parte de um plano de investimento de US$ 327 milhões para datacenters, cabos e seu ecossistema geral de conectividade na América Latina.

De acordo com estimativas de mercado, a Colômbia tem mais de 350 MW em capacidade de datacenter em fase de planejamento, a qual se materializará nos próximos anos.

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