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Panorama atual do mercado de telecomunicações brasileiro

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Panorama atual do mercado de telecomunicações brasileiro

Os destaques do mercado de telecomunicações do Brasil, referentes ao final de abril, incluíram o crescimento constante do 5G, a expansão acelerada da Internet via satélite, um marco para a base de clientes móveis da Telefônica e um novo recorde para banda larga fixa fornecida por fibra.

No geral, o país encerrou o mês com 342 milhões de acessos, divididos entre telefonia móvel, telefonia fixa, banda larga fixa e TV por assinatura, segundo estatísticas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso representou um aumento líquido de cerca de 5 milhões em um ano.

Do total da base de clientes, 258 milhões pertencem à telefonia móvel, 49 milhões à banda larga fixa, 24,6 milhões à telefonia fixa e 11,1 milhões à TV por assinatura.

A BNamericas analisou a evolução de cada serviço e o desempenho dos principais provedores.

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BANDA LARGA FIXA

Do total de 49 milhões de acessos registrados no final de abril, 75% eram de banda larga por fibra, o que agregou 3,3 milhões de novos clientes desde o início de maio de 2023.

Isso indicou um crescimento mais lento quando comparado com os anos anteriores, mas ainda assim representou uma expansão considerável.

O cabo coaxial foi responsável por 17,7% das ligações de banda larga fixa, enquanto 3,7% foram via rádio, 2,7% via cabo metálico e 0,8% via satélite.

Os serviços de Internet via satélite atingiram um total de 412.374 clientes no final de abril, ficando acima dos cerca de 300 mil do ano anterior, impulsionados principalmente pela adesão aos serviços da Starlink.

Segundo os dados da Anatel, a Hughes continua liderando esse segmento, com 43,7% de todos os acessos via satélite, seguida pela Starlink com 39,4%. As brasileiras Telebras e Claro estão bem atrás, com 6,7% e 5,8%, respectivamente.

Considerando todos os meios de acesso, a Claro encerrou março com uma participação de 20,6% no mercado de banda larga fixa, seguida pela Telefônica Brasil (Vivo) com 14% e Oi com 9,7%. A Vivo liderou em adições de novos clientes, seguida pela Claro. A Oi, que está passando por uma segunda recuperação judicial, voltou a perder assinantes.

Os pequenos provedores de Internet (ISPs) e outros provedores sem presença nacional detiveram uma participação combinada de 42,7% do mercado de banda larga por fibra e 37,4% do total de banda larga fixa.

Esse grupo exclui operadoras com participação superior a 1%, que são: EB Fibra (Alloha, 4,3% do total em fibra, Claro (4,0%), Vero (3,6%, inclui Americanet), Brisanet (3,6%), Desktop (2,9%), Algar (2,2%), Unifique (2,0%), TIM (2,0%), Brasil TecPar (1,7%) e Alares (1,7%).

A Desktop, que está negociando com a Telefônica sobre um possível acordo de aquisição, liderou o crescimento no mês entre os ISPs, com mais de 11 mil adições.

Entre os líderes, a Alloha registrou uma pequena redução no número de assinantes, ao passo que a Vero cresceu.

O mercado de banda larga de fibra é liderado pela Vivo e pela Oi, com 17,5% e 11,9% de participação de mercado, respectivamente.

MÓVEL

O Brasil aumentou sua base móvel novamente em mais de 800 mil acessos em abril, com as linhas pós-pagas ultrapassando 151 milhões, segundo a Anatel.

A base total do mercado inclui acessos de IoT e M2M e linhas de smartphones.

No total, o segmento de Internet das Coisas (IoT) foi responsável por 43,5 milhões de acessos, seguido por 22,6 milhões de chips máquina a máquina (M2M) e 20,9 milhões de pontos de serviço (PoS, máquinas de pagamento).

A líder de mercado, Vivo, alcançou 38,6% de todos os acessos móveis em serviço no país e superou a marca simbólica de mais de 100 milhões de assinantes. Nenhuma outra operadora móvel havia alcançado esse marco no mercado local antes.

Enquanto isso, a Claro teve 33,9%, a TIM 23,8%, a Algar Telecom 1,6% e outras 2,1%. Todos os quatro cresceram no mês.

No 5G, a Claro manteve a liderança, respondendo por 37,6% de todos os acessos em abril, enquanto a Telefônica Brasil ficou com 36,5% e a TIM com 25,8%.

O 5G cresceu quase 6 milhões de linhas desde o final de 2023, alcançando 25,9 milhões no final de abril. O serviço já representa 10% da base total de telefonia móvel do país.

Apesar de estar em declínio, o 4G foi utilizado em 74,6% das linhas, o 2G em 7,8% e o 3G em 7,6%, de acordo com a Anatel.

TELEFONIA FIXA E TV POR ASSINATURA

A telefonia fixa encerrou abril com 23,9 milhões de assinantes, em queda em relação aos dos 24,9 milhões do final de março, seguindo uma tendência de declínio contínuo que parece ser irreversível.

A base de clientes inclui concessionárias e empresas que prestam o serviço no modelo de autorização.

No geral, considerando tanto os players autorizados quanto as concessionárias, a Claro deteve 30,1% de todos os acessos em serviço, seguida pela Oi (26,6%), Vivo (25,8%), Algar Telecom (4,3%) e TIM (2,8%).

O número de TVs por assinatura caiu para 10,9 milhões, ante 11,0 milhões no período. A tecnologia de satélite representou 52,7% do total de acessos, seguida do cabo coaxial (35,6%) e da fibra (11,7%).

A líder de mercado, Claro, respondeu por 47,5% de participação no mercado de TV por assinatura, seguida pela Sky com 28,9%, Oi com 11,8%, Vivo com 7,6% e outras com 4,2%.

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