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Peru pretende conceder US$ 2 bi em PPPs no 2º semestre

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Peru pretende conceder US$ 2 bi em PPPs no 2º semestre

A agência estatal peruana ProInversión planeja conceder contratos de parcerias público-privada (PPPs) por mais US$ 2 bilhões, após ter assinado seis contratos por US$ 1,04 bilhão no primeiro semestre.

As licitações que serão lançadas correspondem à reabilitação da Ferrovia Huancayo-Huancavelica, que atravessa as regiões de Junín e Huancavelica; um parque industrial no distrito de Ancón, em Lima; e várias linhas de transmissão, explicou Luis Natal Del Carpio, titular do Departamento de Projetos Especiais da ProInversión, à BNamericas.

Além de confirmar que o projeto ferroviário — anteriormente estimado em US$ 248 milhões — irá aumentar o seu capex em cerca de US$ 100 milhões, Del Carpio revelou que a agência também trabalha em três iniciativas portuárias. Uma irá a leilão este ano, enquanto a segunda e a terceira estão em fase de pré-investimento.

Painel "Além do Resultado Final", do evento PPP Americas 2023

Durante sua participação em painel sobre associações no evento PPP Americas 2023, organizado pelo BID na Cidade do Panamá, Del Carpio lembrou que, nos últimos 21 anos, o país sul-americano assinou 113 contratos de PPP, o que demonstra o sucesso do arranjo com investimento privado.

Ele também garantiu que a confiança que o governo e a sociedade têm depositado no setor privado para construir e operar ativos de infraestrutura tem permitido que mais projetos continuem avançando, especialmente no setor social.

Del Carpio conversou com a BNamericas nos bastidores da conferência.

CARTEIRA DE PROJETOS

BNamericas: É verdade que o projeto ferroviário Huancayo Huancavelica teve um aumento de 50% em seu capex?

Del Carpio: Estamos revisando e esse é o valor correto: 50% a mais. Estamos falando de US$ 100 milhões a mais do que tínhamos no concurso anterior. Esperamos premiá-lo em dezembro deste ano. Os licitantes estão atualmente se qualificando para poder apresentar ofertas em dezembro. A próxima coisa que acontecerá é que publicaremos a versão oficial do contrato. Estamos confiantes de que os investidores concordarão com isso e com isso apresentarão suas propostas em dezembro.

BNamericas: Durante sua apresentação você mencionou dois projetos portuários sob gestão. Você pode nos lembrar quais são?

Del Carpio: Temos o terminal portuário de San Juan de Marcona, um porto especializado em minérios, que vamos declarar de interesse em agosto ou setembro e será provavelmente concedido até o final do ano. Sendo uma iniciativa privada, caso apareçam terceiros interessados, haverá concurso. Caso não haja interessados, estimamos que possa ser outorgado em dezembro. É um investimento de pouco mais de US$ 400 milhões, o qual seria o nono terminal portuário que trabalhamos na ProInversión.

O outro é um terminal portuário polivalente em Chimbote (região de Ancash), que conta com um investimento entre US$ 170 milhões e US$ 180 milhões. O foco do porto será movimentar cargas agrícolas de exportação, cargas de mineração, diversos tipos de granéis e líquidos; para o qual estimamos o que vamos declarar de interesse entre fevereiro e março do ano que vem. Nesse mesmo ano poderíamos premiá-lo.

Outro terminal no qual estamos trabalhando e buscando investidores é o terminal portuário de Lambayeque. Este é um terminal portuário no norte do país e esperamos ter investidores.

No caso de Chimbote e Marcona, são iniciativas privadas, então já temos investidores.

BNamericas: Você pode destacar outros projetos e investimentos em seu portfólio para o próximo ano? O que é necessário no nível do governo para desbloquear mais investimentos?

Del Carpio: A palavra “confiança” é algo que introduzimos na Proinversión este ano. Concedemos seis projetos no valor de US$ 1 bilhão entre janeiro e junho, e nosso portfólio de julho a dezembro tem o compromisso de conceder US$ 2 bilhões adicionais.

Para o próximo ano temos o compromisso de conceder um pouco mais de US$ 6 bilhões. [Nesse período] teremos muitas estações de tratamento de água, escolas e o Anillo Vial Periférico, uma rodovia de 34 km que esperamos declarar de interesse em setembro. Não havendo interessados, o processo passaria para o ano seguinte. A rodovia de Lima representa um investimento de US$ 2,3 bilhões.

BNamericas: Como você estima a carteira para o futuro?

Del Carpio: Com mais projetos sociais. Acredito que devemos fechar rapidamente a lacuna de infraestrutura devido à questão da educação e da saúde. Acreditamos que a população tem entendido que a gestão privada de hospitais e escolas não é privatização, mas simplesmente estabelecer em contrato que o serviço seja prestado a longo prazo de forma eficiente.

Com informações de Luis Alonso Altamirano

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