Petrorecôncavo avalia oportunidades em infraestrutura de gás e M&A

A Petrorecôncavo estuda oportunidades de investimento em infraestrutura de gás natural e mercado de fusões e aquisições (M&A), disse à BNamericas João Vitor Moreira, vice-presidente comercial e de fusões e aquisições da empresa petrolífera.

Em julho, a Petrorecôncavo iniciou a operação de sua primeira unidade de tratamento de gás (UTG). Localizada na Bahia, a UTG São Roque tem capacidade de processamento de até 400.000 m³/d e conexão direta com a malha de gasodutos da Bahiagás, concessionária de distribuição do estado.

O ativo é o primeiro investimento da empresa em sua própria infraestrutura de processamento de gás.

“Estamos avaliando outros potenciais investimentos a fim de reduzir custos e para seguirmos desenvolvendo reservas de gás natural. Esse é o combustível da transição energética, e o Nordeste tem um potencial muito grande”, afirmou Moreira.

Além da Bacia do Recôncavo, na Bahia, a Petrorecôncavo opera dezenas de concessões na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.

Sua produção total atualmente gira em torno de 27.000 boe/d, com o gás natural representando 40% desse volume. 

“Nossos relatórios de reservas nos levam a números acima de 30.000 boe/d nos próximos dois anos. É um incremento percentual razoável, tendo em vista que também lutamos contra o declínio dos campos”, apontou Moreira.

A empresa mantém um modelo vertical, com suas próprias sondas de perfuração. Atualmente, há três sondas perfurando, enquanto 12 sondas de work-over estão trabalhando para aumentar a produção.

O portfólio da Petrorecôncavo cresceu substancialmente nos últimos anos graças aos ativos adquiridos da Petrobras.

Moreira explicou que, depois de passar pela fase de pagamento de aquisições, a empresa agora tem baixo nível de endividamento e grande potencial de investimento.

“Demonstramos muito sucesso no programa de desinvestimentos da Petrobras, e estamos acompanhando oportunidades de fusões e aquisições”, disse o executivo, acrescentando que seu foco está no setor onshore brasileiro.