República Dominicana
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Por que a rodovia Ámbar da República Dominicana está gerando polêmica

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A República Dominicana iniciou em maio a busca por uma construtora e operadora da rodovia dividida Ámbar, de 21,5 bilhões de pesos (US$ 391 milhões), que conectará Santiago de los Caballeros e Puerto Plata, na costa norte.

A decisão gerou protestos de grupos ambientalistas como a sociedade de ecologia Cibao Soeci e Fundetrop, que afirmam que as obras prejudicariam os ecossistemas da área montanhosa. O projeto de 32,7 km cruzaria a cordilheira do norte, ligando as áreas conhecidas como metrópole mediterrânea e a costa de Novia del Atlántico em aproximadamente 30 minutos.

“A rodovia Ámbar não é, atualmente, uma prioridade nacional ou regional, por isso acreditamos que o governo não deve iniciar a construção, que será extremamente cara e danificará muitos ecossistemas. Afetará florestas e rios”, disse Luis Polanco, diretor-executivo da Soeci, segundo o jornal Acento.

O representante da Fundetrop, Nelson Estrella, disse no mesmo relatório que o projeto visa apenas beneficiar o setor industrial, e sugeriu a consideração de outros projetos como teleféricos em Santiago e Puerto Plata.

Por outro lado, a associação de transporte Asotrado e a associação de comerciantes e industriais de Santiago, Acis, manifestaram seu apoio à rodovia.

O presidente da Acis, Sandy Filpo, disse em entrevista coletiva na segunda-feira (5) que o projeto atendeu aos estudos de impacto ambiental e levantamentos de solo.

“Este projeto está prestes a concretizar-se e alguns grupos ecologistas, sem plena consciência, começaram a dizer que não existem estudos de impacto ambiental;  devemos realçar que este projeto já conta com um investimento de 7 milhões de dólares neste aspecto”, disse Filpo.

Segundo documentos fornecidos pela agência governamental de PPPs DGAPP, a rodovia é uma iniciativa da APP Quisqueya SRL, empresa local especializada em projetos de infraestrutura de PPPs, e foi entregue à DGAPP em novembro de 2020. A proposta recebeu luz verde para construção em Abril de 2021. 

O objetivo é resolver “a atual deficiência de infraestrutura entre as províncias Santiago de los Caballeros e Puerto Plata”, dizem os documentos, como as atuais rodovias que ligam as localidades – Santiago-Navarrete-Puerto Plata e Gregorio Luperón, conhecidas como Rota do Turismo – que foram construídas entre cinco e oito décadas atrás e são consideradas inseguras.

“É essencial para nós que as empresas dominicanas, que provaram sua capacidade para este tipo de projeto, participem do processo que, podemos assegurar, será um modelo de PPP que apagará as más experiências anteriores quando não tínhamos a lei 47-20 – que garante a distribuição eficiente de riscos e distribuição adequada de benefícios”, disse o diretor-geral da DGAPP, Sigmund Freund, em entrevista coletiva em maio.

A agência também está promovendo o projeto na Espanha e na Coreia do Sul, conforme mostram dois editais da plataforma de compras Comprasdominicana.

 

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