Por que a virtualização é um caminho sem volta, mas difícil, para as operadoras de telecomunicações
A virtualização de funções de rede e a integração da TI com a tecnologia operacional (TO), ou o próprio equipamento de uma operação, é vista como um caminho sem volta por muitos provedores de telecomunicações, software e integração, embora nem todas as empresas estejam adotando essas tecnologias com a mesma velocidade.
A adoção também envolve uma importante mudança de mentalidade sobre como selecionar, implementar e gerenciar uma plataforma de tecnologia totalmente nova, de acordo com algumas empresas.
“Estamos tentando continuar posicionando o futuro das empresas de telecomunicações como ele deve ser, ou como deve parecer”, afirmou Alejandro Raffaelle, chefe de telecomunicações, mídia e entretenimento (TME) da Red Hat na América Latina, à BNamericas.
“Nesse caminho, muitas telcos ainda seguem com a ideia de incorporar projetos verticais de tecnologia. Por exemplo, Open RAN ou computação de borda. Insistimos na possibilidade de que elas considerem primeiro uma definição clara da plataforma, ou a estrada, em vez de definir os projetos, ou os veículos”, acrescentou.
De acordo com o executivo, olhando para o futuro, as tecnologias de open-shift serão a principal plataforma de telecomunicações. Mas somente quando as operadoras tiverem essas tecnologias definidas, instaladas, configuradas e em operação, com uma equipe interna própria, é que elas devem pensar em projetos mais específicos, como Open RAN, borda, núcleo 5G ou funções de rede virtualizada, disse.
“O que aconteceu até agora, muitas vezes, é que tentaram montar um projeto separado. Acreditamos que este não é o melhor caminho. A operadora teve dificuldades para realizar essas iniciativas justamente porque a plataforma nesses projetos era mais um componente, enquanto deveria ser ‘o’ componente.”
Apesar desses percalços, Raffaelle destacou que algumas empresas de telecomunicações da região não estão mais testando apenas uma função, mas sim a implantação generalizada dessas plataformas. Segundo ele, não se trata mais de questionar se esse processo vai acontecer, mas quando vai acontecer, especialmente considerando o ecossistema que está sendo desenvolvido em torno do 5G.
O executivo não quis comentar casos específicos, citando razões contratuais, mas disse que a Red Hat está trabalhando no conceito de plataforma de tecnologia aberta com uma “grande telco que atua na região”.
SEGURANÇA
Além da adoção de plataformas abertas, a virtualização das operações das telcos, embora vista em muitos casos como essencial para a eficiência dos negócios e o lançamento de novos produtos, também levanta questões técnicas importantes para as operadoras.
Uma das principais questões diz respeito à segurança, principal assunto abordado no webinar “Telco Cybersecurity Latam”, realizado nesta terça-feira (19).
Claudio Creo, diretor de segurança da informação (CSIO) da TIM do Brasil, disse no evento que a integração das redes de TI e TO ampliará significativamente a “superfície de contato” das operações de telecomunicações, aumentando sua exposição a vulnerabilidades externas. Ele acrescentou que os operadores já estão sentindo isso.
Galeno Garbe, CSIO da Sky Brasil, destacou que a transformação digital pela internet das coisas cria “redes sem perímetros”, o que é um desafio do ponto de vista da segurança. Para ele, os produtos da indústria para infraestrutura 5G, de equipamentos a dispositivos para usuários, precisam vir com “security by design”, ou seja, com segurança direto da fábrica.
A importância do conceito de security by design também foi destacada por Jorge Mario Ochoa, gerente do centro de operações de segurança global da Millicom.
De acordo com Ochoa, o security by design já está sendo incorporado à maior parte dos sistemas usados pela indústria de telecomunicações. No entanto, também é preciso pensar na proteção da cadeia de suprimentos como um todo, já que também houve ataques nessa área, explicou o executivo.
Adrian Judzik, gerente sênior de segurança cibernética da Telecom Argentina, destacou que a nuvem e a borda são tecnologias que a indústria simplesmente não pode se dar ao luxo de não adotar. A Telecom Argentina, disse ele, tem uma abordagem de várias nuvens, usando nuvens públicas e privadas com diferentes provedores.
Ele afirmou também que a abordagem de segurança está sendo construída pela telco conforme surgem as necessidades nos processos de implementação. O executivo disse, ainda, que muitas das arquiteturas de segurança são as mesmas para um datacenter de núcleo e um datacenter descentralizado (de borda), “com apenas alguns ajustes”.
Refletindo sobre o fato de a transformação digital ter chegado a um ponto sem volta, como mencionado por Judzik, Felipe Ruiz Rivillas, CSIO da Liberty Latin America, disse que a internet das coisas agora é uma realidade, não mais uma teoria, e que, como tal, é fundamental para erguer o maior número possível de barreiras de segurança, mas que certos riscos são inerentes.
“O ponto de partida de tudo é o controle de acesso. É ter controle dos acessos [a uma rede]”, concluiu Ruiz Rivillas.
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